quarta-feira, 25 de julho de 2018

PÉTALAS DE ROSAS ( São João da Cruz)


1. Ó Senhor! Deus meu! Quem te buscará com amor puro e
singelo que deixei de Te encontrar muito a seu gosto e vontade,
se és tu o primeiro a mostrar-te e sais ao encontro daqueles
que te desejam?

2. O que cai estando cego, não se levantará só, e se acaso se
levantar, encaminhar-se-á por onde não lhe convém.

3. Deus prefere de ti o menor grau de pureza de consciência a
quantas obras possa fazer.

4. Ó dulcíssimo amor de Deus, mal conhecido! Aquele que
entrou a Tua fonte, repousou.

5. O que cai estando só, caído a sós fica e em pouca conta
tem a alma, pois a si unicamente confiou.

quinta-feira, 12 de julho de 2018

RECEBAMOS COM AMOR AS CRUZES QUE NÃO ESCOLHEMOS E QUE DEUS NOS DEU



As cruzes da Providência são as mais agradáveis a Deus
(Por São Francisco de Sales)
“Se alguém quer vir atrás de mim, diz Nosso Senhor, tome a sua cruz e siga-me.” Tomar a sua cruz significa receber e sofrer todas as nossas penas, contradições, aflições e mortificações, que nesta vida nos acontecem, sem exceção alguma, com uma inteira submissão e indiferença. Imolemos muitas vezes o nosso coração do nosso amor de Jesus Cristo sobre o próprio altar da cruz, onde Ele imolou o seu amor pelo nosso. A cruz, é a porta real para entrar no templo da santidade; aquele que a busca fora daí, não a encontra. As melhores cruzes são as mais pesadas e as mais pesadas são as que mais incomodam a parte inferior da alma.
As cruzes que encontramos pelas ruas são excelentes, e ainda mais as que encontramos em casa, e quanto mais importunas melhores; valem mais do que as disciplinas, os jejuns e o mais que inventou a austeridade. É ai que resplandece a generosidade dos filhos da cruz e dos habitantes do Calvário.

segunda-feira, 9 de julho de 2018

Canonizações e infalibilidade



                                             Santo Papa Paulo VI ???

Mais uma canonização do Novo Ordo parece ter data marcada para sair do forno (14/10/18), dessa vez em relação ao “grande” modelo de santidade, Paulo VI, notório membro da Maçonaria que regeu a segunda parte do Concílio Vaiprocano II e compilou a missa nova com outros seis protestantes. 


A Fraternidade São Pio X e a dita Resistência, encontram-se novamente numa encruzilhada, afinal...

Em relação ao ensinamento das canonizações e sua infalibilidade, na história da Igreja, tivemos: 

São Boaventura, São Belarmino, dentre outros, ensinando que “supor que a Igreja possa errar numa canonização é pecado ou heresia.”[1]

Ao passo que Suarez, Azorius, Gotti, etc., mantinham que tal suposição seria "ao menos “próximo a heresia”.[2]

E, por fim, culmina-se o ensino da Igreja através de seu Doutor Comum, São Tomás de Aquino:

“...o Soberano Pontífice é guiado de uma maneira especial, pela influência infalível do Espírito Santo, quando canoniza os santos.” [3]

Portanto, a turma do “Reconhecer e Resistir” deveria ser ao menos coerente e admitir que, perante tal cenário, só existem duas opções: 

1. Ou esses senhores se passando por papas não possuem autoridade sobre os Católicos (não podendo, assim, serem papas, já que a própria palavra Papa implica ter autoridade, dada por Deus, sobre os Católicos), ou 

2. que preparem para venerar e/ou não-criticar todos esses "santos" conciliares.

Essa “terceira opção” inventada pela Fraternidade São Pio X, ou seja, a de que um verdadeiro papa possa canonizar hereges e apóstatas para serem seguidos por todos os católicos do mundo inteiro, como “modelo de santidade”, tendo até estátuas e Igrejas dedicadas a eles... Essa posição, caros leitores, NÃO é católica.

E a lista de novos “santos” vai crescendo a tal ponto que, no futuro, poderemos testemunhar até uma ladainha ecoando das capelas que negam admitir a óbvia e notória vacância da Sé de São Pedro:

“São José Maria Escriva, Rogai por nós 
São João Paulo II, 
Rogai por nós 
São João XXIII,
Rogai por nós 
São Paulo VI,
Rogai por nós 
São Bento XVI,
Rogai por nós 
São Francisco I, 
Rogai por nós....."

___________________

[1]The great means of salvation and perfection, St. Alphonsus De Liguori - Invocation of Saints III #4, Pág.23
[2] idem
[3] idem

Fonte: http://sedevacantismobrasil.blogspot.com

quarta-feira, 4 de julho de 2018

O Limbo: felicidade natural?



Não se tem que questionar a existência do Limbo, mas ir em busca do que se dá com a alma que lá está ou, ainda, se é um local permanente ou temporário.

O limbo é o lugar para onde vão as almas dos que possuem apenas o pecado original, que por isso mesmo (por possuir o pecado original) não terão a visão beatífica de Deus. Serão afastadas de Deus. Mas, o afastamento de Deus é o que caracteriza o Inferno.


