terça-feira, 28 de fevereiro de 2017

Indulto sobre a abstinência de carne nas sextas-feiras

INDULTO SOBRE A ABSTINÊNCIA DE CARNE

Sua natureza:

Santo Tomás de Aquino ensina a razão da abstinência: “Deve dizer que, como foi dito, a Igreja instituiu o jejum para reprimir a concupiscência da carne, que tem por objeto as coisas deleitáveis ao tato (...). Por essa razão a Igreja há proibido (...) aqueles alimentos que são muito agradáveis de comer e que ademais excitam o homem aos prazeres carnais. Tais são as carnes dos animais, que descansam e respiram (...); pois como tais se conformam mais ao corpo humano, deleitam mais e contribuem mais para sua nutrição; e a sua assimilação tem quantidade que sobra para converter-se em matéria seminal, cuja multiplicação é o maior excitante da luxúria.”

O Código de Direito Canônico de 1917, afirma no can. 1.250: “A lei da abstinência proíbe comer carne e caldo de carne, porém não proíbe comer ovos, laticínios e quaisquer condimentos, ainda que de gordura animal.”

Tempo de obrigação da abstinência:

Para o Código de 1917, além dos dias em que a Igreja impõe simultaneamente com o jejum, eram dias de abstinência total da carne “todas as sextas-feiras do ano”. Deve agregar-se – para uma completa e justa avaliação do caso – que na América Latina e nas Ilhas Filipinas, por especial indulto concedido pela Santa Sé em 1º de Janeiro de 1910 (e renovado sistematicamente a cada dez anos), eram dias apenas de abstinência: as vigílias do Natal, Pentecostes, São Pedro, Assunção; de jejum sem abstinência: as três sextas-feiras das Têmporas, seis quartas-feiras da Quaresma, e quinta-feira Santa; abstinência e jejum juntamente: quarta-feira de Cinzas e as seis sextas-feiras da Quaresma. Em outras palavras, na América Latina não era obrigatória a abstinência nas sextas-feiras do ano, salvo os indicados precedentemente.

Fonte: Diário de um Católico 

domingo, 19 de fevereiro de 2017

A verdadeira e única Igreja de Nosso Senhor Jesus Cristo

“ CREDO (...) IN UNAM, SANCTAM, CATHOLICAM ET APOSTOLICAM ECCLESIAM ”. credo niceno-constantinopolitano séc. IV.



A IGREJA DE CRISTO É UNA

A Igreja é o Corpo Místico de Nosso Senhor Jesus Cristo.

“ (...) Cristo é o chefe da Igreja, seu corpo ”. - Efésios 5,23

Os que abraçam a Verdadeira e única fé tornam-se membros deste Corpo, pois: “ Há (...) uma só fé ”.- Efésios 4,5

A Igreja sendo fundada por Cristo (como veremos mais a frente) é uma instituição divina, que congrega homens de todo o mundo que, como disse, aderem a única Fé verdadeira.

“ Ora, vós sois o Corpo de Cristo e cada um, de sua parte, é um dos seus membros ”. - I Coríntios 12,27

“ Eu sou a videira; vós, os ramos. Se alguém não permanecer em mim será lançado fora ”.- S .João 15,5-6

A Igreja é uma Hierarquia, ou seja, os membros da Igreja não tem o mesmo posto:

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2017

Outro "Mito Tribal" dos R&R (FSSPX/Resistência e afins)


"São Pedro (o primeiro papa) negou o próprio Cristo por três vezes
e não perdeu seu "papado", então por que os "papas" conciliares não podem negar a doutrina de Cristo e continuar sendo papas?


É de impressionar até onde vai o comportamento daqueles que auto-permitem uma lavagem cerebral feita pelos mitos da FSSPX, Resistência e afins.

Primeiro que Pedro quando negou a Cristo, ele ainda não era papa, ele só se tornou papa após a Ressurreição. Isso deveria ser sabido por qualquer um, ainda mais se tratando de um clero que se diz muito bem formado. 

