quarta-feira, 22 de junho de 2022

BENEFÍCIOS DE UMA BOA CONFISSÃO


 1. O QUE É PECADO? 



O pecado é uma transgressão à lei de Deus (I João 3,4) e uma rebelião contra Deus (Deuteronômio 9,7; Josué 1,18). O pecado é uma inclinação para o mal; é uma falta contra a razão, a verdade, a consciência reta. É uma falta ao amor verdadeiro, para com Deus e para com o próximo, por causa de um apego perverso a certos bens. Ele fere a natureza do homem. Cometer um pecado é praticar uma determinada atitude sabendo que está errada e tendo a liberdade em fazê-la, sem nenhuma coação. É uma escolha pessoal.

a. Pecado original. Pecado original é aquele com que todos nós nascemos, herdado de nossos primeiros pais, Adão e Eva. Chama-se “original” porque fica na origem da existência humana (Gn 3,1-24). Os principais efeitos do pecado original são (1) nos fazer nascer sem a Graça Santificante, privados do direito ao Céu e (2) ser a causa de nossas más inclinações. É Dogma de Fé e é apagado pelo Batismo, mas suas consequências persistem.

domingo, 19 de junho de 2022

SOBRE ENOQUE E ELIAS


                                                         SOBRE ENOQUE E ELIAS:


"Enoque, que agradou a Deus, foi transferido naquele mesmo corpo com que agradou a Deus, prefigurando a transladação dos justos; e Elias foi levado, assim como se encontrava, na substância de sua carne, prenunciando profeticamente a assunção dos homens espirituais (...) Onde foi posto o primeiro homem? No paraíso, sem dúvida, como diz a Escritura. E foi de lá que foi expulso para este mundo, por ter desobedecido. E os presbíteros, discípulos dos Apóstolos, dizem que foi para lá que foram levados os que foram transferidos." (Santo Irineu de Lyon)


"Não creiais que o Senhor se equivocou dizendo algumas vezes que virá Elias, e outras que já veio. Porque quando diz que já veio Elias, este Elias de quem fala o Senhor é João Batista; mas quando fala que virá Elias e restabelecerá todas as coisas, fala do próprio Elias em sua própria pessoa: ele corrigirá a infidelidade dos judeus, e converterá o coração dos pais para os filhos, ou seja, dos judeus para os apóstolos." (São João Crisóstomo)


"Elias foi arrebatado ao céu aéreo não ao céu empíreo, que é o lugar dos santos. O mesmo se deu com Enoque; mas foi arrebatado ao paraíso terrestre, onde cremos que vive junto com Elias até o advento do Anticristo." (Santo Tomás de Aquino)


"Negar o advento futuro de Elias é uma heresia, ou um erro que se aproxima de heresia." (São Roberto Belarmino)


"É preciso ser mais do que temerário para rejeitar a tradição da vinda de Enoque e Elias no fim do século." (Bossuet)


“No momento em que a tempestade é mais violenta, quando a Igreja estará sem piloto, onde o sacrifício sem sangue cessará em todos os lugares, onde tudo parecerá desesperador humanamente, veremos, diz São João, duas testemunhas. Essas duas testemunhas serão dois homens estranhos, aparecendo de repente no meio do mundo, sem que ninguém possa contar de onde eles vieram, seu nascimento, sua origem ou família (...) Uma dessas tochas e dessas duas oliveiras é Enoque, o bisavô de Noé, o antepassado direto de toda a raça humana. O outro é o profeta Elias, que, como o Salvador disse, está destinado a restaurar todas as coisas." (Padre Arminjon)

quarta-feira, 1 de junho de 2022

O DIREITO DE JULGAR A HERESIA - Reconhecer alguém como herege

 





OS INDIVÍDUOS PRIVADOS PODEM RECONHECER ALGUÉM COMO HEREGE ANTES DO JULGAMENTO DIRETO DA IGREJA?

"Para que serviria a regra da fé e moral, se a cada caso particular o simples fiel não a pudesse aplicar diretamente?" (Don Felix de Sarda y Salvany: O Liberalismo É Pecado, cap. xxxviii).

Tese:  Sim, os indivíduos privados podem reconhecer alguém como herege antes do julgamento direto da Igreja, em certas condições, a saber:

1. A doutrina falsa precisa estar em oposição manifesta e direta a uma verdade que deve certamente ser crida com fé divina e católica.

2. É preciso que seja moralmente certo que o acusado esteja ciente do conflito entre sua opinião e o ensinamento da Igreja Católica.

3. O indivíduo privado pode "julgar" que alguém é um herege no sentido de reconhecer um fato -- que é o significado epistemológico da palavra "julgar" -- e não no sentido jurídico de pronunciar uma sentença definitiva. Donde se segue que tais julgamentos podem obrigar somente a consciência da pessoa que os forma, com plena ciência dos fatos, e a ninguém mais.

4. É obrigatório inclinar-se, por caridade, o mais possível dentro do razoável, em prol de um suspeito, e a chegar à conclusão de que alguém é herege somente como último recurso.