domingo, 23 de fevereiro de 2014

DOM LEFEVBRE - E a Missa Nova


A MISSA a qual acabais de assistir era VÁLIDA? A HÓSTIA que recebestes era VERDADEIRAMENTE o Corpo de Cristo? 
"É um grave problema. Como pode o fiel julgar a respeito? Existem para a validez duma missa condições essenciais: a matéria, a forma, a intenção e o sacerdote validamente ordenado". 
"... De outra parte, pode-se dizer sem nenhum exagero, que a maior parte das missas, celebradas sem pedra d’ara, com utensílios vulgares, pão fermentado, introdução de palavras profanas 
no próprio corpo do Canon, etc., são sacrílegas e PERVERTEM a fé ao mesmo tempo que a DIMINUEM. A dessacralização é tal que estas missas podem chegar a perder seu caráter sobrenatural, o “mistério da fé” para não serem mais do que atos de religião natural".

POSSO ASSISTIR uma missa sacrílega, mas que, entretanto é VÁLIDA, na falta de outra para satisfazer à obrigação dominical?
A RESPOSTA É SIMPLES: "estas missas NÃO PODEM ser objeto duma obrigação; devem-se-lhes aplicar as regras da teologia moral e do direito canônico no que concerne à participação ou assistência a uma ação PERIGOSA para a fé ou eventualmente sacrílega".
"A NOVA MISSA, MESMO DITA COM PIEDADE e no respeito às normas litúrgicas, cai sob golpe das mesmas reservas, uma vez que ela está IMPREGNADA de espírito protestante. Ela traz em si um veneno prejudicial a fé.
... Os fiéis de nosso país deveriam fazer o esforço de assistir uma vez por mês a missa de sempre, verdadeira fonte de graças e de santificação, num dos lugares onde ela continua a ser estimada".


- DOM LEFEVBRE -

sábado, 22 de fevereiro de 2014

TRATADO DA VERDADEIRA DEVOÇÃO DA SANTÍSSIMA VIRGEM


TRATADO DA VERDADEIRA
DEVOÇÃO DA SANTÍSSIMA VIRGEM

                    > Vídeo do histórico da devoção.


Escrito por São Luís Maria Grignion de Montfort
19ª edição – Editora Vozes – Petrópolis, 1992.

1.        Foi pela Santíssima Virgem Maria que Jesus Cristo veio ao mundo, e é também por ela que deve reinar no mundo.

2.      Toda a sua vida Maria permaneceu oculta; por isso o Espírito Santo e a Igreja a chamam Alma Mater – Mãe escondida e secreta.1 Tão profunda era a sua humildade, que, para ela, o atrativo mais poderoso, mais constante era esconder-se de si mesma e de toda criatura, para ser conhecida somente de Deus.
1)           Antífona à Santíssima Virgem para o tempo de Natal; hino “Ave Maris Stella”.

3.      Para atender aos pedidos que ela lhe fez de escondê-la, empobrecê-la e humilhá-la, Deus providenciou para que oculta ela permanecesse em seu nascimento, em sua vida, em seus mistérios, em sua ressurreição e assunção, passando despercebida aos olhos de quase toda criatura humana. Seus próprios parentes não a conheciam; e os anjos perguntavam muitas vezes uns aos outros: Quae est ista?... – Quem é esta? (Ct 3, 6; 8, 5), pois que o Altíssimo lha escondia; ou, se algo lhes desvendava a respeito, muito mais, infinitamente, lhes ocultava.

4.      Deus Pai consentiu que jamais em sua vida ela fizesse algum milagre, pelo menos um milagre visível e retumbante, conquanto lhe tivesse outorgado o poder de fazê-los. Deus Filho consentiu que ela não falasse, se bem lhe houvesse comunicado a sabedoria divina. Deus Espírito Santo consentiu que os apóstolos e evangelistas a ela mal se referissem, e apenas no que fosse necessário para manifestar Jesus Cristo. E, no entanto, ela era a Esposa do Espírito Santo.

