terça-feira, 14 de janeiro de 2020

BEBÊS ABORTADOS E CRIANÇAS QUE MORREM SEM O BATISMO NÃO VÃO PARA O CÉU


Neste post, irei abordar o destino das crianças que morrem sem o batismo (isso inclui os bebês abortados). O Novo Catecismo (o amarelo), diz o seguinte:
«Quanto às crianças mortas sem Batismo, a Igreja só pode confiá-las à misericórdia de Deus, como o faz no rito das exéquias por elas.» - Catecismo ''da Igreja Católica'' (1261)
Esta resposta é herética, como vamos ver. Na verdade a Igreja Católica nunca ensinou isso, A Igreja ensina que as crianças que morrem sem o batismo e os bebês abortados descem imediatamente ao inferno, mas que não sofrem a pena das chamas (a pena dos sentidos). Lá, elas gozam de uma felicidade natural, mas estão privadas da visão beatífica (a visão de Deus). Eles vão para um lugar no Inferno chamado o Limbo das crianças.

A Igreja Católica ensina que todo o homem nasce com a mancha do pecado original (exceto a Santíssima Virgem e Nosso Senhor). Todo o homem, pelo fato de descender de Adão, está marcado por esta falta original. Qual é essa mancha? Trata-se de um estado privativo, pelo qual falta ao homem a amizade sobrenatural de Deus. A Igreja ensina que quem morre nesse estado vai pro inferno, mas será punido com penas diferentes.
Papa Eugénio IV, Concílio de Florença, Laetentur caeli, ex-cathedra: «Definimos, além disso… que as almas daqueles que morrem em pecado mortal atual ou somente original, descem imediatamente ao inferno para serem punidas, porém com penas diferentes.»
Este pecado original só pode ser remido com o sacramento do batismo. A Igreja ensinou que não há outro remédio para as crianças serem arrebatadas do pecado original se não o sacramento do batismo.
Papa Eugénio IV, Concílio de Florença, sessão 11, ex-cathedra:: «A respeito das crianças, uma vez que a presença do perigo de morte é usual e o único remédio disponível para elas é o sacramento do Battismo, pelo qual elas são arrebatadas do domínio do Diabo [pecado original] e adotadas como filhos de Deus, é recomendado que não se adie o Santo Baptismo por quarenta ou oitenta dias, ou por qualquer outro período observado pelos povos...»
O Papa Eugénio IV define aqui desde a Cátedra de Pedro que não há outro remédio para que as crianças sejam arrebatadas do domínio do Diabo (isto é, do pecado original) que não o Sacramento do Batismo. Isto significa que qualquer um que professe obstinadamente que as crianças podem salvar-se sem receber o Sacramento do Baptismo é um herege, pois afirma que há outro remédio para o pecado original nas crianças que não seja o Sacramento do Batismo. Na verdade, esta proposição foi condenada pelo Papa Martinho V:
Papa Martinho V, Concílio de Constança, sessão 15, 6 de Julho de 1415 – condenando os artigos de João Wycliffe — Proposição 6: “Aqueles que afirmam que os filhos dos fiéis que morrem sem o baptismo sacramental não serão salvos, são estúpidos e presunçosos por dizer tal coisa.” – Condenado.
A doutrina do limbo sempre foi considerada como uma doutrina comum entre os teólogos. No entanto, vendo a doutrina dos limbos como um relento da heresia pelagiana, os jansenistas quiseram pôr no fundo do inferno todas essas crianças. Foi assim que interveio um Papa, Pio VI, para dizer todo o respeito que a Igreja tem pelo ensinamento comum dos teólogos:
Papa Pio VI, Auctorem Fidei:
«A doutrina que rejeita como fábula pelagiana esse lugar dos infernos (que os fiéis chamam comumente limbos das crianças), no qual as almas dos que morrem unicamente com o pecado original são punidos com a pena de dano, sem a pena do fogo, como se os afastados da pena do fogo introduzissem ali tal lugar e estado intermédio, sem falta e sem pena, entre o Reino de Deus e a danação eterna da qual fabulam os pelagianos, (é) falsa, temerária, injuriosa para as escolas católicas».
Aqui, o Papa Pio VI condena a ideia de alguns teólogos de que crianças que morrem em pecado original sofrem as chamas do Inferno. Ao mesmo tempo, ele confirma que esses bebês vão para uma parte das regiões mais inferiores (ou seja, Inferno) chamada de limbo das crianças. Eles não vão para o céu, mas para um lugar no Inferno onde não há fogo.

CONCLUSÃO: Como mostrado acima, não há qualquer outra maneira possível de as crianças serem liberadas do pecado original senão através do Sacramento do Batismo. Portanto quem assume que uma criança possa gozar da felicidade sobrenatural do céu sem o batismo, é um herege. Isso deveria provar, para as pessoas comuns, que o fato do Novo Catecismo ensinar que crianças que morrem sem o batismo podem se salvar prova que a religião modernista do Vaticano II não tem nada a ver com a religião católica.
 Aliás, deve se ressaltar que o conceito de ''batismo de desejo'' não se aplica as crianças sem o batismo, visto que elas não atingiram a idade da razão e não podem ter o desejo de se batizar.
Na verdade, a doutrina de salvação para as crianças sem o batismo é ilógica até do ponto de vista moral. Se as crianças abortadas fossem diretamente para o Céu sem o Sacramento do Baptismo, como muitos crêm hoje, então Satanás não estaria por trás do aborto. Satanás deleita-se com o aborto porque sabe que sem o Sacramento do Baptismo essas almas nunca poderão entrar no Céu. Se as crianças abortadas pudessem ir direto para o céu, não faria sentido a luta contra o aborto.


Texto: Juséfino Cleiton Pinto 

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