quinta-feira, 30 de julho de 2020

Quando um bispo abençoou um papa

Quando um bispo abençoou um papa
  
D Matulionis nasceu em 1873, na cidade de Kurodiskis, no noroeste da Lituânia. Foi sagrado bispo secretamente tendo como testemunhas apenas 2 padres na cerimônia. Por ter enfrentado o regime comunista,foi preso várias vezes num total de 17 anos passados no cárcere. 

No dia 24 de março de 1933,D Matulionis foi recebido pelo Sumo Pontífice Pio XI em audiência privada no Vaticano.Ao aproximar-se do Vigário de Cristo na terra,D.Matulionis ajoelhou-se.O Santo Padre o levantou,ajoelhou-se ele mesmo,e disse:

- "Sois um mártir,vós é que deveis abençoar-me em primeiro lugar"  

Por obediência e com as mãos tremendo o bispo colocou-as sobre a cabeça do papa e com a voz emocionada o abençoou.Somente depois de ter sido abençoado é que o papa deu seu anel para o mártir beijar e em seguida beijo-o na testa em sinal de respeito e admiração.

O bispo mártir morreu em 1962 com suspeita de envenenamento depois de ter sido espancado pelos agentes da KGB quando invadiram a casa paroquial a procura de documentos. 

Na foto a esquerda o bispo com roupa de prisioneiro.




Fonte: José Carlos Ginberreis 

quarta-feira, 29 de julho de 2020

7 conselhos de São Bento muito úteis para a nossa vida





Na sua Regra, São Bento dirige, aos seus monges, estas recomendações que também nos podem ajudar. 

É este zelo que, com ardentíssimo amor, devem exercitar os monges:

1. Antecipem-se uns aos outros na estima recíproca;

2. Suportem com muita paciência as vossas enfermidades, físicas ou morais;

3. Rivalizem em prestar mútua obediência;

4. Ninguém procure o que julga útil para si, mas antes o que o é para os outros;

5. Amem-se mutuamente com pura caridade fraterna;

6. Vivam sempre no temor e no amor de Deus;

7. Amem o vosso abade com sincera e humilde caridade; nada absolutamente anteponham a Cristo, o qual nos conduza todos juntos à vida eterna.

terça-feira, 28 de julho de 2020

Na Missa Tridentina




Na Missa Tridentina:

O sacerdote persigna-se 16 vezes; 
volta-se 6 vezes para o povo; 
beija o altar 8 vezes; 
levanta os olhos para o céu 11 vezes.

10 vezes bate no peito e 10 vezes se ajoelha; 
junta as mãos 54 vezes; 
faz 21 inclinações com a cabeça e 7 com os ombros; 
faz inclinação profunda 8 vezes; 
benze 33 vezes a oferta com o sinal da cruz;

Põe 29 vezes as duas mãos sobre o altar; 
14 vezes reza com os braços estendidos e 36 vezes junta as mãos; 
põe as mãos juntas sobre o altar 7 vezes; 
9 vezes coloca a mão esquerda apenas; 
11 vezes põe-na sobre o peito; 
8 vezes levanta as duas mãos para o céu; 
11 vezes ora em voz baixa e 13 em voz alta; 
descobre e cobre o cálix 5 vezes e muda-o de lugar 20 vezes.

Além d'estas 350 cerimônias, o sacerdote deve observar ainda 150, ao todo são 500. Acrescentando a estas cerimônias as 400 rubricas prescritas, verificareis que o sacerdote que celebra a Santa Missa, conforme o rito romano, está obrigado, sob pena de pecado, a 900 obrigações.

Cada uma destas obrigações tem a sua significação espiritual, cada uma para fazer cumprir digna e piedosamente o santo Sacríficio da Missa.

Pelo que o Papa Pio V ordenou formalmente que todos, Cardeais, Arcebispos, Bispos, Prelados e simples sacerdotes dissessem a Missa desta maneira, sem nada mudar nem acrescentar ou diminuir um ponto sequer.

- Venerável Martinho de Cochem, 'Explicação da Santa Missa'; 1914

segunda-feira, 27 de julho de 2020

Oração da Boa Morte





Meu Senhor Jesus Cristo, Deus de bondade e Pai de misericórdia, eu me apresento a vós com o coração contrito e humilhado, para recomendar-vos o meu último suspiro e o que depois dele me espera.

Quando a imobilidade de meus pés me advertirem que a minha carreira neste mundo está prestes a terminar:

– Misericordioso Jesus, tende piedade de mim.

Quando as minhas mãos trêmulas e entorpecidas já não puderem sustentar o crucifixo e, a meu pesar, o deixarem cair sobre o meu leito de dor:

– Misericordioso Jesus, tende piedade de mim.

Quando os meus olhos, ofuscados pelo horror da morte iminente, fixarem em Vós as vistas lânguidas e desfalecidas:

– Misericordioso Jesus, tende piedade de mim.