5.      Maria é a obra-prima por excelência do Altíssimo, cujo conhecimentoe domínio ele reservou para si. Maria é a Mãe admirável do Filho, a quem aprouve humilhá-la e ocultá-la durante a vida para lhe favorecer a humildade, tratando-a de mulher – mulier (Jo 2, 4; 19, 26), como a uma estrangeira, conquanto em seu Coração a estimasse e amasse mais que todos os anjos e homens. Maria é a fonte selada (Ct 4, 12) e a esposa fiel do Espírito Santo, onde só ele pode penetrar. Maria é o santuário, o repouso da Santíssima Trindade, em que Deus está mais magnífica e divinamente que em qualquer outro lugar do universo, sem excetuar seu trono sobre os querubins e serafins; e criatura algumas, pura que seja, pode aí penetrar sem um grande privilégio.
2)...ut soli Deo cognoscenda reservatur (São Bernardino de Sena, Sermão 51, art. 1, cap. 1).

6.      Digo com os santos: Maria Santíssima é o paraíso terrestre3 do novo Adão, no qual este se encarnou por obra do Espírito Santo, para aí operar maravilhas incompreensíveis.  É o grande, o divino mundo de Deus4,  onde há belezas e tesouros inefáveis. É a magnificência de Deus5, em que ele escondeu, como em seu seio, seu Filho único, e nele tudo que há de mais excelente e mais precioso. Oh! que grandes coisas e escondidas Deus todo-poderoso realizou nesta criatura admirável, di-lo ela mesma, como obrigada, apesar de sua humildade profunda: Fecit mihi magna qui potens est (Lc 1, 49). O mundo desconhece essas coisas porque é inapto e indigno.
3)           Racionalis secundi Adam paradisus. São Leão Grande (Sermo de Annunctiatione).
4)           Mundus specialissimus altissimi Dei. (São Bernardo).
5)           Magnificentia Dei. Ricardo de São Lourenço (De laud. Virg., lib. IV).

7.      Os santos disseram coisas admiráveis desta cidade santa de Deus; e nunca foram tão eloqüentes nem mais felizes, – eles o confessam – que ao tomá-la como tema de suas palavras e de seus escritos. E, depois, proclamam que é impossível perceber a altura dos seus méritos, que ela elevou até ao trono da Divindade; que a largura de sua caridade, mais extensa que a terra, não se pode medir; que está além de toda compreensão a grandeza do poder que ela exerce sobre o próprio Deus; e, enfim, que a profundeza de sua humildade e de todas as suas virtudes e graças são um abismo impossível de sondar.Ó altura incompreensível! Ó largura inefável! Ó grandeza incomensurável! Ó insondável!

8.      Todos os dias, dum extremo da terra ao outro, no mais alto dos céus, no mais profundo dos abismos, tudo prega, tudo exalta a incomparável Maria. Os nove coros de anjos, os homens de todas as idades, condições e religiões, os bons e os maus. Os próprios demônios são obrigados, de bom ou mau grado, pela força da verdade, a proclamá-la bem-aventurada. Vibra nos céus, como diz São Boaventura, o clamor incessante dos anjos: Sancta, sancta, sancta Maria, Dei Genitrix et Virgo; e milhões e milhões de vezes, todos os dias, eles lhe dirigem a saudação Angélica: Ave, Maria..., prosternado-se diante dela e pedindo-lhe a graça de honrá-la com suas ordens. E a todos se avantaja o príncipe da corte celeste, São Miguel, que é o mais zeloso em render-lhe e procurar toda a sorte de homenagens, sempre atento, para ter a honra de, à sua palavra, prestar um serviço a algum dos seus servidores.

9.      Toda a terra está cheia de sua glória, particularmente entre os cristãos, que a tomam como padroeira e protetora em muitos países, províncias, dioceses e cidades. Inúmeras catedrais são consagradas sob a invocação do seu nome. Igreja alguma se encontra sem um altar em sua honra; não há região ou país que não possua alguma de suas imagens milagrosas, junto das quais todos os males são curados e se obtêm todos os bens. Quantas confrarias e congregações erigidas em sua honra! quantos institutos e ordens religiosas abrigados sob seu nome e proteção! quantos irmãos e irmãs de todas as confrarias , e quantos religiosos e religiosas a entoar os seus louvores, a anunciar as suas maravilhas!Não há criancinha que, balbuciando a Ave-Maria, não a louve; mesmo os pecadores, os mais empedernidos, conservam sempre uma centelha de confiança em Maria. Dos próprios demônios no inferno, não há um que não a respeite, embora temendo.

