"Pelos frutos se conhece a árvore" (S. Mateus XII, 33).
Acostumados com as vazias e anticatólicas declarações do Padre Marcelo Rossi, o admirado show-man
da protestante Renovação Carismática, cada vez mais somos impelidos a
acreditar que nessa árvore, nutrida pela seiva herética do
protestantismo, dificilmente encontraremos os bons frutos da ortodoxia.
Não
iremos, e tampouco queremos, destacar todos os erros desse sacerdote
especializado em profanar o calvário de Cristo, transformando-o numa
sacrílega “baderna carismática”, acompanhada de danças, histerias e
corinhos sensuais. Para este artigo, analisaremos apenas algumas
linhas de uma recente e ecumênica orientação desse padre que, além de
constituir péssimo exemplo para os católicos, afastou-se completamente
da doutrina católica sobre a Caridade.
Ao ser questionado sobre a ação da Igreja para evitar a perda de fiéis, o sacerdote cantor respondeu convictamente:
“Sei que os católicos realmente estão diminuindo a cada ano. Mas não devemos atacar os evangélicos. Eu, inclusive, gosto e tenho vários amigos dessa religião, além de gravar muitas músicas evangélicas” (Padre Marcelo Rossi. Mídia Max, 23/07/2012).
Para um Padre que acredita existir uma centelha divina em todo homem, tal qual afirmam os gnósticos, não fica difícil entender a razão de seu afável ecumenismo.
A
aceitação dessa doutrina esotérica conduz necessariamente a uma relação
positiva com os hereges. Afinal, por que polemizar ou condenar se as
falsas religiões também são depositárias da verdade e portadoras de
sementes divinas? Portanto, segundo a concepção gnóstica do Padre
Marcelo Rossi, seria preciso compartilhar experiências com os sectários
através de uma amizade pacífica e unificadora da religião.
Essa é, muito provavelmente, a causa da bajulação do padre Rossi aos filhos da serpente.
É
fácil demonstrar que o ensinamento desse padre carismático não
corresponde ao que ensina Cristo, a Igreja e os santos. A simples
definição de caridade faz compreender seu erro de proteção e exaltação
dos lobos oriundos da revolta protestante.
Comecemos pela Sagrada Escritura.
Os
Salmos, que por sinal não devem soar agradáveis aos ouvidos ecumênicos,
são extremamente reveladores da caridade que devemos a Deus e ao
próximo.
Evidentemente,
não se trata do amor “Ágape” segundo a visão esotérica do padre Marcelo
Rossi, e sim do verdadeiro amor, segundo a infalível Palavra de Deus.
Padre Marcelo Rossi recomenda respeito e amizade com os hereges.
Rei Davi, que não era um soberano ecumênico e bajulador, ensina-nos o explícito oposto:
“Oxalá
extermineis os ímpios, ó Deus, e que se apartem de mim os sanguinários!
Eles se revoltam insidiosamente contra vós, perfidamente se insurgem
vossos inimigos. Pois não hei de odiar, Senhor, aos que vos odeiam? Aos que se levantam contra vós, não hei de abominá-los?Eu os odeio com ódio mortal, eu os tenho em conta de meus próprios inimigos” (Salmo CXXXVIII, 19-22).
Não
precisamos provar que a conciliação entre esse preceito divino e a
prática bajuladora do Padre Marcelo Rossi é evidentemente impossível.
E
o que dizer do convívio voluntário e amigável com os hereges, inclusive
compartilhando de suas ideias e do péssimo gosto musical?
O próprio rei Davi responde:
“Tenho sempre diante dos olhos vossa bondade, e caminho na vossa verdade. Entre os homens iníquos não me assento, nem me associo aos trapaceiros. Detesto a companhia dos malfeitores, com os ímpios não me junto” (Salmo XXV, 3-5).
Enquanto
Davi proclama detestar a companhia dos ímpios e malfeitores, o
sacerdote carismático declara ter gosto e amizade pelos maus que afastam
impiamente as almas de Deus.
Esta mesma orientação sobre a proximidade com os hereges encontramos na segunda Epístola do Apóstolo São João:
“Se alguém vier a vós sem trazer esta doutrina, não o recebais em vossa casa, nem o saudeis” (II São João 1,10).
