segunda-feira, 29 de junho de 2020

Oração para fazer a vontade de Deus





"Terno  Coração  de  Jesus,  cada  vez  que  eu disser:  Deus seja bendito! - ou:  Faça-se a vontade  de  Deus!  - proponho  por  este  meio  aceitar  todas  as  disposições  de  vossa  providencia a meu  respeito,  no  tempo  e  na  eternidade.

Não quero  outro  estado  de  vida,  outra  casa, outro  alimento,  outra  saúde,  outras  vestes  que as  que  me  derdes. 

Não  quero  outra  fortuna, outro  emprego,  outros  talentos  que  os  que  me haveis  destinado.

Se  quereis  que  meus negócios  não  saiam bem, meus  projetos  se  esvaeçam,  meus processos  se percam,  tudo  que  possuo  seja  roubado,  eu  o quero  também.

Se  quereis  que  eu  seja  desprezado,  odiado, abandonado,  difamado,  maltratado,  até  por aqueles  a  quem  tenho  mais  amor:  eu  o  quero também.

Se quereis que eu seja privado  de tudo,  banido de  minha  pátria,  encerrado  num  calabouço,  e viva  em  penas  e  agonias  contínuas:  eu  o  quero também.

Seja  tudo  como  for  de  vosso  agrado  e  pelo tempo  que  quiserdes.

Minha vida mesma ponho entre  vossas  mãos;  aceito  a  morte  que  me destinais, e  todas  as penas que devem acompanhá-la.

Uno  minha  morte  à  vossa,  ó  meu  Salvador,  e vô-la  ofereço  em testemunho  de meu amor para convosco. 

Quero  morrer  para  vos  agradar  e cumprir  vossa  divina  vontade.

Ó Jesus, Maria,  José,  objetos  de meu amor, sofra  eu  por  vós,  por  vós  morra,  seja  eu  todo para  vós  e  mais  de  modo  nenhum  para  mim mesmo. Amém."


. Extraído do livro:  "O Segredo do Sagrado Coração de Jesus", de Santo Afonso Maria de Ligório.

quarta-feira, 24 de junho de 2020

Bênção da Fogueira na noite de São João Batista





(Rit. Rom, tít. IX, cap III, 13)
V. A nossa proteção está no nome do Senhor.
R. Que fez o céu e a terra.

V. O senhor esteja convosco.
R. E contigo também.

Oremos
Senhor Deus, Padre todo-poderoso, luz inextinguível e criador de toda luz, santificai + este fogo novo e dai-nos, um dia, após as trevas desta vida, que possamos, puros de coração, chegar a vós, luz inextinguível. Por Cristo, nosso Senhor.
R. Amém.

Asperge a fogueira com água benta. Em seguida:

Hino
Doce sonoro, ressoe o canto.
Minha garganta, faça pregão.
Solta-me a língua, lava-me a culpa,
Ó São João
Anjo no templo, do céu descendo,
Teu nascimento ao pai comunica,
De tua vida preclara fala,
Teu nome explica.
Da mãe no seio, calado ainda,
O Rei pressente num outro vulto,
E à mãe revelas o alto mistério
Do Deus oculto
Louvor ao Padre, ao Filho unigênito,
E a ti, Espírito, honra também,
Dos dois procedes, com eles sendo
Um Deus, amém.

V. Houve um homem por Deus enviado.
R. João era seu nome

Oremos.

Deus que nos concedeis este dia, para honrarmos o nascimento de S. João Batista, dai a vosso povo a graça da alegria espiritual e dirigi o coração dos vosso fiéis no caminho da eterna salvação. Por Cristo, nosso Senhor.

R. Amém.

sábado, 13 de junho de 2020

Santo António e o purgatório.





Santo António e o purgatório. Conta Santo Antónino que um enfermo havia muito tempo que sofria horríveis dores. Apareceu-lhe o seu Anjo da Guarda e lhe propôs, por ordem de Deus, que escolhesse: ou sofrer aquelas dores por mais um ano, ou passar meia hora no Purgatório. O enfermo respondeu que preferiria estar meia hora no Purgatório, pois assim acabava mais depressa de sofrer. Pouco depois expirou, e o Anjo foi visitá-lo no Purgatório. Ao ver o Anjo, a pobre alma começou a soltar gemidos inconsoláveis, dizendo-lhe que a tinha enganado, pois, tendo-lhe assegurado que estaria ali só meia hora, já eram passados vinte anos que estava lá penando. Vinte anos? - replicou o Anjo - não passaram mais que poucos minutos de tua morte, e teu cadáver ainda está quente sobre o leito! Tanto é verdade que as penas do Purgatório, em certo modo, - sapiunt naturam aeternitatis -, têm um sabor de eternidade, por parecer à imaginação do padecente que uma hora é como um século.

terça-feira, 9 de junho de 2020

Carta de Mons. Moisés Carmona Rivera ao arcebispo conciliar de Santa Cruz de la Sierra




Esta carta é um documento entre tantos outros que demonstram que o Vaticano II não foi universalmente aceito pela Igreja Católica, ao contrário do que dizem alguns. Segundo o próprio autor dessa missiva, o Vaticano II foi aceito por bispos e padres covardes “que agora queimam o que antes adoravam, e que adoram o que antes queimavam”, muitos não eram progressistas de fato, mas “dela se apartaram para não perderem seu cargo”.

