quarta-feira, 4 de maio de 2022

A pureza da intenção


                                                                  A pureza da intenção

Não basta trabalharmos muito, importa que nos esforcemos por bem fazer cada uma de nossas ações, pois é nisso principalmente, que consiste nosso mérito perante o Senhor. O que nos empobrece ou enriquece aos olhos do Senhor, não é a ação em si, mas o modo porque é feita.
Neste mundo todos somos semeadores. Uns semeiam mais, outros menos, mas no dia da safra, os mais ricos nem sempre serão os que semearam mais: há muitos que depois de incessante trabalhar acharão as mãos vazias no dia de juízo, porque suas ações não foram cheias diante de Deus.
E que é necessário para que uma ação seja cheia diante de Deus? Importa primeiro que seja moralmente boa, isto é, que nada tenha contrária à lei de Deus, e às inspirações da consciência. Importa também que seja feita em seu tempo e em seu lugar. Isto nos faz compreender as vantagens e a tranquillizadora certeza que nos garante a santa virtude da obediência.
Para que uma ação seja plena, cumpre que seja praticada em estado de graça; pois é uma verdade de fé que uma ação, feita em estado de pecado mortal, não terá mérito para a eternidade, com quanto possa dispôr sempre o Senhor a conceder-nos as graças de que necessitamos para sair desse estado deplorável.
Isto nos mostra quão previdentes são as almas que se confessam amiúde; porque a confissão torna sua vida mais fecunda, ainda que só as conserve na vida sobrenatural que aquilata em valor as boas obras. Enfim, para que uma ação seja plena, cumpre que seja praticada com intenção pura, isto é, que deva ter, senão por único motivo, ao menos por supremo móvel a glória e o agrado de Deus. A pureza de intenção!
📕Livro: A mulher como deveria sê-lo. Pe Marchal. 1872.

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