segunda-feira, 28 de setembro de 2015

INFLUÊNCIA MASCULINA E FEMININA NA EDUCAÇÃO DA CRIANÇA

familia_catolica
Por serem de compleição diferente, o homem e a mulher não vêem o filho com os mesmos olhos: ele o vê através de sua masculinidade; ela, através de sua feminilidade. Entretanto, essa divergência não é um mal, pois traz como resultado não somente um conhecimento mais completo e aprofundado da criança, como também uma espécie de combinção de influências. Permite ao homem descobrir os métodos que tornarão o educando mais forte, mais corajoso e mais empreendedor; à mulher, os que nele despertarão as delicadezas do sentimento.

Tomemos um exemplo: o filho é obrigado a um esforço penoso. A mãe é inclinada a proporcionar-lhe o auxílio de sua sensibilidade feminina; o pai, o da força que comanda. Se a mãe fosse sozinha, correria o risco de enfraquecer a vontade; se fosse só o pai, talvez quebrasse os impulsos delicados da sensibilidade. Unidos, irão obter um esforço misturado de força e de ternura.
Mas esta união indispensável exige, da parte dos esposos, um grande desinteresse. Trata-se, com efeito, de examinar objetivamente as disposições do filho e não de lhe impor teorias educativas já preparadas.
Examinando, de comum acordo, os resultados obtidos, os pais aperfeiçoarão, dia a dia, seus métodos.

Pequeno Tratado de Pedagogia -Jean Viollet

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