No meio de toda essa vergonha, porém, sempre houveram vozes que se ergueram para denunciar abertamente o cisma conciliar. Essas vozes são a Igreja Católica Apostólica Romana, a qual jamais abandonou sua missão de guardar o depósito da Fé.

O então “arcebispo” conciliar de Santa Cruz de la Sierra (Bolívia) afirmou publicamente que Monsenhor Moisés Carmona Rivera não era bispo, pois seu nome estava fora do Anuário Pontifício. Monsenhor Carmona lhe respondeu por meio desta carta, declarando que agradecia muito por seu nome não estar na lista dos bispos apóstatas.

Santa Cruz de la Sierra, 24 de fevereiro de 1987

Monsenhor Luis Rodríguez Pardo
Arcebispo da Nova Igreja Pós-Conciliar.
Presente.-

Senhor Arcebispo:

Lendo vossas declarações nos diversos jornais da região, não pude deixar de sentir para com o senhor uma profundíssima admiração por haver declarado publicamente que meu nome não está na lista de todos os bispos do mundo, que o Anuário Pontifício publica a cada ano. Obrigado senhor Rodriguez! Agora já todos sabem que NÃO APOSTATEI como têm feito em massa todos os bispos com mui raras exceções; não! não! Meu nome não está na lista dos APÓSTATAS, na lista desses bispos que sem vergonha têm claudicado, e que no Vaticano II se portaram como COVARDES, não erguendo-se para defender o depósito da Fé que lhes foi confiado, e aceitando quantas mudanças e novidades lhes propunham aqueles que estavam interessados na ruína da Igreja.

Dissestes uma estupenda verdade: Meu nome não está nem estará jamais nessa ignominiosa lista de bispos renegados, que agora queimam o que antes adoravam, e que adoram o que antes queimavam.

Tampouco na lista dos autênticos e legítimos bispos estão os nomes de todos esses bispos desertores, entre os quais está o senhor, e os fiéis devem dar-se conta dessa verdade que é inegável: o senhor JÁ NÃO É BISPO DA IGREJA CATÓLICA, senão da NOVA Igreja que é a Igreja da APOSTASIA.

Afirma que sou um impostor. Quão fácil dizê-lo! Mas impostor não é aquele que não sendo já bispo católico nem pregando já as verdades divinas, aparenta sar e diz que é divino o que prega? POIS ESTE SOIS VÓS, SENHOR RODRIGUEZ, porque tendo desertado da Igreja que Cristo instituiu se passou às fileiras da Igreja Montiniana e segue agindo COMO SE FOSSE católico, e como se fossem verdades divinas as suas AMBIGUIDADES.

Também afirma que não estou em comunhão com a Igreja Católica. Pois saiba o senhor e saibam todos que desde que pelo batismo ingressei no Reino de Deus, que é a Igreja, por Cristo divinamente instituída, JAMAIS ME SEPAREI DELA; quando recebi do Bispo o sacramento da Ordem Sacerdotal, e quando ainda sem merecê-lo, me consagraram Bispo, fiz minha profissão de fé e o JURAMENTO ANTIMODERNISTA que mandou o Papa São Pio X, e em nenhum momento o quebrei.

Sigo, pois, em comunhão COM A VERDADEIRA IGREJA e quem não está em comunhão com ela são desertores, os que fazendo-se hereges, dela se apartaram para não perderem seu cargo; os que fizeram uma NOVA Igreja que eu detesto com toda minha alma; Verdade é que NÃO ESTOU com João Paulo II, como tampouco estive com João XXIII, Paulo VI, e João Paulo I, porque estes quatro “papas”, emanados do MODERNISMO condenado pelo mesmo Papa São Pio X, NÃO TEM SIDO LEGÍTIMOS sucessores de São Pedro, embora se apresentem como tais; e não tenho estado com esses “papas”, porque o Papa Paulo IV em sua Bula “Ex Apostolatus Officiio” disse que devemos evitar aos ilegítimos como se fossem feiticeiros, pagãos, publicanos ou heresiarcas.