Quando os meus lábios, frios e trêmulos, pronunciarem pela última vez o vosso nome adorável:

– Misericordioso Jesus, tende piedade de mim.

Quando a minha face, pálida e lívida, inspirar aos circunstantes compaixão e terror, e os meus cabelos, banhados de suor da morte, anunciarem o meu fim próximo:

– Misericordioso Jesus, tende piedade de mim.

Quando os meus ouvidos, prestes a cerrarem-se para sempre aos discursos dos homens, se abrirem para escutar a vossa voz, que pronunciará a irrevogável e decisiva sentença de minha sorte para toda a eternidade:

– Misericordioso Jesus, tende piedade de mim.

Quando a minha imaginação e o meu espírito perturbados pelo aspecto das minhas iniquidades e pelo temor da vossa justiça, lutarem contra o anjo das trevas, que procurará afastar-me da vista consoladora das vossas misericórdias e precipitar-me no abismo da desesperação:

– Misericordioso Jesus, tende piedade de mim.

Quando o meu débil coração, oprimido pelas dores da enfermidade e tomado dos horrores da morte, se achar extenuado pelos esforços que tiver feito contra os inimigos de minha salvação:

– Misericordioso Jesus, tende piedade de mim.

Quando correrem dos meus olhos as últimas gotas de lágrimas, sintomas da minha destruição; recebei-as, ó meu Jesus, em sacrifício expiatório, para que eu expire como vítima de penitência, e nesse terrível momento:

– Misericordioso Jesus, tende piedade de mim.

Quando meus parentes e amigos, ao redor do meu leito, se enternecerem à vista do meu doloroso estado e vos invocarem por mim:

– Misericordioso Jesus, tende piedade de mim.

Quando eu tiver perdido o uso de todos os meus sentidos, e o mundo inteiro tiver desaparecido diante de mim, deixando-me só, inteiramente só, a gemer nas angústias da extrema agonia e nas aflições da morte:

– Misericordioso Jesus, tende piedade de mim.

Quando as ânsias extremas do coração forçarem a minha alma a desprender-se do corpo, arrancando os últimos suspiros, aceitai-os como sinal de uma santa impaciência de unir-se a vós:

– Misericordioso Jesus, tende piedade de mim.

Quando a minha alma sair para sempre deste mundo e deixar meu corpo pálido, frio, inanimado e cadáver, aceitai essa destruição do meu ser em sacrifício de homenagem por mim prestada à vossa divina majestade, e então:

– Misericordioso Jesus, tende piedade de mim.

Finalmente, quando minha alma comparecer na vossa presença, e ver pela primeira vez o esplendor de vossa infinita majestade, não a expulseis da vossa vista, antes recebei-a no amoroso seio da vossa misericórdia, para que cante eternamente os vossos louvores:

– Misericordioso Jesus, tende piedade de mim.

ORAÇÃO

Meu Deus que, condenando-nos à morte, nos ocultastes a hora dela, fazei que, vivendo em justiça e santidade todos os dias da nossa vida, mereçamos sair deste mundo em vosso santo amor, pelos merecimentos de Nosso Senhor Jesus Cristo, que convosco vive e reina, na unidade com o Espírito Santo, pelos séculos dos séculos. Amém.

('O Pequeno Missionário - Manual de Instruções, Orações e Cânticos' de Pe. Guilherme Vaessen, 6a. Edição, Editora Vozes, 1953).

sábado, 18 de julho de 2020

Considera a incerteza do dia da tua morte


O Velho e a Morte
Joseph Wright of Derby (1734–1797)


1. Considera a incerteza do dia de tua morte. Ah, minha alma! Sairás um dia deste corpo. Quando? No inverno ou no verão? Na cidade ou no campo? De dia ou de noite? De modo imprevisto ou avisado? Por doença ou acidente? Terás tempo de te confessar ou não? Terás a assistência do teu confessor e pai espiritual ou não? De tudo isso absolutamente nada sabemos. A única coisa certa é que morreremos, e sempre mais cedo do que julgávamos.

2. Considera que então o mundo acabará no que te diz respeito. Ele não existirá mais para ti, ele virará de cabeça para baixo à tua frente. Sim, pois então os prazeres, as vaidades, as alegrias mundanas, os afectos vãos parecerão como nuvens e fantasmas. Ah, miserável, por que ninharias ofendi ao meu Deus? Verás que abandonamos Deus pelo nada. Ao contrário, a devoção, as boas obras te parecerão tão desejáveis e doces! E por que não segui este belo e gracioso caminho? Então os pecados que pareciam pequenos parecerão grandes como montanhas e a tua devoção, bem pequena.


3. Considera o longo e langoroso adeus que a tua alma dirá a este baixo mundo. Dirá adeus às riquezas, às vaidades, às vãs companhias, aos prazeres, aos passatempos, aos amigos, aos vizinhos, aos pais, aos filhos, ao marido, à esposa, em suma, a toda criatura e por fim a seu corpo, que ela abandonará pálido, magro, acabado, medonho e infecto.

