quinta-feira, 20 de novembro de 2014

Concílio de Constança

Jan Hus no Concílio de Constança
Concílio de Constança, realizado entre 1414 e 1418 em Constança, foi o 16º concílio ecuménico da Igreja Católica.1 O seu principal objectivo foi acabar com o cisma papal que tinha resultado do Papado de Avinhão, ou "a captividade babilónica da Igreja", como também é conhecido (um termo cunhado por Martinho Lutero).
Quando o concílio foi convocado, havia três papas, todos clamando legitimidade. Alguns anos antes, em um dos primeiros golpes que afectaram o movimento conciliador, os bispos do concílio de Pisa tinham deposto ambos os papas anteriores e elegido um terceiro papa, argumentando que, em tal situação, um concílio de bispos tem mais autoridade do que um Papa. Isto apenas contribuiu para agravar o cisma.
Com o apoio de Sigismundo, sacro Imperador romano, o concílio de Constança recomendou que todos os três papas abdicassem, e que um outro fosse escolhido.2
Em parte por causa da presença constante do imperador, outros monarcas exigiram que tivessem uma palavra a dizer na escolha do papa. Grande parte da discussão no conselho foi ocupada na tentativa de acalmar monarcas seculares, mais do que em efectuar uma reforma da igreja e da sua hierarquia.
Um segundo objectivo do concílio foi continuar as reformas iniciadas pelo concílio de Pisa (1409) que, ao pretender arbitrar as pretensões contraditórias, elegeu um terceiro papa: Alexandre V.3 Estas reformas foram largamente dirigidas contra John WycliffeJan Hus e seus seguidores.1 Jan Hus foi condenado pelo concílio à morte na fogueira e queimado vivo a 6 de julho de 1415.
O concílio também tentou iniciar reformas eclesiásticas. Foi mais tarde declarado que um concílio de bispos não tem maior influência do que o Papa.
Em 1415 o concílio depôs os papas rivais Bento XIII e João XXIIIGregório XII antes de ser deposto abdicou em 4 de junho.3Mais tarde, em 1417, fora eleito Otto de Colonna como Papa Martinho V (1417-1431),1 dando um fim ao Grande Cisma Papal do Ocidente.2

Referências

  1. ↑ Ir para:a b c Loyn, Henry R.. Dicionário da Idade Média. Álvaro Cabral (Trad.). Zahar, 1990. pp. 103. ISBN 8571101515
  2. ↑ Ir para:a b Keeler, Helen; Grimbly, Susan. 101 Coisas Que Todos Deveriam Saber Sobre O Catolicismo. Editora Pensamento. pp. 48. ISBN 8531514835
  3. ↑ Ir para:a b Libera, Alain de. Filosofia medieval (A). Edicoes Loyola. pp. 470. ISBN 851501680X

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