segunda-feira, 30 de setembro de 2019

In memoriam (1940-2019)




Esvai-se o tempo e mais e mais me lembro do que,
para olvidar, luto com afinco,
de um trinta sinistro de agosto,
- dois mil e dezenove !
Não consigo esquecer por um momento,
daquele dia que bem longe vai...
em que um vento de morte e de tormento,
para bem longe transportou meu pai!

Assim é a vida: um báratro profundo,
onde o homem se afoga e,
quase louco, se perde nas mentiras deste mundo,
que tanto nos promete e dá tão pouco!
E neste mundo assim, de falso brilho,
guardo a lembrança que de mim não sai:
- de um homem bom que me chamou de filho e,
enternecido, eu o chamei de Pai!

Por gentileza, leitor que por aqui passa no dia de hoje, 30 de Setembro, reze comigo uma oração (abaixo) pela alma de meu querido e amado pai, Sr Antônio Roque Filho. Um mês de seu falecimento. 



Rèquiem aetèrnam,
dona eis, Domine,
et lux perpètua lùceat eis.
Requiéscant in pace.
Amen.

(Latim)


Dai-lhes, Senhor, 
o descanso eterno
E a luz perpétua os ilumine
Descansem em paz.
Amém.
(Português)

sexta-feira, 27 de setembro de 2019

A Verdadeira História dos santos Cosme e Damião e o paganismo brasileiro



Os gêmeos árabes Cosme e Damião eram filhos de uma nobre família de cristãos. Nasceram por volta do ano 260 d.C., na região da Arábia e viveram na Ásia Menor, no Oriente. Desde muito jovens, ambos manifestaram um enorme talento para a medicina, profissão a qual se dedicaram após estudarem e diplomarem-se na Síria.

Tornaram-se profissionais muito competentes e dignos, e foram trabalhar como médicos e missionários na Egéia.

Amavam a Cristo com todo o fervor de suas almas, e decidiram atrair pessoas ao Senhor através de seu serviço. Por isso, não cobravam pelas consultas e atendimentos que prestavam, e por esse motivo eram chamados de "anárgiros", ou seja, “aqueles que são inimigos do dinheiro / que não são comprados por dinheiro". A riqueza que almejavam era fazer de sua arte médica também o seu apostolado, para a conversão dos perdidos, o que, a cada dia, conseguiam mais e mais. Seus corações ardiam por ganhar vidas, e nisto se envolveram através da prática da medicina. Inspirados pelo Espírito Santo, usavam a fé aliada aos conhecimentos científicos. Confiando sempre no poder da oração, operaram verdadeiros milagres, pois em Nome de JESUS curaram muitos doentes, vários destes à beira da morte.

quarta-feira, 25 de setembro de 2019

O Purgatório

O Dogma do Purgatório

O Pe. Francisco Xavier Schouppe S.J., missionário jesuíta que viveu em fins do século XIX e início do XX, foi um profícuo autor de obras de caráter teológico e exegético bíblico. Deixou vários livros populares, dentre os quais destaca-se um sobre o Purgatório, do qual extraímos os textos abaixo. Das obras que escreveu, esta é a mais conhecida e recomendada.
O Dogma do Purgatório é muito esquecido pela maioria dos fiéis; a Igreja Padecente — onde há tantos irmãos para socorrer, e para onde sabem que um dia devem ir —, parece-lhes terra estranha.
Esse verdadeiramente deplorável esquecimento constituía um grande sofrimento para São Francisco de Sales: “Hélas”, disse esse pio Doutor da Igreja, “nós não nos lembramos suficientemente de nossos caros falecidos; sua memória parece esvanecer-se com o som fúnebre dos sinos”.
As principais causas disso são ignorância e falta de fé; nossas noções sobre o Purgatório são muito vagas, nossa fé é muito fraca.
Então, para que nossas idéias se tornem mais precisas e nossa fé vivificada, devemos olhar mais de perto essa vida além túmulo, esse estado intermediário das almas justas ainda não dignas de entrar na Celeste Jerusalém.

                                             *   *   *                                                                     O Purgatório ocupa um importante lugar em nossa santa Religião: forma uma das principais partes da obra de Jesus Cristo, e representa um papel essencial na economia da salvação do homem.
Lembremo-nos de que a Santa Igreja de Deus, considerada como um todo, é composta de três partes: a Igreja Militante [nesta Terra], a Igreja Triunfante [no Céu] e a Igreja Padecente ou Purgatório. Essa tríplice Igreja constitui o Corpo Místico de Jesus Cristo, e as almas do Purgatório não são menos seus membros que os fiéis na Terra e os eleitos no Céu. .... Essas três igrejas-irmãs mantêm incessantes relações entre si e uma contínua comunicação, que denominamos a Comunhão dos Santos.