4. Considera os trabalhos que terão para erguer o teu corpo e enterrá-lo; e que, feito isso, o mundo quase não pensará mais em ti, como tu quase não pensaste nos outros.Que Deus o tenha, dirão, e acabou-se. Ó morte, como és desdenhada! Como és implacável!

5. Considera que ao sair do corpo, a alma segue ou para a direita ou para a esquerda. Aonde irá a tua? Que caminho tomará? O mesmo que ela começou a trilhar neste mundo.

Afeições

1. Reza a Deus e te lança entre os seus braços. Ai, Senhor, recebei-me em vossa proteção neste dia apavorante! Tornai-me feliz e favorável esta hora, e que todas as outras me sejam tristes e aflitivas.

2. Despreza o mundo. Como não sei a hora a hora em que terei de deixar-te, ó mundo, não quero apegar-me a ti. Ó meus caros amigos, minhas caras alianças, permitai que não me afeiçoe a vós mais do que por uma amizade santa, que possa durar eternamente; pois por que me unir a vós para depois deixar e romper tal laço?

Resoluções

Quero preparar-me para esta hora e tomar os cuidados necessários para fazer felizmente esta passagem. Quero examinar com toda atenção o estado da minha consciência e pôr ordem nestas e naquelas faltas.

Conclusão

Agradece a Deus por estas resoluções que Ele vos deu; oferece-as à Sua Majestade. Roga-lhe mais uma vez que Ela torne feliz a tua morte pelo mérito de seu Filho. Implora a ajuda da Santa Virgem e dos santos. Pater Noster. Ave Maria.

S. Francisco de Sales in Novíssimos do Homem

sexta-feira, 17 de julho de 2020

Uma rara gravação da voz do Papa Pio XII enquanto canta o prefácio da Missa de Páscoa.





Uma rara gravação da voz do Papa Pio XII enquanto canta o prefácio da Missa de Páscoa.
V. Dóminus vobíscum.
R. Et cum spíritu tuo.
V. Sursum corda.
R. Habémus ad Dóminum.
V. Grátias agámus Dómino, Deo nostro.
R. Dignum et justum est.
Vere dignum et justum est, æquum et salutáre: Te quidem, Dómine, omni témpore, sed in hac potíssimum die gloriósius prædicáre, cum Pascha nostrum immolátus est Christus. Ipse enim verus est Agnus, qui ábstulit peccáta mundi. Qui mortem nostram moriéndo destrúxit et vitam resurgéndo reparávit. Et ídeo cum Angelis et Archángelis, cum Thronis et Dominatiónibus cumque omni milítia coeléstis exércitus hymnum glóriæ tuæ cánimus, sine fine dicéntes

segunda-feira, 13 de julho de 2020

A Missa 'Una Cum'






Estou certo de que a maioria de vocês estão familiarizados com a nossa estrita postura quanto à participação na Missa 'Una Cum'. Nós, do clero do Instituto Católico Romano, consideramos que é objetivamente um sacrilégio participar ativamente de uma missa na qual Bergoglio (ou o bispo local do Novus Ordo) ) é mencionado no cânone. 

Deixe-me demonstrar os motivos. Para que uma Missa seja uma Missa Católica, não basta que seja meramente válida, mas também deve ser oferecida em união com, e em submissão e obediência à hierarquia da Igreja Católica. Assim como você não pode separar o catolicismo da hierarquia católica, também não pode divorciar a missa, o ato central de adoração, da hierarquia católica. 

quarta-feira, 1 de julho de 2020

Duração do Purgatório





Quanto Tempo?

Quanto tempo deve ficar uma alma no purgatório? É uma pergunta impossível de responder. Não temos e não podemos ter nenhum argumento ou definição da Igreja e da teologia que nos possa garantir uma resposta certa a esta pergunta.

É um mistério e depende muito do modo de encaramos a questão. Bem sabemos que na eternidade não há mais tempo. Tempus jam non erit amplius. Como julgar o tempo em relação à eternidade? E demais, o sofrimento faz maior e mais difícil de passar o tempo entre nós. Quantas vezes um minuto nos custa mais a passar que longas horas? Pois o sofrimento horrível e intenso das pobres almas faz com que os minutos lhes sejam anos e até séculos. Aqui, havemos de fazer como todos os autores que tratam do purgatório: recorrer às revelações particulares. Elas nos esclarecem, e algumas bem provadas e até sujeitas a processos canônicos rigorosos, como as dos Santos canonizados, nos dão uma garantia de que não se tratavam de ilusões ou fantasias mórbidas. Quanto à duração do purgatório, de uma coisa podemos ter certeza, diz-nos Santo Agostinho: é que as penas expiatórias não irão além do último Juízo no fim do mundo (1).