Não saudar e muitos menos receber amigavelmente os pregadores de mentiras, instrui o amado Apóstolo de Cristo.
Padre
Rossi, desobedecendo a doutrina apostólica, não só saúda, como exalta e
recebe em seu espaçoso coração ecumênico os pregadores de uma outra
doutrina, hereticamente diversa da perene tradição católica.
É importante frisar que esse texto do Apóstolo foi utilizado pelo Papa Pio XI em sua Encíclica Mortalium Animos
para condenar as famigeradas reuniões ecumênicas, que, a exemplo do
Vaticano II, pretendiam unir católicos e não católicos na fraternidade
maçônica, e não na única e verdadeira Fé Católica, sem a qual é
impossível agradar a Deus.
A caridade de São Paulo também diverge da adulação traidora dos amantes de corinhos “evangélicos”.
O
padre Rossi proibe atacar os “evangélicos”, ainda que, pela destruição e
manipulação arbitrária da Sagrada Escritura, estejam arrastando muitas
almas para o inferno. Ele não quer combater o câncer protestante que se
alastra pelo mundo, inclusive entre os católicos, por obra da Renovação
Carismática Anti-Católica.
São
Paulo Apóstolo não era carismático. Ele falava de modo inteligível. Não
se exibia com um fanático enrolar de línguas. Também não era ecumênico.
Não era amigo de lobo. Ocupadíssimo com as coisas de Deus, não tinha
ele tempo e muito menos desejo de cantar e dançar musiquetas sensuais na
Missa. Ele era bispo e católico. E, por isso, pregou severamente contra
os hereges:
"Com efeito, há muitos insubmissos, charlatães e sedutores, principalmente entre os da circuncisão. É necessário tapar-lhes a boca (...) repreende-os severamente, para que se mantenham sãos na fé" (Tito 1, 10-13).
São Paulo calava a boca dos hereges.
Padre Marcelo dança e canta com os hereges.
São Paulo repreendia-os severamente, para convertê-los para Deus.
Padre
Marcelo atua como advogado dos inimigos da Virgem, tratando-os
amigavelmente e cooperando para a perdição definitiva dos pecadores.
Quanta impiedade! Um sacerdote aliado aos blasfemadores da Virgem Maria. Justo ele que tanto se diz devoto de Nossa Senhora!
No escrito dos Santos encontramos a mesma doutrina sobre a caridade católica sintetizada no seguinte princípio: “Corrigir os que erram e instruir os que não sabem”.
Ensino e correção, que padre Marcelo Rossi substitui por omissão e bajulação.
Vergonhosa traição!
Ao
contrário de certos padres que só querem cantar, pular e dançar, ou
mesmo se maquiar em salões de beleza, como certos “favos de mel”, os
santos padres estudavam e faziam penitências. Defendiam a Fé. Convertiam
almas. Pregavam a verdade. Atacavam os hereges e as heresias. Eram
santos! Eram padres! Eram católicos!
Santo
Agostinho, que não bajulou ou fez ecumenismo com os hereges de seu
tempo, ensinou sobre a necessidade de corrigir os desvios do próximo:
“Se descuidares de corrigir, te tornas pior que aquele que pecou” (apud Santo Tomás. Suma Teológica. Parte II-II, art. 33, a. 2).
Aplicando
este princípio à orientação e postura do padre Rossi, temos a conclusão
de que, apoiando os hereges do protestantismo ao invés de corrigi-los,
ele se torna um pecador muito pior.
Antes
que pululem os protestos carismáticos, adiantamos que tiramos apenas
uma conclusão, julgando o ato dexterior do padre com base no ensino
indiscutível de santo Agostinho.
Os descontentes que reclamem com o ilustre mestre de Hipona.
São
Jerônimo, outro exemplo sublime de virtude, também declarou não ter
simpatia pelos hereges, fazendo deles seus inimigos pessoais:
“Jamais poupei os hereges e empreguei todo o meu zelo para fazer dos inimigos da Igreja meus inimigos pessoais” (apud Papa Bento XV. Spiritus Paraclitus, nº. 41).
Movido
pelo espírito, que certamente não é o Santo, padre Marcelo faz o
absurdo inverso, tornando os inimigos da Igreja seus amigos pessoais.