-São Tomás de Aquino, o maior de todos os teólogos ensinou que os não batizados que morreram sem pecado
não sofrem nenhuma dor da perda ou "aflição interior" nihil omnino dolebunt de carentia visionis divinae --
"In Sent.", II, 33, q. ii, a.2). At first ("In Sent.", loc. cit.). São Tomás explica que o limbus infantium
não é apenas um mero estado negativo de imunidade contra o sofrimento e a amargura, mas um estado de
alegria positiva no qual a alma é unida a Deus pelo conhecimento e amor por Ele proporcionado pela
capacidade natural.

Evoca-se daí o entendimento que apresenta parecer ser mais sensato: o de que o limbo faz parte do inferno, o qual, dispondo de penas desiguais, tem no limbo o local mais ameno. 

Pode-se defender que mesmo não há punição no limbo, pois Deus não castiga quem não tem pecado pessoal. Passa-se, então, a conceber a existência de uma certa felicidade natural como sendo o estado da alma que se encontra no limbo.

Aceitando-se que no limbo não há punição, evidencie-se também que não há premiação. Outrossim, há a impossibilidade de ver a Deus. 

A salvação é um prêmio que Deus, por sua justiça, dá aos justos. É Insensatez aceitar que uma alma manchada com o pecado original veja a Deus em tal condição. 

Fora temporário o Limbo dos Patriarcas, pois os justos que viveram antes de Cristo e se encontravam lá até a sua morte, foram levados por Ele ao céu na ressurreição. Com isso, abre-se espaço para uma corrente teológica que admite que Deus possa fazer o mesmo com o Limbo das Crianças. Na consumação dos tempos será dado às almas que lá estejam a oportunidade de optar ou rejeitar definitivamente a Deus. É o que expõe tal tese, que se sente reforçada quando se evidencia que Deus não condenará aquele que não tiver pecado pessoal. Sendo uma ação direta de Deus, é aceitável caracterizar tal acontecimento como sendo o próprio Deus a batizar, pois que, sem o batismo, não se vai ao céu.

A alma no limbo, por não ter conhecido o plano de Deus, não deseja a Deus como aqueles que souberam de Deus. Os que souberam de Deus podem imaginar a doçura da vida com Deus, e ao perderem-se sofrem mais potencialmente tal pena. Em sua visão restrita, a alma no limbo vive uma acomodação ou "satisfação", pois, não sofre penas de castigos provenientes de pecados individuais, mas também não sente falta da alegria que perdeu.

Essa é a visão das próprias almas do Limbo, pois que, na visão das almas gloriosas, se vê quanto sofrimento se dá com a privação de Deus. Podemos comparar àquele experimento quando se coloca uma mão na água fria e outra na água quente e, depois, as duas na água morna. A água morna se apresenta quente e fria ao mesmo tempo, sendo que ela está, na realidade, morna. Ora, diante da água fria, a água morna está quente. Mas, se não tem nenhum referencial, a água está simplesmente morna, uma analogia da chamada felicidade natural do limbo, que seria bem conveniente caracterizá-la como uma pura e total acomodação ao seu estado.


Fonte: Arena da Teologia 

segunda-feira, 2 de julho de 2018

RETRATO DE UM HOMEM QUE ACABA DE EXPIRAR



I. CONSIDERAÇÃO: RETRATO DE UM HOMEM QUE ACABA DE EXPIRAR

Pulvis es et in pulverem reverteris – És pó e em pó te hás de tornar (Gn 3, 19)

PONTO I

Considera que és pó e que em pó te hás de converter. Virá o dia em que será preciso morrer e apodrecer num fosso, onde ficarás coberto de vermes. A todos, nobres e plebeus, príncipes ou vassalos, estará reservada a mesma sorte. Logo que a alma, com o último suspiro, sair do corpo, passará à eternidade, e o corpo se reduzirá a pó.


Imagina que estás em presença de uma pessoa que acaba de expirar. Contempla aquele cadáver, estendido ainda em seu leito mortuário: a cabeça inclinada sobre o peito; o cabelo em desalinho e banhado ainda em suores da morte, os olhos encovados, as faces descarnadas, o rosto acinzentado, os lábios e a língua cor de chumbo; o corpo hirto e pesado. Treme e empalidece quem o vê. Quantas pessoas, à vista de um parente ou amigo morto, mudaram de vida e abandonaram o mundo.


É ainda mais horrível o aspecto do cadáver quando começa a corromper-se. Nem um dia se passou após o falecimento daquele jovem, e já se percebe o mau cheiro. É preciso abrir as janelas e queimar incenso; é mister que prontamente levem o defunto à igreja, ou ao cemitério, e o entreguem à terra para que não infeccione toda a casa. mesmo que aquele corpo tenha pertencido a um nobre ou potentado, não servirá senão para que exale ainda fetidez mais insuportável, – disse um autor.


domingo, 1 de julho de 2018

A Morte na Visão dos Santos



"Que melhor penitência do que aceitar com resignação a morte, se Deus assim o quer?"(Santo Afonso de Ligório)
 
"Senhor, fazei-me morrer porque, se não morro, não posso vos amar e vos ver face a face". (Santo Afonso de Ligório)
 
"Faz parte da pobreza o ser privado dos parentes e amigos pela morte". (Santo Afonso de Ligório).
 
"Aceitarmos a morte que Deus nos apresenta e conformarmo-nos com a Vontade divina é merecermos uma recompensa semelhante à dos mártires". (Santo Afonso de Ligório).