Via Sacra - APENAS 14 ESTAÇÕES

Na Igreja a "via sacra" sempre teve 14 estações. Acontece que agora anda difundido um "acrescento" (15ª estação: a ressurreição). Este erro deve-se à perca de entendimento daquilo que é a "via sacra".

O que é a "via sacra"? É o percurso que Nosso Senhor fez na Paixão até ao Calvário e depois ao sepulcro. A tradição da Igreja sempre fez aqui um paralelo com o Santo Sacrifício da Missa consumado na Cruz - toda uma jornada.

Foi costume recrear a "via sacra" respeitando as distâncias reais que Nosso Senhor percorreu, mandando-se construir pequenas capelinhas para assinalar cada estação. Assim, os nossos antigos, na impossibilidade de irem todos os anos pisar o mesmo o solo que Nosso Senhor percorreu, contentavam-se com esta recriação piedosa.

Estações da Via Sacra:

1ª Jesus diante de Pilatos;
2ª Jesus carrega a cruz;
3ª Jesus cai pela primeira vez;
4ª Jesus encontra sua Mãe, Nossa Senhora;
5ª Simão de Ciren ajuda Nosso Senhor a carregar a cruz;
6ª Uma mulher enxuga a face de Cristo;
7ª Jesus cai pela segunda vez;
8ª Jesus encontra as filhas de Jerusalém;
9ª Jesus cai pela terceira vez;
10ª Jesus é despojado das suas vestes;
11ª Jesus é pregado na cruz;
12ª Jesus morre na cruz;
13ª Jesus é retirado da cruz;
14º Jesus é sepultado.

(Rom. 8. 18 - "Julgo que os sofrimentos do presente não se podem comparar à glória do que se há-de manifestar em nós".)

Fonte:http://ascendensblog.blogspot.pt/

sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014

Cânon Missa Tridentina



No Cânon da Santa Missa no rito tridentino, após a consagração, o sacerdote preserva os dedos indicadores e polegares de qualquer contato profano, pois com os mesmos tocara no Santíssimo Corpo de Nosso Senhor. 

Assim ensina Santo Tomás: "Por reverência a este sacramento [a Santa Eucaristia], nada o toca a não ser o que é consagrado; por isso o corporal e o cálice são consagrados, e, da mesma forma, as mãos dos sacerdotes para tocar este sacramento". (Suma Teológica, Pars III, Q. 82, Art. 3, ad 8).

No Catecismo Romano encontramos a proibição para os leigos de tocarem nos vasos sagrados, quanto mais na Eucaristia: " De mais a mais, com o intuito de salvaguardar, sob todos os aspectos, a dignidade de tão augusto Sacramento (a Santa Eucaristia), não se deu unicamente aos sacerdotes o poder de administrá-lo: como também se proibiu, por uma lei da Igreja, que, salvo grave necessidade ninguém sem Ordens Sagradas ousasse tomar nas mãos ou tocar vasos sagrados, panos de linho, e outros objetos necessários à confecção da Eucaristia." (Catecismo Romano II IV 65).

São Francisco de Assis recusou o sacramento da Ordem porque não se julgava digno de tocar em Jesus Cristo, uma vez que o maior nascido de mulher, que é São João Batista, não era digno de desatar as sandálias Dele.

Infelizmente na Missa Nova de Paulo VI todo esse zelo para com o Santíssimo Sacramento simplesmente desapareceu, e o que é pior, se permite ao fiel leigo tocar no preciosíssimo Corpo de Cristo.

Este video é uma parte do dvd "A Santa Missa no Rito Romano Tridentino" , que é uma contribuição da Administração Apostólica Pessoal São João Maria Vianney para todos os sacerdotes que queiram aprender o rito tridentino.

Segue uma explicação dos gestos do sacerdote:

1ª. A entrega de Cristo feita por Deus, por Judas e pelos judeus
Ela é simbolizada pelos três sinais da cruz, ao dizer o sacerdote as palavras: Haec dona, haec munera, haec sancta sacrificia illibata (Estes dons, estas dádivas, este santo sacrifício imaculado).

