terça-feira, 9 de junho de 2020

Carta de Mons. Moisés Carmona Rivera ao arcebispo conciliar de Santa Cruz de la Sierra




Esta carta é um documento entre tantos outros que demonstram que o Vaticano II não foi universalmente aceito pela Igreja Católica, ao contrário do que dizem alguns. Segundo o próprio autor dessa missiva, o Vaticano II foi aceito por bispos e padres covardes “que agora queimam o que antes adoravam, e que adoram o que antes queimavam”, muitos não eram progressistas de fato, mas “dela se apartaram para não perderem seu cargo”.

No meio de toda essa vergonha, porém, sempre houveram vozes que se ergueram para denunciar abertamente o cisma conciliar. Essas vozes são a Igreja Católica Apostólica Romana, a qual jamais abandonou sua missão de guardar o depósito da Fé.

O então “arcebispo” conciliar de Santa Cruz de la Sierra (Bolívia) afirmou publicamente que Monsenhor Moisés Carmona Rivera não era bispo, pois seu nome estava fora do Anuário Pontifício. Monsenhor Carmona lhe respondeu por meio desta carta, declarando que agradecia muito por seu nome não estar na lista dos bispos apóstatas.

Santa Cruz de la Sierra, 24 de fevereiro de 1987

Monsenhor Luis Rodríguez Pardo
Arcebispo da Nova Igreja Pós-Conciliar.
Presente.-

Senhor Arcebispo:

Lendo vossas declarações nos diversos jornais da região, não pude deixar de sentir para com o senhor uma profundíssima admiração por haver declarado publicamente que meu nome não está na lista de todos os bispos do mundo, que o Anuário Pontifício publica a cada ano. Obrigado senhor Rodriguez! Agora já todos sabem que NÃO APOSTATEI como têm feito em massa todos os bispos com mui raras exceções; não! não! Meu nome não está na lista dos APÓSTATAS, na lista desses bispos que sem vergonha têm claudicado, e que no Vaticano II se portaram como COVARDES, não erguendo-se para defender o depósito da Fé que lhes foi confiado, e aceitando quantas mudanças e novidades lhes propunham aqueles que estavam interessados na ruína da Igreja.

Dissestes uma estupenda verdade: Meu nome não está nem estará jamais nessa ignominiosa lista de bispos renegados, que agora queimam o que antes adoravam, e que adoram o que antes queimavam.

Tampouco na lista dos autênticos e legítimos bispos estão os nomes de todos esses bispos desertores, entre os quais está o senhor, e os fiéis devem dar-se conta dessa verdade que é inegável: o senhor JÁ NÃO É BISPO DA IGREJA CATÓLICA, senão da NOVA Igreja que é a Igreja da APOSTASIA.

Afirma que sou um impostor. Quão fácil dizê-lo! Mas impostor não é aquele que não sendo já bispo católico nem pregando já as verdades divinas, aparenta sar e diz que é divino o que prega? POIS ESTE SOIS VÓS, SENHOR RODRIGUEZ, porque tendo desertado da Igreja que Cristo instituiu se passou às fileiras da Igreja Montiniana e segue agindo COMO SE FOSSE católico, e como se fossem verdades divinas as suas AMBIGUIDADES.

Também afirma que não estou em comunhão com a Igreja Católica. Pois saiba o senhor e saibam todos que desde que pelo batismo ingressei no Reino de Deus, que é a Igreja, por Cristo divinamente instituída, JAMAIS ME SEPAREI DELA; quando recebi do Bispo o sacramento da Ordem Sacerdotal, e quando ainda sem merecê-lo, me consagraram Bispo, fiz minha profissão de fé e o JURAMENTO ANTIMODERNISTA que mandou o Papa São Pio X, e em nenhum momento o quebrei.

Sigo, pois, em comunhão COM A VERDADEIRA IGREJA e quem não está em comunhão com ela são desertores, os que fazendo-se hereges, dela se apartaram para não perderem seu cargo; os que fizeram uma NOVA Igreja que eu detesto com toda minha alma; Verdade é que NÃO ESTOU com João Paulo II, como tampouco estive com João XXIII, Paulo VI, e João Paulo I, porque estes quatro “papas”, emanados do MODERNISMO condenado pelo mesmo Papa São Pio X, NÃO TEM SIDO LEGÍTIMOS sucessores de São Pedro, embora se apresentem como tais; e não tenho estado com esses “papas”, porque o Papa Paulo IV em sua Bula “Ex Apostolatus Officiio” disse que devemos evitar aos ilegítimos como se fossem feiticeiros, pagãos, publicanos ou heresiarcas.

Que saibam todos que eu NÃO ESTOU EM COMUNHÃO com essa NOVA Igreja que no Vaticano II, inspirada NÃO pelo Espírito Santo senão pelo espírito de Montini, deu a luz aos bispos “conciliares”. Essa Igreja NÃO É A IGREJA CATÓLICA, embora seja aceita por todo o povo, e embora ela esteja na hierarquia, pois é precisamente essa hierarquia APÓSTATA que tem traído Cristo e sua Igreja, que trai os FIÉIS conduzindo-os à apostasia universal.



Essa Igreja NÃO É A IGREJA DE CRISTO, senão a Igreja DO ANTICRISTO, e tampouco se deve estranhar que sucedam essas coisas, posto que desde há cem anos a Virgem de La Sallete anunciou que ROMA PERDERÁ A FÉ e que O ANTICRISTO ESTABELECERÁ A SUA SEDE EM ROMA.

Não disse que não sabem celebrar a Missa, mas que a “missa” que celebram NÃO É A MISSA CATÓLICA, que é a renovação do Sacrifício da Cruz e cujas partes essenciais se remontam aos tempos dos Apóstolos; a “missa” que celebram é uma CEIA PROTESTANTE e com ele estão PROTESTANTIZANDO OS FIÉIS sem que eles se deem conta disso, a NOVA “miss” foi o sinal de que uma NOVA RELIGIÃO substituía a que Cristo instituiu.

O mesmo Cardeal Bonelli reconheceu a 13 de outubro de 1976, conversando com M. de Sebestrer, presidente da “Una Voce Internacional”, que todas as novas formas de celebrar vão na mesma direção, enquanto que a antiga Misa representa outra eclesiología.

Quem agora quer salvar sua alma deve REGRESSAR à Igreja de sempre, à Igreja que NINGUÉM pode mudar; porque é IMUTÁVEL, nem NINGUÉM pode destruir porque é DIVINA. Agora que os hereges ficaram com nossos templos, não resta aos fiéis outro recurso que orar em suas próprias casas, rezar o Santo Rosário, estudar o Catecismo de antes e viver piedosamente cumprindo com fidelidade os Mandamentos de Deus.

+ Monseñor Moisés Carmona R.

BISPO DA IGREJA CATÓLICA

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