*   *   *
Rezar pelos falecidos, fazer sacrifícios e sufrágios por eles, forma parte do culto cristão, e a devoção pelas almas do Purgatório é a que o Espírito Santo infunde com caridade nos corações dos fiéis. “Santo e salutar pensamento é rezar pelos mortos”, diz a Sagrada Escritura, “para que sejam purificados de seus pecados” (II Mac. 12, 46).
A Justiça de Deus é terrível, e pune com extremo rigor mesmo as faltas mais triviais. A razão é que tais faltas, leves a nossos olhos, não o são diante de Deus. O menor pecado desagrada-O infinitamente, e, por causa da infinita Santidade que é ofendida, a menor transgressão assume enorme proporção e exige enorme expiação. Isso explica a terrível severidade das penas da outra vida, e deveria nos penetrar de santo temor.

Purgatory — Illustrated by the Lives and Legends of the Saints, versão norte-americana da TAN Books and Publishers, Inc., Rockford, Illinois, 1973, pp. V e ss.

sábado, 21 de setembro de 2019

Sacras para altar em alta definição (Download) - I

Do Lavabo

                                                                 Do Centro do Altar                                                                


                                                               Evangelho de São João                                                             
                                                                                                                          

Imprimir as sacras em tamanho A4 (lado esquerdo), A3 (central), A4 (lado direito). Plastificar e/ou Enquadrar.                        

quinta-feira, 19 de setembro de 2019

O que é o milagre de São Januário e qual a sua importância?



O milagre consiste na liquefação do sangue de São Januário, que se encontra durante o resto do ano em estado sólido. Este milagre, que ocorre na igreja dedicado ao santo em Nápoles, acontece 3 vezes por ano:

- 19 de Setembro, dia de S. Januário;
- 16 de Dezembro, porque nesse dia, em 1631, foi feita uma procissão com as relíquias de S. Januário que impediu a iminente erupção do vulcão Vesúvio;
- no Sábado que antecede o primeiro Domingo de Maio, dia da primeira trasladação do corpo do santo.

As datas da liquefação do sangue de São Januário são celebradas com grande pompa e esplendor.



As relíquias são expostas ao público, e se a liquefação não se verifica imediatamente. iniciam-se preces colectivas. Se o milagre tarda, os fiéis convencem-se de que a demora se deve aos seus pecados. Rezam então orações penitenciais, como o salmo “Miserere".

Quando o milagre ocorre, o Clero entoa um solene Te Deum, a multidão irrompe em vivas. os sinos repicam e toda a cidade rejubila.

Entretanto, sempre que nas datas costumeiras o sangue não se liquefaz, isso significa o aviso de tristes acontecimentos vindouros, segundo uma antiga tradição nunca desmentida.

O sangue de São Januário está recolhido em duas ampolas de vidro, hermeticamente fechadas, protegido por duas lâminas de cristal transparente. A ampola maior possui 60 cm cúbicos de volume; a menor tem capacidade de 25 cm cúbicos. Em geral, o sangue endurecido ocupa até a metade da ampola maior; na menor, encontra-se disperso em fragmentos.

A liquefação do sangue produz-se espontaneamente, sob as mais variadas circunstâncias, independentemente da temperatura ou do movimento, o sangue passa do estado pastoso ao fluido e, até, fluidíssimo. A liquefação ocorre da periferia para o centro e vice-versa. Algumas vezes, o sangue liquefaz-se instantânea e inteiramente, ou, por vezes, permanece um denso coágulo em meio ao resto liquefeito. Varia o colorido: desde o vermelho mais escuro até o rubro mais vivo. Não poucas vezes surgem bolhas e sangue fresco e espumante sobe rapidamente até o topo da ampola maior.

Trata-se verdadeiramente de sangue humano, comprovado por análises espectroscópicas.