2ª. A venda de Cristo 
Com efeito, Cristo foi vendido aos sacerdotes, escribas e fariseus. Para simbolizá-la, o celebrante faz de novo três sinais da cruz, dizendo: benedictam, adscriptam, ratam (abençoada, confirmada, ratificada). Ou para expressar o preço da venda, a saber trinta denários. E se acrescentam dois sinais da cruz, ao se pronunciar as palavras: ut nobis Corpus et Sanguis (a fim de se tornar para nós o Corpo e o Sangue), para significar a pessoa de Judas que vendeu e a de Cristo que foi vendido.

3ª. A prefiguração da paixão de Cristo feita na ceia
Para designá-la, fazem-se uma terceira vez dois sinais da cruz, um na consagração do Corpo e o outro na do Sangue, quando em ambos os casos se diz a palavra benedixit (abençoou).

4ª. A própria paixão de Cristo 
Por isso, para simbolizar as cinco chagas, traçam-se uma quarta vez cinco cruzes, ao se proferirem as palavras: hostiam puram, hostiam sanctam, hostiam immaculatam, panem sanctum vitae aeternae, et calicem salutis perpetuae (hóstia pura, hóstia santa, hóstia imaculada, o pão santo da vida eterna e o cálice da salvação perpétua).

5ª. Os suplícios do corpo e o derramamento do sangue, e o fruto da paixão 
São simbolizados por meio das três cruzes traçadas com as palavras: corpus et sanguinem sumpserimus, omni benedictione (a fim de que recebendo o corpo e sangue sejamos repletos de toda bênção).

6ª. A tríplice oração que Cristo fez na cruz
Uma pelos pecadores, quando disse: Pai, perdoai-lhes, a segunda para livrar-se da morte, quando disse: Meu Deus, meu Deus, por que me abandonaste? e a terceira se refere à obtenção da glória, quando disse: Pai, em tuas mãos entrego o meu espírito. Para significar isso, fazem-se três cruzes com as palavras: sanctificas, vivificas, benedicis (pela qual santificais, vivificais, abençoais).

7ª. As três horas em que Cristo esteve pregado na cruz, isto é, da hora sexta à nona.
Para simbolizar isto, traçam-se três cruzes com as palavras: per ipsum, et cum ipso et in ipso (por ele, e com Ele e nEle).

8ª. A separação da alma e do corpo
É representada por duas cruzes feitas em seguida fora do cálice.

quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

O QUE PENSAR DOS "MISTÉRIOS LUMINOSOS"?

Salve Maria! 

Eu particularmente não rezo este mistério luminoso, mas minha intenção aqui não é querer estar acima de João Paulo II... longe disso, desejo apenas que os Católicos entendam as coisas como elas são, e enxerguem que esta "onda" modernista, verdadeiro tsunami dentro da Igreja, tem intenções pérfidas e maquiavélicas em seus objetivos!

Mistérios da Luz ou Luminosos?????

Numa quarta-feira do dia 16 de Outubro de 2002, o Papa João Paulo II publicou em sua carta apostólica Rosarium Virginis Mariae na qual decretou que Out/2002 até Out/2003 seria o ano do Rosário. Propôs também cinco(5) novos mistérios para meditação dos fiéis.

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Pintura: as 15 décadas do Rosário


É extremamente assustador testemunhar a que ponto chega as inovações pós conciliares, nem mesmo o Santo Rosário escapou dessa sede por "novidades"....!!!

Muitos desconhecem a conecção entre Rosário e os Salmos....

Assim como os 150 angélicos Salmos exaltam a Deus através de Davi, as 150 Ave Marias(Rosário) exaltam a Deus através da Virgem Maria.

Sei também que muitos do que seguiram a "sugestão" do Papa João Paulo II em adicionar um mistério ao Santo Rosário, não fizeram com a malícia de tentarem dissimular a forma correta(tradicional, de sempre) , e sim pela falta de informação vista tão costumariamente nos tempos pós conciliares.

Nos mistérios em si (Nascimento de Cristo, Casamento em Caná, Proclamação do Reinado, Transfiguração e Instituiçao da Eucaristia) não há nenhum problema; desde que os não fossem embutidos no Rosário, poderiam até mesmo ser uma boa meditação, mas no Rosário não!

