segunda-feira, 31 de março de 2014

BREVE ESTUDO CRÍTICO DA NOVA ORDENAÇÃO DA MISSA

"Missa  homem do campo",celebrada pelo Pe Luciano
Caçapava/SP



5 de junho de 1969
Um grupo de teólogos romanos.


Capítulo I.

          Em outubro de 1967, foi pedido ao Sínodo de Bispos que se reuniu em Roma para que emitisse um julgamento a respeito de uma celebração experimental do que foi chamado à época de uma Missa “padrão” ou “normativa”.

Esta Missa, composta pelo Comitê para a Implementação das Constituições sobre a Sagrada Liturgia (Consilium), provocou sérios receios entre os bispos presentes. Com 187 membros votando, os resultados revelaram uma considerável oposição (43 votos negativos), muitas reservas substanciais (62 votos afirmativos com reservas) e quatro abstenções. A imprensa internacional falou da “rejeição” do Sínodo à Missa proposta, enquanto a ala progressista da imprensa religiosa perpassou o evento em silêncio. Um conhecido periódico dirigido aos bispos, e que expressa seus ensinamentos, resumiu o novo rito nestes termos:

“Quiseram passar uma esponja em toda a teologia da Missa. Terminou como algo muito próximo da teologia protestante que destruiu o sacrifício da Missa.”

           Infelizmente nós descobrimos agora que a mesma “Missa padrão”, idêntica em substância, reapareceu na forma da Nova Ordenação da Missa (Novus Ordo Missae)recentemente promulgada pela Constituição Apostólica Missale Romanun (3 de abril de 1969). Além disso, nos dois anos que se passaram desde o sínodo, as conferência episcopais (ao menos como tais) aparentemente não foi consultada sobre a matéria.

A Constituição Apostólica Missale Romanum declara que o antigo Missal que São Pio V promulgou em 19 de julho de 1570 (Bula Quo Primum) – a sua maior parte, na verdade, remonta a São Gregório Magno e à antigüidade ainda mais remota (*1) – foi o padrão por quatro séculos sempre que os padres do Rito Latino celebravam o Santo Sacrifício. A Constituição acrescenta que este Missal, levado a todos os cantos da Terra, “tem sido uma abundante fonte de nutrição espiritual para tantas pessoas em sua devoção a Deus”. Mas esta mesma Constituição, que poria fim definitivamente ao uso do antigo Missal, afirma que a presente reforma tornou-se necessária desde que: “um profundo interesse em fomentar a liturgia disseminou-se e fortaleceu-se entre o povo cristão.”

Parece que esta última afirmação, com toda evidencia, contém um sério equívoco.

quinta-feira, 27 de março de 2014

Raposa no galinheiro

O histórico do Pe. Omar Raposo, colocado como verdadeira raposa para cuidar do galinheiro por autoridade do eminentíssimo Cardeal Tempesta, é grande: da exaltação ao herege descarado Fábio de Melo àspresepadas na JMJ, passando por uma “benção macumbística” no Sambódromo do Rio e outra benção irenista a um infeliz ateu defunto. Como dizíamos outrora sobre esse sacerdote pop, que também se arrisca na vida musical: “não fosse a projeção que o sacerdócio lhe dá, não cantaria nem nos piores dos botecos do Rio“.
Pois bem, desta vez, o reitor do Santuário do Cristo Redentor e Assessor de Comunicação Social da Arquidiocese do Rio de Janeiro aparece em matéria do “Ego” — local apropriadíssimo para o Pe. Raposo.

Sorridente, Regina Casé batiza o caçula ao lado do marido

Regina Casé divulgou, neste domingo, 16, fotos da festa que promoveu neste sábado, 15, para comemorar seu aniversário e fazer o batizado do caçula, Roque. Nas imagens, a apresentadora do “Esquenta” aparece sorridente com o menino no colo e ao lado do marido, Estevão Ciavatta. Os dois usaram roupas feitas especialmente para a ocasião.
A cerimônia ecumênica aconteceu ao som de cantigas e orações. O cortejo formado por centenas de amigos e parentes acompanhou as bênçãos católica, budista, judaica, evangélica e do candomblé destinadas ao pequeno. A celebração católica foi conduzida pelo padre Omar que usou as água do Rio Jordão para abençoar a criança.
Pe. Omar Raposo - zelo litúrgico nas alturas com estola com fotos da artista e de seu filho.
Pe. Omar Raposo – zelo litúrgico nas alturas com estola com fotos da artista e de seu filho.
Fonte:http://fratresinunum.com/

quarta-feira, 19 de março de 2014

CARTA DE UM PÁROCO A SEUS PAROQUIANOS



UM PÁROCO DA DIOCESE DE FONTANARADINA DI SESSA AURUNCA, NA PROVINCIA DI CASERTA, ITÁLIA - DECIDIU NÃO CELEBRAR MAIS A MISSA NOVA SEGUNDO O MISSAL DO PAPA PAULO VI - O NOVUS ORDO.