Há algumas peculiaridades, que constituem outros milagres dentro do milagre liquefação, há uma variação do volume: algumas vezes diminui e outras vezes aumenta até o dobro. Varia também quanto à massa e quanto ao peso. Em Janeiro de 1991, o Professor G. Sperindeo fazendo uso, com o máximo cuidado, de aparelhos de alta precisão, encontrou uma variação de cerca de 25 gramas. O peso aumentava enquanto o volume diminuía. Esse acréscimo de peso contraria frontalmente o princípio da conservação da massa e é absolutamente inexplicável, pois as ampolas encontram-se hermeticamente fechadas, sem possibilidade de receber acréscimo de substâncias do exterior.

A notícia escrita mais antiga e segura do milagre consta de uma crónica do século XIV. Desde 1659, estão rigorosamente anotadas todas as liquefações, que já perfazem mais de dez mil!
São Januário, rogai por nós.

Fonte:
https://senzapagare.blogspot.com








segunda-feira, 16 de setembro de 2019

AS APARIÇÕES DE ALMAS DO PURGATÓRIO

São Nicolau Tolentino 

Que são as aparições?

Contam-se fatos prodigiosos e muitas aparições de almas do purgatório. Isto poderia talvez impressionar a alguns e julgarem que podemos desejar ou procurar, com certa curiosidade, indagar a sorte dos mortos ou facilmente ter comunicação com as almas do purgatório. Quanta ilusão perigosa e quanta su­perstição e crendice em torno disto! É mister discer­nirmos bem as verdadeiras das falsas aparições, e mostrarmos o pensamento da Igreja e dos Santos Doutores para que se evitem confusões e ilusões nu­ma matéria tão grave e delicada, porque tão sujeita a enganos e erros.
Que é uma aparição? É uma manifestação do outro mundo, de alguém que nos vem dizer o que lá se passa. Podemos acreditar nas aparições?
Há dois extremos igualmente prejudiciais. Um dos que facilmente aceitam toda sorte de aparições sem exame e não têm a prudência de estudar e esperar a opinião de pessoas criteriosas, teólogos ou autoridades eclesiásticas e superiores, que possam discernir com segurança a verdade de tais aparições. É uma leviandade. Assim o diz a Escritura: “Qui cito credit, levis est corde”[1], quem facilmente em tudo crê, é leviano de coração, é um espírito leviano. Todavia, rejeitar sistematicamente e obstinadamente toda aparição, todos os fatos sobrenaturais, mesmo que tenham os sinais de verdadeiros, é prova de mui­to ceticismo, de orgulho, e pode levar à infidelidade a graça, como insinua a Escritura: “Qui incredulus est infideliter agit”[2], quem é duro em acreditar, procede contra a piedade.
É mister um equilíbrio neste caso entre os dois extremos. Uma alma verdadeiramente humilde e obe­diente nunca poderá se enganar. Outra questão é se as almas do outro mundo podem se comunicar com os vivos. Podem voltar à terra quando queiram ou quando desejem os vivos? Respondemos sem hesitar, com a boa doutrina da Igreja e dos teólogos: — não e não! Isto só se dá por uma especialíssima permis­são de Deus, raras vezes, e por milagre, para ensina­mento e confirmação da imortalidade da alma, para lição dos vivos ou para pedir socorro e sufrágios.
Desde que nossa alma se separou do corpo pela morte, não tem mais órgãos para se comunicar com os homens, é puro espírito, e só por milagre se pode tornar sensível. E demais, quando a alma deixou o corpo, já foi entregue à Divina Justiça, e está no lu­gar que mereceu: o céu, o inferno ou o purgatório. Não pode, sem milagre, entrar em comunicação com os homens. Este milagre das aparições nós os encontramos na Sagrada Escritura. Samuel apareceu à Pitonisa de Endor e repreendeu a Saul porque havia perturbado o repouso dos mortos. Mostrou o castigo que lhe estava reservado por esta curiosidade vã. Na morte de Nosso Senhor, conta São Mateus que os túmulos se abriram e muitos mortos apareceram e foram vistos em Jerusalém. Nas vidas dos Santos encontramos inúmeras aparições, e a Santa Igreja, ao elevar à honra dos altares os servos de Deus, submete a um rigoroso processo todos os fatos e prodí­gios que deles narraram, embora não se pronuncie sobre eles. Portanto, há verdadeiras aparições.

sábado, 14 de setembro de 2019

Do Sacramento da Extrema-Unção (Excertos)


...mas só os doentes em perigo de morte...Como só precisam de medicação os que estão doentes, assim também este Sacramento só pode ser ministrado aos que sofrem de doença tão grave, que para eles haja o perigo de um desenlace fatal. Isto não obstante, cometem falta muito grave os responsáveis que, para ungir o doente, aguardam o momento em que o mesmo, já sem nenhuma esperança de salvar-se começa a perder a vida e os sentidos.(655)

Não os são que vão entrar em perigo de vida, não se deve, pois dar o Sacramento da Extrema-Unção a quem não estiver gravemente enfermo, ainda que se exponha a perigo de vida, como acontece aos que se aprestam para uma navegação arriscada, ou que entram em batalha, com perigo de morrer, ou que são levados ao suplício, por sentença capital.