O Rosário foi concebido nas mãos de São Domingos por Nossa Senhora e desde então sofreu sim um desenvolvimento orgânico(Ex: Segunda parte da Ave Maria), mas NUNCA NINGUÉM ousou mudar sua essência composta por 150 Ave Marias que correspondem aos 150 Salmos.

Ainda teríamos um outro problema, em Fátima, Nossa Senhora nos ordenou a rezar ao menos o Terço(50 Ave Marias) do Rosário(150 Ave Marias) diariamente.

Com essa "novidade" dos mistérios luminosos ou da luz teríamos 200 Ave Marias....E o que viria a ser um terço(1/3) de 200???

200 : 3 = 66.6

Ou seja, para obedecer Nossa Senhora de Fátima teríamos que rezar ao menos 66.6 Ave Marias, pois esse seria o novo número para se rezar o Terço. Não quero aqui afirmar que este número venha ter alguma relação demoníaca, mas não deixa de ser meio assutador. Adicionar mais essa novidade numa oração que por séculos foi mantida sua essência, seria como se afirmássemos que todos os Santos não rezaram o Terço ou o Rosário por completo, afinal, faltava-lhe "algo"...!
Mas.... Se tiveram a coragem e ousadia de mudar e/ou modernizar a própria Missa, os Sacramentos, o Catecismo, o Código de Direito Canônico etc..etc...etc... Por que haveriam de poupar o Santo Rosário???
Nossa Senhora de Fátima, rogai por nós.
Rezemos então pelo Clero e o fim do modernismo que nele se instalou em grandes números nas últimas décadas!

Fonte:http://santopapabentoxvi.blogspot.com.br/

terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

O que acontece quando um padre de Missa Nova aprende a Missa Tridentina

Por Rosa Kasper da Revista Regina
Traduzido por Allan L. Dos Santos
Pe. Paul Sumler na Missa Tridentina dominical.
Embora o Santo Sacrifício da Missa sempre foi o centro da vida sacerdotal do Padre Paul Sumler, a verdade é que ele não tinha pensado celebrar a Missa na Forma Extraordinária.. Isso é, até um Domingo quando John Morrell e Mark Holly da Sociedade da Missa em Latim de Beaumont, Texas, foram até o Padre perguntar-lhe se ele gostaria de celebrá-la.
Na época, eu estava me recuperando de uma cirurgia delicada, e por isso pedi-lhes que me retornassem a falar comigo sobre isso em quatro meses“, explicou o Pe. Sumler. “Então, de repente, me esqueci completamente deste breve encontro com eles, até que voltaram a falar sobre isso três meses e meio depois“.
Ele convidou o pessoal para almoçar com ele na casa paroquial, para que ele pudesse ouvir a sua história.
Na época eu estava perplexo a respeito do porque eles queriam a Missa em Latim, mas eu estava querendo ouvir suas razões”, adicionou o sacerdote. “Foram quase duas horas de reunião durante o almoço, enquanto eles falavam e eu perguntava uma pergunta após outra. Disseram-me que tinham pedido a vários padres na Diocese Beaumont e cada sacerdote dava inúmeras razões para não querer oferecer a Missa Tradicional em Latim“.
