terça-feira, 20 de fevereiro de 2018

O jejum de Cristo 40 dias no deserto


Os padres da Igreja e Santos Doutores afirmam, conforme o que está dito nas Escrituras, que o jejum de Cristo foi uma completa ausência de alimentos sólidos. Ou seja, não comeu nada durante os 40 dias e 40 noites, e por esta razão os Santos Evangelhos nos dizem que no final ele teve fome e foi tentado pelo Demônio.

Jejuou 40 dias e 40 noites, no recolhimento e na solidão do deserto, na oração e na contemplação, no silêncio e na intimidade da Trindade da qual Ele é o Verbo. O Verbo Eterno do Pai. E sentiu todo o peso do deserto e toda a violência do combate até o confronto direto com o Tentador. E saiu vitorioso sobre o Demônio!

A vida do monge e do eremita, do anacoreta, é uma imitação da vida de Cristo no deserto. Seguindo os passos de Nosso Senhor, procuramos, pelo jejum, uma vida de ascese, pela mortificação e pela penitencia, combater as más tendências e nos unir intimamente à Trindade, numa vida de silencio e solidão, de recolhimento e perseverança na presença de Deus.

O combate contra as tentações, contra as más inclinações e más tendências, contra as fraquezas da natureza humana, contra nossa vontade enfraquecida pelo pecado e contra o Tentador nos faz clamar incessantemente pelo socorro do Divino Mestre: Senhor Jesus Cristo, Filho do Deus Vivo, tende compaixão de mim pecador!

Na Quaresma, intensificamos nossos jejuns, nossas mortificações, nossas penitencias, nosso isolamento, nosso silencio e solidão, a procura de estar com Cristo unido de modo místico e misterioso, seguindo seus passos pelo deserto e fazendo-lhe companhia no Jardim das Oliveiras. Procuramos vigiar com Cristo de modo mais intenso e mais amoroso. Os momentos de contemplação são fecundos e impregnados de graças...


Fonte: Eremitério Da Santíssima Trindade