Em segundo lugar, ainda que ele já fosse papa, seu pecado foi o de "desmentir", por enorme medo e pressão, aquilo que intimamente ele acreditava: Cristo. Consequentemente, o pecado dele não foi o de apostasia e/ou heresia pública ensinada por documentos, discursos e ações para toda a Igreja universal. Mas deixemos um Santo e Doutor da Igreja elucidar-nos melhor:

terça-feira, 14 de fevereiro de 2017

Atenágoras de Atenas - Petição em favor dos Cristãos(Excerto)


- De fato, a Escritura diz: “Aquele que olha para uma mulher a fim de desejá-la já cometeu adultério em seu
coração”. Como não acreditar que são castos os que nada podem olhar além daquilo para o qual
Deus formou os olhos, isto é, para que fossem nossa luz, aqueles que consideram adultério o olhar
com prazer, pois os olhos foram criados para outra finalidade, e os que serão julgados até pelos seus
pensamentos?

_Nós nada temos a ver com leis humanas, que qualquer malvado pode burlar (desde o
começo, ó soberano, vos assegurei que nossa doutrina era ensinamento de Deus), mas temos uma lei
e mandamento, que [Deus] nos deu a nós mesmos e ao nosso próximo como medida de justiça._

_Por isso,
dependendo da idade, consideramos a uns como filhos e filhas, a outros como irmãos e irmãs, e aos
mais velhos tributamos honra de pais e mães. Assim, empenhamo-nos para que aqueles aos quais
damos nome de irmãos e irmãs e outras qualificações familiares, permaneçam sem ultraje ou corrupção em seus corpos, como nos diz também a palavra divina: “Se alguém, por ter gostado, dá um segundo beijo…” Portanto, é preciso ser muito exato a respeito do beijo e principalmente na
adoração, porque por pouco que manchem nossa mente nos colocam fora da vida eterna.

_Como temos esperança na vida eterna, desprezamos as coisas da vida presente e até os prazeres
da alma, tendo cada um de nós por mulher aquela que tomou conforme as leis estabelecidas por nós e
com a finalidade de procriar filhos. Assim como o lavrador, jogada a semente na terra, espera a colheita e não continua semeando, do mesmo modo, para nós, a medida do desejo é a procriação de
filhos.

_E até é fácil encontrar muitos dentre nós, homens e mulheres, que chegaram celibatários à
velhice, com a esperança de um relacionamento mais íntimo com Deus. Se o viver na virgindade e castração aproxima mais de Deus e só o pensamento e o desejo separa, se fugimos dos pensamentos,
quanto mais não recusaremos as obras? Nossa religião não se mede pelos discursos cuidadosos, mas
pela demonstração e ensinamento de obras: ou se permanece como nasceu, ou não se contrai mais do
que um matrimônio (...). A Escritura diz: “Quem deixa sua mulher
e casa com outra, comete adultério".

(Atenágoras de Atenas - Petição em favor dos Cristãos, Caps. 32-33, finais do século III - início do IV)

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2017

CITAÇÕES DE PAPAS E TEÓLOGOS: IGREJA NÃO PODE ERRAR GRAVEMENTE – FIÉIS DEVEM OBEDECER




109. Os cristãos devem, por conseguinte, afastar-se de uma exagerada independência de pensamento e de uma falsa “autonomia” da razão humana, ainda com respeito a certas questões que acerca do sacramento do matrimônio se debatem em nossos dias. Mal ficaria, efetivamente, a qualquer cristão digno deste nome o fiar-se na sua inteligência soberbamente a ponto de querer acreditar só nas verdades cuja natureza intrínseca venha a conhecer por si, o julgar que a Igreja, por Deus destinada para mestra e orientadora de todos os povos, não está suficientemente esclarecida quanto às coisas e circunstâncias modernas, ou então o não prestar-lhe assentimento e obediência senão no que impõe por meio de definições mais solenes, como se fosse lícito pensar que suas outras decisões pudessem ter-se como falsas ou não robustecidas por motivos suficientes de verdade e honestidade. Ao contrário, é próprio de qualquer verdadeiro e fiel cristão, sábio ou ignorante, deixar-se dirigir e guiar pela Santa Igreja de Deus em tudo o que respeita à fé e aos costumes, por meio do seu Supremo Pastor, o Pontífice Romano, que, por sua vez, é dirigido por Jesus Cristo Nosso Senhor  - Papa Pio XI - Encíclica Casti Connubii

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2017

Paulo VI promulgou ilegalmente a Missa Nova?