Não os dementes, os infantes, além disso, não são capazes de receber este Sacramento todos os que estão privados do uso da razão: as crianças que não comentem pecados, cujos resíduos devam ser purificados por este Sacramento; os alienados e loucos furiosos, a não ser que tenham intervalos lúcidos, durante os quais mostrem sentimentos religiosos, e peçam a Extrema-Unção.(656)
Não pode, porém, receber a Extrema-Unção que é louco de nascença.
Deve todavia ser ungido o enfermo que pedira o Sacramento, enquanto estava com juízo perfeito, e só depois caiu em loucura furiosa. 


Disposição do sujeito, isenção de pecado mortal...É preciso cuidar, com todo o escrúpulo, que a graça deste Sacramento não seja sustada por nenhum óbice. Ora, como nada lhe faz maior obstáculo, do que a consciência de um pecador mortal, cumpre observar o costume que a Igreja Católica sempre manteve, de ministrar-se antes da Extrema-Unção os Sacramentos da Penitência e da Eucaristia.




 (655): Isto se refere ao sacerdote em primeiro lugar, mas também aos parentes do enfermo, que chamam o sacerdote no último instante. Ora, se chamar tarde é pecado, que dizer então dos que deixam de chamar o sacerdote?

 (656):
Entenda-se bem. Não é condição essencial que o doente peça os Santos Óleos; basta que os aceite de bom grado, ou pelo menos os repila, quando lhe oferecemos os Santos Sacramentos.

Catecismo Romano - O Catecismo do Concílio de Trento 

sexta-feira, 13 de setembro de 2019

Rezemos sempre pelas pobres almas que padecem no Purgatório



"Santa Brígida viu, um dia, ante o So­berano Juiz, uma alma do Purgatório, que estava trêmula e confusa e a quem era intimada que declarasse publicamente os pecados que não tinham sido seguidos de penitência suficiente e que lhe haviam me­recido a punição que sofria.
A alma exclamava com uma voz que cortava o coração: Infeliz de mim, infeliz! — e em soluços, fazia a enumeração de tudo o que a manchava e prendia tão longe do Céu.
Não reproduziremos essa visão, mas dela extrataremos a relação das principais faltas que, como vermes roedores, torturam uma pobre alma do Purgatório.
«Perdi meu tempo, esse tempo bem pre­cioso do qual todos os momentos podiam servir para expiar meus pecados, praticar uma virtude, merecer o Céu: eu o perdi em conversações fúteis, em ocupações banais e sem objeto, em leituras recrea­tivas demasiado prolongadas; — é por isso que sofro!
Esqueci por negligência minhas penitên­cias sacramentais: as fiz mal por dissipação, e aceitei-as sem espírito de fé: — é por isso que sofro!
Caí em murmurações contra meus supe­riores, meu confessor, meus parentes; mur­murações leves, sem dúvida, mas partidas do amor próprio magoado, da falta de res­peito, do ciúme; — é por isso que sofro!
Consenti em pensamentos de vaidade a respeito do trajar, sobre os acessórios da casa, acerca de predicados de família; vesti-me com orgulho, segui as modas com ostentação, afetei um asseio exagerado; — é por isso que sofro.
Eu me proporcionei, sem nenhuma necessidade, pequenas sensualidades durante minhas refeições e fora delas, num viver voluptuoso e descuidado, num zelo excessivo do bem estar, no abuso do descanso corporal, na fuga de tudo que natural­mente modificaria os sentidos;— é por isso que sofro!
Em conversação, atirei ditos espirituosos com o fim de ser elogiado, apreciado, distinguido, e para brilhar mais que os outros; — é por isso que sofro!
Faltei à caridade que me chamava em socorro do próximo: faltei à caridade, deixando de o consolar, de o defender, de o aconselhar ao bem; conservando volun­tariamente um pequeno pensamento de rancor, de inveja; — é por isso que sofro!
Omiti por negligência e incúria muitas comunhões que me eram permitidas: fui remisso em minhas devoções, pouco apli­cado em meu terço e na oração; — é por isso que sofro!»
Meu Deus! como estas confissões me instruem!"