Padre Sumler descreve seu tempo com a Fraternidade Sacerdotal de São Pedro (FSSP) no Seminário de Nossa Senhora de Guadalupe como um “campo de treinamento espiritual”.
Eu estava perplexo a respeito de porque eles queriam uma missa em latim, mas eu estava disposto a ouvir as suas razões. Depois que eles saíram, eu me perguntava no que eu tinha me metido!
Impressionado com a maneira deles de se expressarem, numa espiritualidade autenticamente Católica e com um amor à Igreja, o Pe. Sumler disse aos dois jovens que, apesar de 50 anos antes de ter sido coroinha na Missa em latim, ele agora estaria começando do zero, se ele devesse oferecer esta Missa.
Como se pode ver, a Sociedade da Missa em Latim cobriu as despesas das oficinas de formação, incluindo as despesas de viagem, em Junho de 2011, e o sacerdote passou cinco dias com a Fraternidade Sacerdotal de São Pedro (FSSP), no Seminário de  Nossa Senhora de Guadalupe, Denton, Nebraska, EUA, sob o auxílio do Pe. Joseph Lee.
O Pe. Sumler descreve o tempo como um “campo de treinamento espiritual“, com oito horas e meia por dia durante cinco dias seguidos. Ele ofereceu a sua primeira Missa Dominical não cantada um mês depois. Em seguida, ele participou de uma oficina de capacitação para a Missa cantada, em 2012. Desde então, tem oferecido Missa cantada todos os domingos, às 9h30.
Um pequeno número de paroquianos atendem à Missa na Forma Extraordinária, explica o Pe. Sumler, mas a maioria vêm de várias partes da Diocese de Beaumont, muitos jovens, inclusive, e várias famílias de homeschooling [N.dT.: É comum no meio tradicional e mesmo o conservador, ainda que não seja Católico, que as famílias ensinem os filhos em casa].
Graças aos Padres Agostinianos, os quais pastorearam minha paróquia por 60 anos, eu herdei uma bela Igreja“, observa o Pe. Sumler. “Durante o meu período de pároco, nós tivemos um renovado número de amáveis imagens, as quais recolocamos na Igreja, para a grande alegria das pessoas. O interior é muito bonito e propício à oração. O Rosário é rezado antes de cada missa aos domingos“.
Pe. Sumler descreve seus fiéis de Missa Tridentina como espiritualidade profunda, católicos comprometidos, e de uma grande integridade na fé, a qual é tão danificada por abusos litúrgicos tão comuns em muitas paróquias de Missa Nova.
O impacto espiritual da Forma Extraordinária tem tido um maior impacto em mim também“, frisa o Pe. Sumler. ”Aprendi a deixar Jesus dizer a Missa, eu não preciso me preocupar mais se eu estou prendendo a atenção das pessoas. Jesus, por meio da Missa e dos gestos litúrgicos, pode falar por Si mesmo, e as pessoas não têm qualquer necessidade de minhas inovações“.
Eu não posso imaginar minha vida sem esta bela Missa! Além da Missa cantada de Domingo, eu ofereço uma Missa rezada de terça a sexta-feira às 12:10” Pe. Sumler conclui. “Eu vou estar sempre em débito por ter encontrando John Morrell e Mark Holly. Para eles eu digo ‘obrigado’! ”.

