domingo, 29 de junho de 2014

Castigos Especiais aos Católicos Fingidamente Observantes: Beata Ana Maria Taigi


A beata Ana Maria frequentava muitas igrejas, mas sua vida era a de uma dona de casa vivendo num ambiente popular.

Deus tirava exemplos das pregações que ouvia e dos costumes de todas as classes sociais para lhe fazer entender o que viria.

Deus insistia para ela que a promoção de uma piedade mole e adocicada que progredia sem cessar naqueles dias preparava a perdição de inúmeras almas.
Em 10 de setembro de 1820: 
 
“Este é o tempo em que os falsos filósofos se ostentam. Entre eles falam pérolas, mas não causam impressão alguma nos povos porque não querem acreditar na verdade. (...) são falsos filósofos, cheios de soberba e orgulho. Desses o mundo está cheio.

“E para esses há um inferno especial. Se alguém professa a verdade, é ofuscado por estes [falsos filósofos] e o povo fica perplexo, porque a miserável humanidade prefere o doce antes que o amargo” (Vol. VI, pág. 85).
“Assim dirás a teu confidente que diga a esta gente que, chove almas no inferno como a neve. E (as almas) de quem? De batizados.


“São cristãos de nome, são animais de fato, vivem como animais. Antes bem, pior que os animais. Como se (podem) salvar cheios de ódio, cheios de pecados? Depois se dirá que são cristãos, mas...” (Vol. IX, pág. 85).
 
No terceiro domingo de Páscoa de 1817, na igreja do Santíssimo Crucifixo de Campo Vaccino, São Pietro in Carcere, ouviu: 
“Não te espante o fedor continuo que sentes sob as tuas narinas, porque é o mau odor da corrupção do mundo presente. (...) Tu o sabes porque Eu te disse muitas vezes e volto a repeti-lo: “chove almas no inferno como neve e ainda não acabou” (Vol. III, págs. 43-44).
 
Em 1828: “O respeito humano leva ao inferno muitos confessores com todos os seus penitentes. Para não dar um remédio amargo ou o mais mínimo desgosto, morrem tantas almas e vão para a casa do diabo.

“(...) de quem é a culpa? (...) Sabes de quem é? (...) Quando esses estarão diante de meu Tribunal, o que será deles? (...) Por esta razão, chove almas no inferno como a neve. (...) Vedes quantas ruínas há no mundo? Esta é a causa” (Vol. VII, pág. 433-437).

Em 6 de novembro de 1819: “Olha os tormentos espantosos dos eclesiásticos torturados pelos demônios. (...) Por que se consagraram a Deus quando não procuravam senão a ambição, o orgulho e a vaidade?

“As portas [do inferno] estão abertas. Lúcifer se regozija e seus companheiros festejam... Deixa, deixa, que essas portas Eu as fecharei, a voragem ficará cheia e poucos ficarão” (Vol IV, págs. 555-557).
 
 
Depois de 14 de abril de 1830: 
“A paz esteja convosco, meus filhos, por toda parte deveis dizer que não só não há paz, mas que os diabos dançam dia e noite, e tecem grandes tramas, apanham em suas redes muitos peixes, cordeiros e ovelhas e as levam à perdição em grandes quantidades, eles se abeberaram com o fel e com o sangue humano. (...)

“Eu te falei para não seguir os santos modernos, mas aferrar-te aos antigos, porque os santos modernos sendo todos ou quase todos falsos, te teriam estragado” (Vol. VIII, págs. 519-521).
 
Em 1832: “São lobos rapaces, lobos que devoraram muitas ovelhas sugando-lhes o sangue uma por uma. Se soubessem o que está preparado para eles irremediavelmente!

“É mais fácil que eu ouça o clamor de um herege do que de um desses lobos, tantas vezes lobos quanto são as ovelhas que esses lobos malditos devoraram” (Vol. IX, pág. 97-100). 
 