Escrevendo
a Rufino, São Jerônimo diz uma verdade que parece ter sido escrita
especialmente contra a bajulação carismática do padre Marcelo Rossi:
“Há um ponto sobre o qual não poderei estar de acordo contigo: que, transigindo com os hereges, possa parecer não católico” (op. cit, idem.).
Para concluir esta seqüência de citações, transcrevo a importantíssima explicação de São Luís Maria Grignon de Montfort sobre a inimizade entre a descendência da Virgem e a descendência da serpente:
“Deus
não pôs somente inimizade, mas inimizades, e não somente entre Maria e o
demônio, mas também entre a posteridade da Santíssima Virgem e a
posteridade de demônio. Quer dizer, Deus
estabeleceu inimizades, antipatias e ódios secretos entre os verdadeiros
filhos e servos da Santíssima Virgem e os filhos e escravos do demônio.
Não há entre eles a menor sombra de amor, nem correspondência íntima
existe entre uns e outros” (Tratado da Verdadeira Devoção à Santíssima Virgem, 51-57).
Ora,
os hereges ilegitimamente chamados de “evangélicos” são inimigos
mortais da Virgem Maria. Não reconhecem suas glórias e tampouco lhe
tributam a devida veneração. Blasfemam contra Sua Imaculada Conceição,
negam Sua Perpetua Virgindade, e contestam sua gloriosa assunção. São
declaradamente inimigos da Mulher. Logo, não pertencem à raça da Virgem
Maria. Eles são filhos do demônio, movendo guerra odiosa contra a Mãe do
Senhor.
Diz
a Sagrada Escritura que Deus colocou o ódio, a guerra, e não o amor ou
bajulação entre essas duas descendências. Não existe diálogo ou
ecumenismo entre os filhos da Mulher e os filhos da serpente infernal.
Somente os padres traidores desse século para pretenderem fazer uma
aliança amorosa entre a raça da Virgem e a raça do diabo.
Padre
Marcelo Rossi tem amizade com a raça da serpente. É bajulador dos
filhos das trevas. Acaricia o lobo que devora suas ovelhas. Enquanto as
serpentes “evangélicas” despejam calúnias e blasfêmias contra a Mãe de
Deus, padre Marcelo os trata com amor e carinho, cantando alegremente a
ciranda traidora do ecumenismo.
Cristo
defendeu o Templo de Jerusalém da profanação, atacando os vendilhões
com violentas chicotadas. Ora, Nossa Senhora é o Templo do Verbo
Encarnado. Portanto, com muito mais razão devemos, sobretudo o padre
Rossi, defender a Virgem Santíssima, Sacrário de Cristo, atacando com o
chicote da verdade os profanadores desse Templo puríssimo.
Assim deve o senhor fazer, padre.
Embora sejamos nós a parte menos importante da Igreja que deveria receber de tua pregação o tesouro da verdade católica, mesmo em nossa insignificância, mas por amor à Virgem Maria, Mãe de Nosso Senhor, ousamos questioná-lo mais uma vez, para que, no momento de silêncio, e não de histeria carismática, possa refletir:
Embora sejamos nós a parte menos importante da Igreja que deveria receber de tua pregação o tesouro da verdade católica, mesmo em nossa insignificância, mas por amor à Virgem Maria, Mãe de Nosso Senhor, ousamos questioná-lo mais uma vez, para que, no momento de silêncio, e não de histeria carismática, possa refletir:
Como
pode dizer-se amigo daqueles que ofendem tua mãe, padre? Como bajula as
cobras que vomitam blasfêmias contra a Mulher? Como não defende o
senhor a honra da Mãe de Cristo, que também é sua santa mãe? Por acaso a
amizade com as cobras vale mais que a fidelidade à Mãe de Deus? Se
realmente o senhor é devoto de Maria como declara, que levante
bravamente e feche a boca da raça inimiga da Mulher, cumprindo a ordem
de São Paulo. Proceda como um verdadeiro sacerdote e filho de Maria,
para que, ao pé da cruz, também possa ouvir de Nosso Senhor: “Mãe, eis aí o teu filho”.
Pela Santificação do Clero, te rogamos Virgem Maria!
Viva Cristo Rei!
Viva Cristo Rei!
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