Depois de ter experimentado por anos a pobreza do Novus Ordo Missae e de ter assistido às miríades de ofensas que tantos padres cometem a cada dia contra Nosso Senhor no curso da Missa (mesmo involuntariamente), ele se deu por conta de que a crise que a Santa Igreja atravessa há anos é devido essencialmente ao abandono da sua milenar liturgia.

Depois de uma profunda e sofrida reflexão, ele decidiu por retornar ao uso dos livros litúrgicos em vigor até 1962, valendo-se do indulto perpétuo concedido pelo Papa São Pio V com a Bulla Quo primum tempore, plenamente consciente dos enormes problemas com os quais teria que se confrontar: por amor a Cristo, pela Santa Igreja e por amor à alma de seus paroquianos. Para fazer com que todos compreendessem o verdadeiro significado de sua decisão, ele endereçou aos seus paroquianos três cartas, quase que um verdadeiro compêndio das suas sofridas reflexões.

Estas duas últimas, ele fez questão de participar ao seu Bispo, recebendo em troca incompreensões e repreensões disciplinares e então pensou em submeter a sua decisão ao Prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé, o Cardeal Ratzinger, de quem recebeu compreensão e apoio espiritual.

O seu caso ainda está à espera de uma solução satisfatória, e ele, depois de um período de afastamento, está de volta à sua paróquia. A nossa esperança é que o Padre Louis se torne um exemplo pra muitos sacerdotes que, embora compartilhando de suas reflexões, consideram impossível assumirem posições corajosas. Cremos não exagerar quando afirmamos que amadureceu o tempo para que ocorra um retorno a verdadeira teologia do santo sacrifício da missa como sempre foi celebrado, mesmo já passado mais de 40 anos do concílio vaticano II. Período esse semelhante a aquele que o povo hebreu caminhou no deserto rumo a terra prometida.


sexta-feira, 14 de março de 2014

QUE DEVOÇÃO SE DEVE PRATICAR DURANTE A ELEVAÇÃO?



Imediatamente depois da consagração, o sacerdote procede à elevação das santas espécies, cerimônia sublime, prescrita pela santa Igreja, para que o povo possa gozar e aproveitar, mais perfeitamente, da presença real do divino Salvador. É desta elevação e da devoção que, durante ela, se deve praticar, que queremos tratar neste capítulo.

         Oh! que júbilo pra o céu! Que fonte de salvação para a terra! Que refrigério para as almas do purgatório! Que terror para o inferno! Nesta elevação, se oferece o dom mais precioso que possa ser apresentado ao Altíssimo! Sabes sob que forma a santa humanidade de Jesus é oferecida a seu Pai, pelas mãos do sacerdote? Esta humanidade que é a imagem, muito perfeita, da Santíssima Trindade, jóia única dos tesouros celestes e terrestres.

         É oferecida debaixo de várias formas, porque entre as mãos do sacerdote, o Verbo encarna-se novamente, nasce de novo e sofre a Paixão; o suor de sangue, a flagelação, a coroação de espinhos, a crucificação, a morte... oh, que emoção para o coração do Pai eterno, durante esta elevação de seu Filho predileto!

         Entretanto, o sacerdote não é o único a expor Jesus Cristo aos olhos de seu Pai, o próprio Salvador se expõe: "À elevação, vi Jesus Cristo apresentar-se a seu Pai e oferecer-se de uma maneira que ultrapassa toda a compreensão", refere Santa Gertrudes no seu "Livro das Revelações". Mas, se não podemos fazer idéia deste encontro do Pai com o Filho, a fé deve nos levar a uma oração muito mais fervorosa no momento em que se realiza".

      

quarta-feira, 12 de março de 2014

Pequeno manual do católico (Parte I)


A Missa e outras obrigações
 
O Santo Sacrifício da Missa
 
1) O que é a Missa?
A missa é o sacrifício da Cruz de Nosso Senhor Jesus Cristo que se realiza sobre o altar.
2) Como pode ser a Missa o sacrifício de Jesus se este morreu na Cruz há dois mil anos?
Pelo rito da Santa Missa, o mesmo sacrifício realizado há dois mil anos torna-se presente novamente, de um modo novo, um modo sacramental, ritual, incruento, ou seja, sem derramamento do Sangue, mas verdadeiro e eficaz.
 
3) Porque dizemos que a missa é o mesmo sacrifício, presente de modo sacramental?
Por que nela aquele mesmo sacrifício de Jesus se apresenta diante de nós através de sinais sensíveis que realizam a graça sacramental. Estes sinais, no caso da missa são as espécies consagradas, o pão e o vinho que, na consagração, se transformam no Corpo e Sangue de Jesus pelas palavras que o sacerdote pronuncia.
 