 
Sinais do dia de Deus
 
Muitas almas santas elevavam já naqueles tempos orações a Deus pedindo a restauração da Igreja. Basta mencionar como exemplo São Luiz Maria Grignion de Montfort e sua “Oração Abrasada”. Porém, o Céu como que não atendeu às instantes impetrações dessas almas boas. Por quê?

Em 29 de julho de 1832, Nosso Senhor forneceu uma explicação à Beata:  
 “Há muito tempo que a Torre de Babel está instalada em Roma, e há muitos anos que deveria ter caído. E se não caiu, é porque muitas almas sacrificaram sua vida rogando a Meu Pai para que protelasse o momento de pôr fogo a este estado do mundo.

“Eu, sem embargo, que via que era a ruína de muitas almas boas que sofrem por esta causa, apesar de tudo Eu devia fazer a vontade de Meu Pai. Posto que esta desordem do mundo todo é um caos, não há mente humana que possa imaginá-la” (Vol. IX, pág. 85).
 
Outras almas boas, considerando a degringolada da sociedade cristã, se perguntavam quando Deus interviria. E até especulavam sobre os sinais que precederiam essa solene intervenção. Mas, o dia de Deus não se conhece.

Na segunda-feira de Carnaval de 1833, por exemplo, Nosso Senhor lhe disse:
Não se conhece qual é a hora em que Meu Pai quererá dar a ordem ao anjo exterminador.

“Ele aparecerá ameaçando de improviso (...) sabes? O anjo exterminador que com uma mão toca a trombeta e com a espada (...) Ai! quando acontecer aquele momento, todo o mundo ficará envolvido na conflagração” (Vol. IX, pág. 207).
 
Os sinais precursores revelados à Beata pouco têm a ver com as suposições da prudência mundana. Em 9 de novembro de 1820, o sacerdote registrou: 
“Quando vires um dia feliz, tranquilo e de grande contentamento, então armazena alimentos: pão, vinho, azeite. Dinheiro não faltará. (...) Roma iníqua, Roma cruel, verás o fim da iniquidade” (Vol. VI, pág. 96). 
 
A confusão das ideias é um dos sinais que mais se encontram nos registros de Mons. Natali.

Em 8 de junho de 1829, ele anota:
“Agora reinam os maus costumes, a política, o respeito humano, a simulação. Há um escândalo geral por toda parte. Este é o maior e mais forte castigo que caiu sobre todo o mundo: a confusão das ideias. Muitas vezes te disse que antes do fim passaríamos pela Torre de Babel. Mas o fim virá quando Eu achar por bem” (Vol. VII, pág. 468).

E em 1828: “Lembra, minha filha, que eu te falei que está instalada a Torre de Babel” (Vol. VII, págs
. 375-376).  
 
Em 31 de março de 1819, escreve Mons Natali:
a Beata “me disse que um dia que não saberia apontar, durante os primeiros anos [das revelações], ela ouviu que o mundo ficaria reduzido a um tal estado que os poucos sacerdotes que restassem seriam constrangidos a viverem escondidos nos esgotos levando o Santíssimo Sacramento no peito” (Vol. IV, pág. 391).
 
 
Notas:1 ) Pe. Gabriel Bouffier S.J.“La Vénérable Servante de Dieu Anna-Maria Taigi d'après les documents authentiques du procès de sa béatification”, Ambroise Bray, libraire-éditeur, Paris, 1865.
2 ) Todas as citações dos ditados da Beata anotados de Mons. Natali foram tiradas dos Manuscritos origináis conservados sob a classificação MS. 337ª noArquivo de San Carlo alle Quattro Fontane dos padres trinitários de Roma. Eles são citados indicando o volume e a página respectiva.
3 ) Proc Apost. fol. 1537, apud Mons. Carlo Salotti“La Beata Anna Maria Taigi secondo la storia e la critica”, Libreria Editrice Religiosa, Roma — Scuola tipografica italo-orientale « S. Nilo », Grottaferrata, 1922, 423 págs.
 
 
Fonte: http://www.catolicostradicionais.com.br/

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