Fonte:
http://alexandriacatolica.blogspot.com

terça-feira, 10 de setembro de 2019

Céu, Inferno e Purgatório

São Nicolau de Tolentino, intercede pelas pobres almas do purgatório

Um príncipe russo, por motivos políticos, abandonou o seu país e estabeleceu-se na França onde comprou um belo palácio e uma propriedade extensa. Infelizmente tinha perdido a fé na sua infância, e no tempo de que falamos, ocupava-se escrevendo um livro contra Deus e os Dogmas da Religião.

Morreu-lhe o feitor e dias depois o príncipe encontrou a pobre viúva debulhada em lágrimas no seu jardim. Chorava amargamente. Em resposta á pergunta do príncipe, a mulher disse que havia gasto tudo quanto tinha com os médicos e remédios e agora não tinha o suficiente para mandar rezar algumas Missas pela alma do marido.
Comovido com a dor da pobre criatura o príncipe, homem bondoso, deu-lhe uma moeda de ouro para sufragar a alma do defunto e mandar rezar as Missas necessárias.

Dias depois, estava dele no seu escritório escrevendo o seu livro quando ouviu bater na porta.
Mandou entrar a visita e qual não foi o seu espanto ao ver diante de si o falecido feitor.

" Venho agradecer, príncipe, a generosa esmola que deu a minha mulher para sufragar a minha alma. Graças ao Sangue Precioso de Jesus que me foi aplicado na Missa, já saí do Purgatório e vou para o Céu.
Venho, porém, primeiro pagar a minha dívida de gratidão. Venho avisá-lo que mude quanto antes de ideias, pois creia bem, que há um Deus, há um Céu, há um Purgatório e há Inferno".

Desapareceu, deixando o príncipe profundamente impressionado. Este caiu em si tornou -se católico fervoroso.

Quantas e quantas almas não continuam a estar longos anos no Purgatório, unicamente porque os seus amigos não mandam rezar as Missas necessárias para as pôr em liberdade!

Fonte: Livro "Purgatório", por E.D.M. (4/3/1936) Aprovação e Recomendação de Sua Eminência D. Manuel II, Cardeal Patriarca de Lisboa.

domingo, 8 de setembro de 2019

CONSELHOS PARA EVITAR O INFERNO



1. Comece e termine o dia com uma oração, rezada com muita devoção e cordialidade. Junte às orações uma leitura atenta de uma ou duas páginas do Evangelho ou de bons livros devocionais, que enriquecem o espírito.

2. Tome o excelente hábito de fazer o sinal da Cruz todas as vezes que você sair e entrar em casa. Esta prática muito simples é santificante.

3. Tente, se os deveres lhe permitirem, ir à Missa todas as manhãs, bem cedo, para receber a cada dia a benção por excelência.

4. Preste igualmente todos os dias, com um coração de filho, à Bem Aventurada Virgem Maria, Mãe de Deus e Mãe dos cristãos, alguma homenagem de piedade, amor e veneração. O amor da Santíssima Virgem, junto com o amor do Santíssimo Sacramento, é um penhor infalível de salvação.

5. Tenha o hábito - e jamais deixe-o - de se confessar e de comungar com frequência.

6. Ainda proponho, neste pequeno regulamento para a vida, perceber e combater incessantemente dois ou três defeitos, observados ou que se virão a ser observados em você. É evidente pelas suas fraquezas que, num momento ou noutro, o inimigo tentará atacar de surpresa.

7. Por fim, evite, como se evita o fogo, frequentar lugares e más leituras.

(Mons. Louis Gaston de Ségur, 1820 - 1881)

terça-feira, 3 de setembro de 2019

Ensinamentos de São Francisco de Sales sobre o Purgatório


1 - As almas alí vivem uma contínua união com Deus.


2 - Estão perfeitamente conformadas com a vontade de Deus. Só querem o que Deus quer. Se lhes fosse aberto o Paraíso, prefeririam precipitar-se no Inferno a apresentar-se manchadas diante de Deus.

3 - Purificam-se de forma voluntária, amorosa, porque assim o quer Deus.

4 - Querem permanecer na forma que agradar a Deus e por todo o tempo que for da vontade d'Ele.