4) A Missa é, então, um Sacramento?
Sim, a Missa é a cerimônia na qual se realiza o Sacramento da Eucaristia, que é a presença real de Jesus na hóstia consagrada.
 
5) Essa presença de Jesus na hóstia consagrada é um símbolo de Jesus?
Não podemos dizer que seja apenas um símbolo. Jesus está realmente presente com todo seu ser. Toda a natureza humana e toda a natureza divina estão presentes na Sagrada Hóstia. Toda a substância do pão e do vinho se transformaram milagrosamente no Corpo, Sangue, Alma e Divindade de Cristo.
 

domingo, 9 de março de 2014

NA SANTA MISSA, JESUS CRISTO RENOVA SUA VIDA


Por Pe. Martinho de Cochem

Entre as coisas que encantam os sentidos, o teatro deve ser colocado em primeiro lugar.

Os homens acham-lhe tal prazer que gastam, para assistir às representações teatrais, muito tempo e muito dinheiro.

Se quiséssemos considerar, atentamente, os grandes mistérios da Missa e persuadir-nos que Jesus Cristo se aproxima do altar como ornado de suas vestes de festa, para aí reproduzir, à nossa vista, as cenas de sua vida maravilhosa, correríamos para a igreja ao primeiro toque do sino.

Mas, oh! loucura do mundo, quantos preferem jogar os bens aos comediantes a assistir à santa Missa, onde riquíssima recompensa é concedida a todo e qualquer espectador piedoso!

Responder-me-ás, talvez, caro leitor: "Não é de admirar que as pessoas frívolas prefiram assistir à comédia; querem distrair-se, e, na santa Missa, nada lhes encanta os olhos e os ouvidos".

Oh triste cegueira! Se essas pessoas superficiais tivessem os olhos da fé, gozariam da santa Missa profundamente, porque é o resumo da vida do Salvador e a reprodução de todos os seus mistérios. Não é somente uma representação poética de fatos passados,como seria um drama; é uma repetição verídica do que Jesus Cristo fez e sofreu sobre a terra.

sábado, 8 de março de 2014

A Comunhão sacrílega


Santo António Maria Claret

Cân. 898 — Os fiéis tenham em suma honra a santíssima Eucaristia, participando activamente na celebração do augustíssimo Sacrifício, recebendo com grande devoção e com frequência este sacramento, e prestando-lhe a máxima adoração; os pastores de almas, ao explanarem a doutrina sobre este sacramento, instruam diligentemente os fiéis acerca desta obrigação.


“De modo que qualquer que comer do pão, ou beber do cálice do Senhor indignamente, será culpado do corpo e do sangue do Senhor. Examine-se, pois, o homem a si mesmo, e assim coma do pão e beba do cálice. Porque quem come e bebe, come e bebe para sua própria condenação, se não discernir o corpo do Senhor. Por causa disto há entre vós muitos fracos e enfermos, e muitos que dormem.” (1 Cor 11, 27-30).

Não há praticamente nenhum crime que mais ofende a Deus que a comunhão sacrílega. Os Santos Padres o demonstram em palavras e exemplos extraordinários. O comungante em pecado mortal comete um crime maior que Herodes, diz Santo Agostinho, mais assustador do que Judas, diz São João Crisóstomo, mais terrível do que o cometido pelos judeus, crucificando o Salvador, dizem outros santos. E a tudo isso, acrescenta São Paulo, será réu do Corpo e Sangue de Cristo, que diz a Glosa: a ser punido como se, com as suas mãos, tivesse morto o Filho de Deus.

A comunhão sacrílega é um crime tão grande que Deus não espera para o punir no inferno. Ele já começa neste mundo a indignar-se com tamanho crime, permitindo a doença e a morte. No tempo dos Apóstolos, segundo São Paulo, muitos dos males de alguns derivaram de comunhões sacrílegas, sofrendo ferimentos muito graves e outros morreram.