AS CONSEQUÊNCIAS INEVITÁVEIS

Então, por todas as razões enunciadas precedentemente (*), se insistem que Paulo VI era de fato um verdadeiro Papa, possuindo a plenitude dos poderes legislativos como Vigário de Cristo, devem também aceitar as consequências inevitáveis que se seguem do exercício da autoridade pontifícia:
1. A Missa Nova foi legitimamente promulgada;
2. A Missa Nova é obrigatória;
3. A Missa tradicional está proibida.

terça-feira, 7 de fevereiro de 2017

Inspiração da graça


Acontece, por vezes, que a estrela desaparece dos nossos olhos. Quer a inspiração da graça traga em si um carácter extraordinário, como no caso dos Magos, quer se prenda (e é para nós o caso mais frequente) à providencia sobrenatural de todos os dias, a estrela deixa, por vezes, de se manifestar; vela-se a luz; a alma mergulha nas trevas espirituais. Que fazer então?

Vejamos como procederam os Magos nesta ocorrência. A estrela só se lhes mostrou no Oriente; depois desapareceu: ​​Vidimus stellam ejus in Oriente. Ao revelar-lhes o nascimento do Rei dos Ju- deus, não lhes indicara o astro maravilhoso o lugar preciso onde poderiam encontrá-lo. Que fazer? Dirigiram-se para Jerusalém, capital da Judeia metrópole da religião judaica. Onde melhor do que na cidade santa poderão eles encontrar o que procuram?

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2017

São Tomás responde: É lícito julgar?

Michelangelo Buonarroti, O Último Julgamento (entre 1537 e 1541), Capela Sistina


Parece que não é lícito julgar:

1. Com efeito, só se inflige castigo a uma ação ilícita. Ora, os que julgam são ameaçados de um castigo, de que está isento quem não julga, como diz o Evangelho: “Não julgueis, se não quereis ser julgados” (Mt 72, 1). Logo, julgar é ilícito.

2. Além disso, diz também a Escritura: “Quem és tu para julgar o servo alheio? Só depende de seu senhor que ele caia ou fique de pé” (Rm 14, 4). Ora, o Senhor de todos é Deus Logo, a nenhum homem é lícito julgar.

3. Ademais, ninguém é sem pecado: “Se dissermos que não temos pecado, enganamo-nos a nós mesmos”, diz João (I Jo 1, 8). Ora, não é permitido ao pecador julgar, segundo o testemunho da Carta aos Romanos: “Quem quer que sejas, és inescusável, ó homem que julgas. Pois, naquilo que julgas os outros a ti mesmo te condenas, praticando aquilo que julgas” (2, 1). Logo, a ninguém é lícito julgar.

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2017

Lembra-te, muitas e muitas vezes, que em breve terás de morrer.


"Em todas as tuas obras, lembra-te dos teus novíssimos, e nunca chegarás a pecar" (Eclo 7, 40) Estas santas palavras das Escrituras são uma tácita advertência aos párocos de que não percam nenhuma ocasião de exortar os fiéis a entreter-se com a assídua meditação da morte.

O sentido destas palavras é como se dissesse: Lembra-te, muitas e muitas vezes, que em breve terás de morrer. Naquele instante, ser-te-á sumamente desejável e absolutamente necessário alcançar a infinita misericórdia de Deus. Por isso, é indispensável que desde já a tenhas continuamente diante de teus olhos. Desta forma, há de se extinguir-se em ti aquele medonho desejo de vingança, pois não acharás meio mais próprio e eficaz para conseguir a misericórdia de Deus, do que o perdoares as injúrias e amares aqueles que te ofenderem, a ti ou aos teus, por atos ou palavras.