5 - São invencíveis na prova e não podem ter um movimento sequer de impaciência, nem cometer qualquer imperfeição.

6 - Amam mais a Deus do que a si próprias, com amor simples, puro e desinteressado.

7 - São consoladas pelos Anjos.

8 - Estão certas da sua salvação, com uma esperança inigualável.

9 - As suas amarguras são aliviadas por uma paz profunda.

10 - Se é infernal a dor que sofrem, a caridade derrama-lhes no coração inefável ternura, a caridade que é mais forte do que a morte e mais poderosa que o Inferno.

11 - O Purgatório é um feliz estado, mais desejável que temível, porque as almas que lá existem são chamadas de amor.

(Extraído do livro O Breviário da Confiança, de Mons. Ascânio Brandão, 4a. ed. Editora Rosário, Curitiba, 1981)

segunda-feira, 2 de setembro de 2019

ÁGUA BENTA EM FAVOR DAS ALMAS DO PURGATÓRIO



Usada com fé e confiança, a água benta tem grande valor para o corpo e alma, assim como constitui recurso eficiente em favor das almas do Purgatório.
Cada vez que o Sacerdote benze a água, ele o faz em nome da Igreja e na qualidade de seu representante, cujas orações nosso Divino Salvador sempre aceita com benevolência.
Por conseguinte, quando se toma água benta e com algumas gotas asperge a si ou um objeto, presente ou ausente, é como se de novo subissem ao Céu as orações da Igreja, para atrair as bênçãos divinas sobre o corpo e a alma, assim como sobre os objetos aspergidos com a água benta. É também a água benta uma poderosa arma para se dissipar os maus espíritos. São muitos os exemplos demonstrativos do temor e horror que Satanás e os demônios têm pela água benta.
Como, porém, se explica que também se possa aplicar a água benta em favor de pessoas distantes e até às almas do Purgatório?
Cada vez que se oferece, mesmo à distância, água benta, na intenção de um ente querido, sobe aos Céus a oração da Igreja anexa à mesma e induz o Coração Sacratíssimo de JESUS a tomar sob sua proteção no corpo e na alma esses teus entes queridos.
O mesmo acontece quando usamos a água benta em favor das almas do Purgatório.
Quanto alívio podemos nós concedermos a uma alma sofredora, por meio de uma gotinha de água benta!
O Venerável Padre Domingos de Jesus, segundo o costume da Ordem Carmelitana, tinha uma caveira sobre a mesa de sua cela. Certo dia, ao ter aspergido essa caveira com água benta, a mesma começou a bradar em alta voz suplicando: mais água benta! porque ela alivia o ardor das chamas horrivelmente dolorosas.
E com efeito, uma gotinha de água benta tem muitas ve­zes maior eficácia do que uma longa oração porque nossa oração muitas vezes é feita com descuido e distraidamente. Diferente é a oração da Igreja intercedendo, por meio da água benta. Oração que agrada sempre a Nosso Senhor JESUS CRISTO, em qualquer lugar onde lhe for apresentada em nome da Santa Igreja.
Por isso, as almas do Purgatório tanto anseiam pelo uso da água benta e se pudéssemos ouvir as suas súplicas por uma gotinha de água benta, certamente nos aplicaríamos mais assiduamente em seu uso, ao menos de manhã e à noite e algumas vezes durante o dia.
Quantas vezes por dia entras e sais do quarto! Não te será difícil deixar cair nessas ocasiões uma gotinha de água benta no Purgatório.
Que alegria causarias com isso às almas do Purgatório e que mérito colherias por meio da prática desse ato de caridade para ti mesmo e os teus; pois as benditas almas não se mostram ingratas. No mesmo momento em que as favorecemos, levantam suas mãos ao céu e rezam com tal fervor por seus benfeitores como não poderão fazer as pessoas mais justas do mundo. E DEUS ouve-lhes com predileção a oração e envia suas graças abundantes sobre os benfeitores delas.
Há católicos que não saem de casa sem, antes, aspergirem três gotinhas de água benta; uma para si e seus entes queridos, a fim de que Nosso Senhor os proteja de todos os perigos no corpo e na alma; uma outra para os moribundos, especialmente para os pecadores moribundos, a fim de que DEUS, na última hora, ainda lhes conceda a graça da conversão; e uma terceira em favor das almas benditas. Quanto é meritório tal modo de proceder. Imitemo-lo!