terça-feira, 4 de março de 2014

Um único holocausto agradável a Deus



Os dias vão passando e já avançamos mar adentro nas águas da Santa Quaresma. Mesmo se muitos ainda não se dispuseram a incluir no seu dia a dia alguma mortificação, lembranças efêmeras da vida mortificada dos primeiros cristãos, outros já começam a tirar proveito espiritual e material pelos pequenos sacrifícios oferecidos generosamente diante do altar. Durante quatro semanas a Igreja nos convida a esvaziarmos nosso coração dos apegos à nossa vontade própria, às amarras múltiplas que nos prendem a esta vida, de modo a deixar espaço ao que vem pela frente. Se é verdade que o nosso sacrifício é tão fraco e pequeno, por outro lado, o Tempo da Paixão nos estabelece diante da Cruz do nosso Salvador. Ali então, se tivermos sido generosos nas quatro primeiras semanas, descobriremos maravilhados tantos reflexos luminosos do Sacrifício de Nosso Senhor Jesus Cristo. E esta palavra - Sacrifício - soará em nossos ouvidos e vibrará em nosso peito no seu significado profundo: Sacrum facere - fazer o sagrado. Em outras palavras, realizar os atos próprios daquilo que se oferece a Deus e que é aceito como agradável pelo Pai. De fato, o Pai enviou o seu próprio Filho, Deus de Deus, Deus verdadeiro de Deus verdadeiro, gerado não criado, com esta missão específica. Qual? Alguns dirão que Cristo veio ao mundo para pregar o Evangelho; outros que veio ensinar aos homens o caminho da paz. E têm razão. Mas nem a pregação do Evangelho nem a paz que lhe segue podem manifestar o fundo da missão do Messias. Ele veio para oferecer um único Sacrifício agradável ao Pai. Dirão então: quer dizer que aquela religião revelada outrora aos Patriarcas, pregada pelos Profetas e vivida com tanta dificuldade pelo Povo Eleito, na qual se encontravam tantos sacrifícios rituais, não foram agradáveis ao Pai?
Ouçamos o que o próprio Deus nos revelou pela boca do Rei Profeta: "Porque, se quisesseis um sacrifício eu o teria oferecido; mas Vós não vos comprazeis com holocaustos" (Salmo 50). É claro que fora o próprio Deus quem revelara aos hebreus a prática dos sacrifícios e holocaustos, dando aos seus filhos os motivos para isso. Através dos sacrifícios, eles uniam quatro atos agradáveis a Deus:
o louvor, pois que ofereciam algo a Deus enquanto Ser Supremo;
o pedido, que permitia aos homens esperar a ajuda divina para suas necessidades espirituais e temporais;
o perdão dos pecados, visto que o sacrifício devia representar o estado arrependido dos corações e, consequentemente, aplacar a ira divina;
a ação de graças, como forma de agradecer a Deus por todos os seus benefícios.
Ocorre que os homens, inclinados às suas concupiscências, largavam de lado esses fins do sacrifício e iam tornando a prática da religião um conjunto de atos jurídicos, de regras materiais, já afastadas do verdadeiro amor de Deus. O próprio rei Davi exprime isso no versículo seguinte do mesmo salmo: "O sacrifício digno de Deus é um espírito compungido; não desprezarás, ó Deus, um coração contrito e humilhado".

sábado, 1 de março de 2014

“Lembra-te que do pó viestes e ao pó, hás de retornar.”




A Quarta-Feira de Cinzas é o primeiro dia da Quaresma no calendário Cristão Ocidental. As Cinzas que os cristãos católicos recebem na cabeça neste dia, é um símbolo para a reflexão sobre o dever de fazermos penitência, sobre arrependimento e conversão, sobre a mudança de vida, recordando a passageira, transitória, efêmera fragilidade da vida humana, sujeita à morte.

Segundo o estudo da escatologia a morte não vem de Deus, a morte acontece proveniente de nossos atos perante a sociedade. O tempo Quaresmal é um momento reflexivo de cada um, momento no qual fazemos o nosso exame de consciência e procuramos melhorar diante de Deus e do próximo. Deveríamos ser assim durante todo o ano, não só no período quaresmal. É preciso lutar pela santidade, e não esperar que ela chegue até nós.

*A quarta-feira de cinzas ocorre quarenta dias antes da Páscoa, dando início então, ao tempo mais importante da igreja, tempo que nos lembra do verdadeiro sentido da fé em Cristo, que se entregou a cruz por nós ao Pai. Seu posicionamento varia a cada ano, dependendo da data da Páscoa. A data pode variar do começo de fevereiro até à segunda semana de março.

Missas são realizadas tradicionalmente nesse dia nas quais os participantes são abençoados com cinzas pelo padre que a reza. O padre marca a testa de cada celebrante com cinzas, deixando uma marca que o cristão normalmente deixa em sua testa até ao pôr do sol, antes de lavá-la. Esse simbolismo relembra a antiga tradição do Médio Oriente de jogar cinzas sobre a cabeça como símbolo de arrependimento perante Deus (como relatado diversas vezes na Bíblia). Ao impor as cinzas o padre diz: “Lembra-Te homem que és pó e ao pó retornarás”.

No Catolicismo Romano é um dia de jejum e abstinência.
Como é o primeiro dia da Quaresma, ele ocorre um dia após do carnaval.

Autor: Augusto Cesar do Blog Dominus Vobiscum