Ao
católico que compreende minimamente (e todos temos a obrigação de
fazê-lo) a grandeza incomensurável do Santíssimo Sacramento, é evidente a
necessidade de nos aproximarmos de tão sublime realidade com todo o
pudor e modéstia. Não necessitaria, para uma pessoa de boa vontade,
nenhuma exortação explícita a este respeito.
Não
obstante, ao escutar uma pregação sobre a imutabilidade da Moral
Católica, baseada nos escritos de Dom Antônio de Castro Mayer,
disponível no excelente acervo de Audio Cristiandad (http://www.audiocristiandad.com/Custodio_de_la_FE/uno.html),
tomei conhecimento de um documento do Vaticano que trata do assunto. De
fato, sobre a modéstia ao vestir, por parte das mulheres que queiram
receber a Sagrada Comunhão, a Instrução da Sagrada Congregação do
Concílio contra a imoralidade das modas femininas, de 12 de janeiro de
1930, dizia com todas as letras:
9. Donzelas e mulheres vestidas indecentemente devem ser impedidas de receber a Comunhão
e de atuar como madrinhas dos sacramentos do Batismo e da Confirmação,
e, além disso, se o delito for extremo, podem mesmo ser proibidas de
entrar na igreja.
O
que já seria óbvio para quem conhece a doutrina católica foi posto por
escrito e decretado como ordem a ser cumprida. Bastante claro, pois, que
não se deve aproximar da Santa Eucaristia sem se estar modestamente
vestido.
Se
a imodéstia impede de se aproximar da Santa Comunhão, o que diríamos de
uma mulher semi-nua? Não, não é piada de mau gosto o que estou fazendo,
muito embora o pareça. Tal idéia jamais me passaria pela cabeça, como a
nenhum outro fiel católico que possua o mínimo de Fé e de respeito, se
não tivesse visto a horrível cena retratada na foto abaixo:
É
impossível defender esta atitude, não importando quem a tenha cometido.
Será que, em pouco mais de meio século, tempo transcorrido entre a
profanação da foto da acima e o supracitado decreto sobre a modéstia, a
Moral Católica teria mudado tanto assim? Claro que não! A Fé e a Moral
jamais mudam, nem um milímetro. O que acontece é que, nestes terríveis
tempos de apostasia pós-conciliar, perdeu-se a noção do que é heresia,
do que é pecado, imoralidde, profanação, etc.
Caso
fosse um simples padre a promover tal abominação, a quase unamidade dos
católicos estaria de acordo que se trata de uma profanação. Mas,
levados por um errôneo e nefasto entendimento da infalibilidade papal
como se esta correspondesse a uma impecabilidade pessoal, muitos fecham
os olhos ao óbvio, a tal ponto de se voltarem contra quem, em
consciência, não pode permanecer calado diante de tamanha profanação.
Mas, diante do grande perigo de escândalo para a Igreja, que seria a
canonização de quem protagonizou o horrível espetáculo, não podemos nos
calar. Mesmo sabendo que haverá os que, contra todo bom senso, ainda nos
acusarão, não podemos deixar de observar que esta canonização
implicaria em motivo de grande confusão para os fiéis, principalmente os
mais simples, que veriam “aprovadas” as atitudes irenistas e
profanadoras de João Paulo II.
Seria
desnecessário acrescentar, se estivéssemos tratando apenas com pessoas
de boa vontade, que não desejamos a condenação de ninguém. Queremos, sem
dúvida, que o maior número de pessoas se salve. Não somos os primeiros a
dizer isto que, aliás, é algo de extremamente óbvio para quem possui a
Fé Católica. Mas, a canonização não significa apenas que a pessoa está
no Paraíso mas, ainda, que teve vida irrepreensível e que é modelo a ser
seguido pelos fiéis. Neste ponto somos obrigados a duvidar das
canonizações feitas sem o devido cuidado que a Igreja sempre teve por
assunto de tamanha importância. Não se fazem santos seja por “apelo
popular” seja por “processo a jato“. Nestes casos, existe grave risco de escândalo para os fiéis.
Infelizmente, há muitos que, infectados pela heresia modernista, gostam
de defender não os prelados, mas sim os seus erros, com a suposta
intenção de defender-lhes a honra ou mesmo a Santa Igreja, quando, na
realidade, o que defendem são as suas próprias idéias contrárias à Fé e à
Moral de sempre. Por isso, somos obrigados a esclarecer que não somos
sede-vacantistas e não deixamos de obedecer ao clero legítimo, quando
este se comporta como tal, defendendo, e não combatendo, a Fé e a Moral
Católicas. Mas, entre um clero que deveria cumprir com suas obrigações,
mas não o faz, e a doutrina e moral católicas de sempre, é com estas que
ficamos.
Que uivem os lobos o quanto quiserem, mas a Verdade, sem respeitos humanos, deve ser dita e defendida a qualquer preço.
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