segunda-feira, 4 de abril de 2016

A relação do Sacrifício com a fé do sacerdote que o oferece


Tudo isto parece que teve suas razões esquecidas na Igreja conciliar, que deste modo cria uma relação perversa: os fiéis deveriam seguir sacerdotes que não os levam à fé, mas desviam. O mesmo, destes com os bispos.
E ainda o mesmo dos bispos com os papas da fé modernista no culto do homem vítima e reprimido no seu direito à liberdade de consciência e de religião. Tudo como se essa hierarquia não tivesse sido instituída para a Fé íntegra e pura suscitada por Nosso Senhor, mas para o novo poder clerical.
A dúvida sobre essa ordem parece resolvida para muitos crentes na certeza que o valor dos sacramentos, se válidos, é ex opere operato. Logo, não importa, para o valor do sacramento, se são bons ou maus pastores.
O que acontece, porém, quando uma «hierarquia invertida» impõe uma nova «fé», segundo uma «nova consciência da Igreja»? Quem aceita esta, não está aceitando quem corrompe a Fé e, por conseguinte, corrompeu a razão mesma dos sacramentos? Não se coloca então este «complacente» entre os que, não defendem nem a Fé nem os verdadeiros Sacramentos?
Aí voltam a dizer: isso é problema pessoal do sacerdote. Os sacramentos que ele ministra continuam a ser bons para a fé, pois são ex opere operato!
Assim não se defende nem a Fé que agrada a Deus, nem os sacramentos, que a reforça nos fieis, crendo que o testemunho na defesa da Fé vem após, ou é independente de onde e de como se recebem os sacramentos.
Nunca foi esta a prioridade ensinada pela Igreja quando a Fé estava em perigo. Até os monges deixavam sua vida contemplativa para defendê-la.
Imagem de Santo HermenegildoSão Hermenegildo foi declarado mártir por São Gregório Magno por ter sido decapitado (585) ao recusar indignado receber a comunhão da mão de um bispo herege. Este sacrifício sangrento teve frutos para a Igreja porque seu irmão, sucessor no trono de seu pai ariano, tornou-se católico e assim toda a Espanha guiada pelo bispo São Leandro voltou à verdadeira Fé.
Note-se que, à diferença dos sacramentos transformados da Igreja conciliar, os sacramentos arianos não eram essencialmente diversos dos católicos. No entanto deixavam de levar os fiéis a testemunharem a verdade da Igreja onde a Fé é vilipendiada. Podiam servir de «seguro» para uma santificação?
Com esta idéia há uma ruptura doutrinal de tempos apocalípticos, de geral apostasia, pela simples razão que, com a maioria de «católicos» reverentes à falsa «autoridade na fé» de conciliares que a corrompem em tudo, mais do que o fizeram os arianos, a Igreja fica aberta à «hora do Anticristo»; como é que os sacramentos podem ser meio de defesa da Fé e portanto de salvação em modo independentes do testemunho fiel.
E como este pode ser fiel sem a oposição ao que e a quem corrompe a Fé?
Podem tais crentes não se perguntarem se a fidelidade apenas a um grupo, com seu latinorumtradicional, agrada a Deus sem testemunhar a Fé contra quem a corrompe ocupando a Sua Igreja para mudá-la?
Que testemunho é esse se reconhecem a autoridade dos corruptores?
É claro que essa preocupação de assegurar os sacramentos, a despeito desse testemunho posto em surdina, indica a mentalidade pela qual a fé vem depois do reivindicado direito ao «seguro sacramental».
Aqui voltamos então ao reverso da moeda: deste modo não só se abandona a verdadeira defesa da Fé da Igreja, dependente do poder legítimo nos seus vértices, como se cai na submissão a um novo poder clerical comprometido que decide sobre a nova “obediência” e “fidelidade” a quem convém.
Deste modo, com o “consumismo sacramental” se criou uma nova regra de poder que é adverso à Fé. Por exemplo, se os chefes de uma Fraternidade tradicionalista ou um novo «bispo conciliar», como é o caso do P. Rifandecidem que há que seguir um anticristo e quem não obedece fica sem os sacramentos, os fieis apavorados acabarão por seguir justamente quem altera os sacramentos, com que se preocupam mais do que da própria Fé.
É o caminho mais direto para desagradar a Deus, adotando, sem nem se dar conta do falso testemunho, as ordens dos vigários do inimigo de Deus.
Com isto é também ignorada a Caridade que se manifesta nas obras de conversão à única Igreja, e abandonada a Esperança que ela seja restaurada com o retorno de quem representa a autoridade integralmente católica, apostólica e romana, reconhecível no empenho pela pureza e continuidade dos Sacramentos de Jesus Cristo.
Para a força desta Fé foram instituídos os Sacramentos, assim como para confirmá-la e defendê-la existe o Clero e a Hierarquia católica.
Eis o que deve ser o primeiro testemunho, do qual não está isento nenhum católico, e a tempo e a contratempo da própria tranqüilidade e segurança, bem como do risco de telhados e da periculosidade de nossas catacumbas.

Fonte:https://promariana.wordpress.com

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