segunda-feira, 9 de novembro de 2015

A COMUNHÃO NA BOCA E A ORAÇÃO DO PAI NOSSO



Por Eduardo Martins (advogado)



Tanto se tem escrito de forma bela pelos doutores e teólogos da Igreja sobre a missa e a oração do Pai Nosso, por essa razão, não pretendemos colocar nem explicar o que os grandes santos escreveram sobre esses temas, porém, acreditamos ser importante destacar pequenos pontos para demonstrar como são contrárias a prática da comunhão na mão e a oração do Pai Nosso, sobre as inovações trazidas pelo concílio do Vaticano II e o protestantismo.

Apresentando de uma forma bem sucinta, nos limitamos a destacar somente poucos aspectos na oração do Pai Nosso,  principalmente quanto à ordem, que em sua infinita sabedoria, coloca todas as coisas em ordem perfeita, e não poderia ser diferente na oração ensinada diretamente por Nosso Senhor.

O primeiro ponto a ser destacado é quando foi ensinado o “Pai Nosso” por Nosso Senhor dizendo qual a verdadeira oração. Diverso, não devemos rezar de qualquer forma, mas daquela que é ensinada, não devemos “usar a criatividade” para rezar, oferecer e pedir a Deus. Desta forma foi ensinado por Nosso Senhor, diverso do amplamente ensinado hoje, não foi dito “reza e pede como seu coração lhe disser”, não, bem diverso Nosso Senhor ensinou como e o quê pedir.

Eis o primeiro ponto, devemos pedir a Nosso Senhor tudo, mas em uma ordem por ele ensinada, da mesma forma, a direção de nossas orações devem ter uma ordem e respeito. Não se exclui pedidos e orações diversas, que podem ser obtidos por uma conversa como Deus, especialmente diante do Santíssimo, mas devemos em primeiro lugar rezar e pedir como ensinado por Nosso Senhor, não podemos rezar e pedir qualquer coisa e de qualquer forma.

Entre os pedidos feitos no Pai Nosso, destaco esses que seguem: “...pão nosso de cada dia nos dai hoje, perdoai as nossas dívidas assim como perdoamos aos nossos devedores...”

O primeiro aspecto que extraímos da petição é o “pão nosso” e após “perdoai as nossas dívidas”. A ordem é de uma sabedoria infinita, que pela bondade de Deus, permite extrair algum aspecto, ou as migalhas que nós cães nos alimentamos.

Ao falar sobre o pão, Nosso Senhor demonstra o lado de alimento para manutenção da vida material, a comida. O alimento deve ser dado para todos conforme suas necessidades.

Porém como foi dito, a ordem colocada é muito bela, qual razão colocaria o pão antes do perdão? Seria mais importante comer ou ser perdoado. Estar saciado fisicamente, sem fome, ou ter  alma pura para entrar no céu. Ter fome ou não, não é requisito para entrar no céu, porém, ter os pecados perdoados sim. Ao colocar o pão antes do perdão, não pode ser por “acaso”, existe uma razão. Sobre qual pão Nosso Senhor trata, que é nosso, mas que não representa necessariamente de todos.

O pão que pode perdoar os pecados, ou tornar propício, não é outro a não ser o próprio Deus. A oração da forma colocada, a ordem, leva a concluir que é um pão, que alimente fisicamente, mas que nos possibilita pedir perdão dos nossos pecados, pois é agradável a Deus. É o pão do Céu, aquele que recebemos na Santa Missa, o Pão Nosso, que é Nosso Senhor, que torna propício a Deus para nos perdoar, ou seja, na oração está destacada o caráter propiciatório da Santa Missa. Também o pão é dado por Deus, não simplesmente fruto do trabalho do homem.

A oração do Pai Nosso combate quem nega o caráter propiciatório da missa e que o pão é fruto do trabalho do homem.

Destacada essa beleza, podemos passar a destacar outra, a saber, como comungar.

Outro ponto atacado é a forma de comungar: na mão ou na boca? Como já foi bem falado, o Verbo, a palavra deve estar na boca, não na mão, tirando suas conclusões, e nos termos dos ensinamentos de Nosso Senhor “ide e ensinai”, qual relação pode ter a comunhão com o ensinamento e a ordem hierárquica da Igreja?

A ordem de ensinar foi dada aos Apóstolos, e na sucessão apostólica ao Papa e Bispos, o ensinamento vêm do alto.

A Igreja, conforme o concilio de Trento, transmite um conjunto de verdades, ensina. O ensinamento não é tomado diretamente, é recebido, não é uma inspiração. Não podemos, e nem tomamos a verdade por nós mesmos ou diretamente de Deus, recebemos de outro.

A comunhão também deve retratar a mesma forma. Na comunhão recebemos a própria Verdade, a Palavra de Deus, portanto, deve estar relacionada com a ordem dada por Nosso Senhor aos Apóstolos, que poderia ser perfeitamente traduzida, ide e ensinai, colocai em seus pensamentos a doutrina correta e a verdade em suas bocas.

Como não tomamos por nós mesmos, e não recebemos diretamente de Deus a verdade, não deve ser outra a forma de receber a comunhão; não somos nós, leigos, que devemos tomar o pão, mas receber em nossas bocas a verdade. Da mesma forma que, para conhecer a reta doutrina, seguimos o ensinamento do padre, dos bispos e principalmente do Papa, pelos livros, estudos, documentos da Igreja,  aulas, sermões, não é lícito tomar a verdade por nós mesmos. Portanto, a comunhão deve ser dada diretamente na boca, não na mão; além de outros diversos aspectos e problemas da comunhão na mão, também reflete que existe uma ordem para receber a verdade revelada, que não é inspirada diretamente, mas através da sucessão apostólica que nos é dada, a verdade deve ser colocada em nossas bocas.

Fonte:
http://excerptos.blogspot.com.br/

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