Que saibam todos que eu NÃO ESTOU EM COMUNHÃO com essa NOVA Igreja que no Vaticano II, inspirada NÃO pelo Espírito Santo senão pelo espírito de Montini, deu a luz aos bispos “conciliares”. Essa Igreja NÃO É A IGREJA CATÓLICA, embora seja aceita por todo o povo, e embora ela esteja na hierarquia, pois é precisamente essa hierarquia APÓSTATA que tem traído Cristo e sua Igreja, que trai os FIÉIS conduzindo-os à apostasia universal.



Essa Igreja NÃO É A IGREJA DE CRISTO, senão a Igreja DO ANTICRISTO, e tampouco se deve estranhar que sucedam essas coisas, posto que desde há cem anos a Virgem de La Sallete anunciou que ROMA PERDERÁ A FÉ e que O ANTICRISTO ESTABELECERÁ A SUA SEDE EM ROMA.

Não disse que não sabem celebrar a Missa, mas que a “missa” que celebram NÃO É A MISSA CATÓLICA, que é a renovação do Sacrifício da Cruz e cujas partes essenciais se remontam aos tempos dos Apóstolos; a “missa” que celebram é uma CEIA PROTESTANTE e com ele estão PROTESTANTIZANDO OS FIÉIS sem que eles se deem conta disso, a NOVA “miss” foi o sinal de que uma NOVA RELIGIÃO substituía a que Cristo instituiu.

O mesmo Cardeal Bonelli reconheceu a 13 de outubro de 1976, conversando com M. de Sebestrer, presidente da “Una Voce Internacional”, que todas as novas formas de celebrar vão na mesma direção, enquanto que a antiga Misa representa outra eclesiología.

Quem agora quer salvar sua alma deve REGRESSAR à Igreja de sempre, à Igreja que NINGUÉM pode mudar; porque é IMUTÁVEL, nem NINGUÉM pode destruir porque é DIVINA. Agora que os hereges ficaram com nossos templos, não resta aos fiéis outro recurso que orar em suas próprias casas, rezar o Santo Rosário, estudar o Catecismo de antes e viver piedosamente cumprindo com fidelidade os Mandamentos de Deus.

+ Monseñor Moisés Carmona R.

BISPO DA IGREJA CATÓLICA

segunda-feira, 1 de junho de 2020

É possível pecar por pensamento?

                                                 

Da vigilância sobre os pensamentos

2) Logo, nem todos os maus pensamentos são pecados, e nem todos os que são pecados trazem em si o mesmo cunho de malícia. Devemos considerar três coisas quando se trata de um pecado de pensamento, a saber: a sugestão, a deliberação e o consentimento. Alguns esclarecimentos a esse respeito:

a) Sob a palavra sugestão entende-se o primeiro pensamento que nos incita a praticar o mal que nos vem à mente. Esta instigação ou incitamento ainda não é pecado; se a vontade a repele imediatamente, é mesmo uma fonte de merecimentos. "Para cada tentação a que opuseres resistência, se te deverá uma coroa", diz Santo Antão. Até os Santos foram perseguidos por tais pensamentos. São Bento revolveu-se sobre os espinhos para vencer uma tentação impura, e São Pedro de Alcântara lançou-se em poço de água gelada. São Paulo nos informa que também ele foi tentado contra a pureza: "E para a grandeza das revelações não me ensoberbece, foi-me dado um espinho em minha carne, um anjo de satanás para me esbofetear" (2 Cor 12, 7).


b) À sugestão segue-se a deleitação. Quando nos damos ao trabalho de repelir imediatamente a tentação, sentimos nela uma certa complacência ou prazer, que nos vai arrastando ao consentimento. Mesmo então, se a vontade não dá seu assentimento, não há pecado mortal; quando muito, poderá haver pecado venial. Se, porém, não recorremos então a Deus e não nos esforçamos por resistir à tentação, facilmente nos sentiremos arrastados ao consentimento e perdidos, segundo as palavras de Santo Anselmo (De similit., c. 40): "Se não procuramos impedir a deleitação, ela se transformará em consentimento e matará a alma".


c) Toda a malícia do mau pensamento está, porém, no consentimento. Havendo pleno consentimento, perde-se a graça de Deus e chama-se sobre si a condenação eterna, que se tenha o desejo de cometer um pecado determinado, quer se pense ou reflita com prazer no pecado como se o estivesse cometendo. Esta última espécie de pecado chama-se uma deleitação deliberada ou morosa, e deve-se distinguir  bem da primeira, isto é, do pecado de desejo.


Livro: Tratado de Castidade - Bem aventurados os puros, de Santo Afonso Maria de Ligório, pg. 8.