Fonte:http://allanlopesdossantos.com/

sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014

O que é um tradicionalista?


O Tradicionalismo é uma Afirmação.

A pequena aldeia de Villatalla, na diocese italiana de Albenga-Imperia, onde os Beneditinos da Imaculada vivem e onde o pequeno campanário ainda convoca as pessoas para assistir à Missa Tradicional em Latim.
A pequena aldeia de Villatalla, na diocese italiana de Albenga-Imperia, onde os Beneditinos da Imaculada vivem e onde o pequeno campanário ainda convoca as pessoas para assistir à Missa Tradicional em Latim.
Uma das coisas mais importantes que uma pessoa tem é a identidade. Isso explica porque os nomes são tão importantes para nós. Adão recebeu poder para designar as coisas no Jardim do Édem, mostrando que ele tinha domínio sobre o restante da criação, incluindo Eva, a quem nomeou. Quando uma criança descobre que um grande animal de olhar estranho tem um nome, ela encontra conforto neste fato, e se o papai pode identificá-lo, a coisa não deve ser tão terrível. Ela é conhecida.
Os católicos tradicionais, ou tradicionalistas, designam a si mesmos dessa forma por causa de sua adesão às tradições da Igreja; uma vez que eles o fazem em vista do abandono em larga escala daquelas tradições por parte da hierarquia, assim como clero e fiéis, este é o motivo pelo qual a expressão “católicos” nem sempre é suficiente, embora devesse ser. Além desse conceito muito genérico do que é o tradicionalismo, há compreensões múltiplas e discrepantes do que exatamente define a identidade do tradicionalista. Evitando um dogmatismo rígido onde a Igreja não nos deu ainda uma definição dogmática — precisamos estar preparados para morrer pelo dogma católico, porém não por nossas próprias opiniões — gostaria de considerar o que o tradicionalismo é em sua essência.
O contraste clareia a mente, então começarei com o que o tradicionalismo não é. O tradicionalismo não é uma negação. Ele não é uma recusa. Ele não é um apontar de dedos seguido de “você está errado!”. Existe um nome para essa ideologia: protestantismo. O protestantismo não é um conteúdo, mas sim um anti-conteúdo. Ele não é uma afirmação, mas sim uma negação.
Certamente, o católico deve concordar com as condenações da Igreja, bem como com as suas definições, mas uma existência de condenação é contingente a duas coisas: a verdade que veio primeiro, e um erro que nega a verdade. Em outras palavras, uma condenação, embora boa e necessária, somente surge porque algum vilão (talvez o próprio Satanás) elaborou uma negação da verdade de Deus. Mas a verdade de Deus chegou primeiro.
Os textos do Concílio de Trento nos dão uma ilustração disso. Trento afirma a verdade católica em seus decretos, que são textos comparativamente longos que explicam a doutrina católica em detalhes. Ao final daqueles decretos de rico conteúdo, em seguida, o Concílio condena os diversos erros em seus breves cânones.
Assim, a curta resposta à pergunta referente à identidade do tradicionalista é que ele é um católico que afirma as verdades dogmáticas, os ensinamentos morais e às tradições litúrgicas da Igreja. Isso é substancial e primário. O fato de agir assim em face de oposição, não somente do mundo, mas de outras pessoas que se chamam católicos, é secundário e acidental. Não vamos inverter a ordem, se não permitiremos que o inimigo imponha a nossa identidade.
Uma palavra sobre a busca por uma identidade: acredito que isso seja algo muito moderno, um produto da falta de raízes da cultura moderna, que nos serve a partir de nossas tradições, nossa terra e nossa gente. A modernidade nos homogeneíza, efetivamente desenraizando costumes e culturas locais. O católico é um membro da Igreja universal, mas ele não é um cidadão do universo por causa disso. Ele está localizado, e seu encontro com a Fé está no contexto de lugar, idioma e costume. Um católico do século quatorze na França e seu correligionário do quarto século no Egito possuíam a mesma fé, moral e religião (com padres, bispos, Missa, sacramentos, etc.), mas a variedade de idioma, ritual e costume era grande.
Isso é como deveria ser. Recebemos a fé em nível local. Nós a vivemos em nossas famílias. Nós a pronunciamos em nossos idiomas. Nós a praticamos no prédio daquela igreja, com as pessoas daquela comunidade. (A noção italiana de campanirismo e a concepção Carlista de fueros são expressões culturais e políticas dessa realidade.) A vivência da fé verdadeira é o que produz uma cultura católica, e essa cultura é o que deve impressionar por si mesma nossos jovens, formando as suas convicções, inspirando as suas ações, comandando as suas reações. Uma identidade – genuína, em todo caso – é formada dessa maneira orgânica. Nós não as colocamos e retiramos como um aluno de faculdade indeciso faz com sua carreira universitária. Isso é o que o homem moderno, sem raízes e sem descanso, faz, e essa é uma das causas de sua insanidade.
Em nossos dias, é claro, a Fé não está sendo vivida em lugares onde habitualmente estava. Os campanários italianos, que proporcionam àqueles que os ouvem um sentido de lar, ainda soam, mas freqüentemente anunciam o oferecimento de uma liturgia bizarra, a pregação de uma doutrina aguada e uma religiosidade de conformidade aos padrões do mundo. Assim, o campanirismo, “espírito do campanário”, não representa totalmente o que fazia outrora. E isso vale para outros lugares na Igreja universal. Assim, essa é a razão pela qual os tradicionalistas viajam, às vezes grandes distâncias, para ouvir uma Missa tradicional, com a catequese e a cultura que a acompanham.
Mas ainda podemos fazer muito para viver a Fé em nossas famílias e nossas comunidades. Ao fazê-lo, devemos resistir à tentação de transformar o tradicionalismo em uma ideologia, uma reação ou uma negação do que as outras pessoas fazem. O tradicionalismo é aquilo que somos, aquilo que sabemos, e aquilo que fazemos. Aqui, então, catalogaremos algumas das coisas que os tradicionalistas afirmam ou devem afirmar:
Afirmamos o credo católico em toda a sua integridade.
Afirmamos que a Igreja Católica é a única esposa de Cristo, e que a sua Fé e a sua religião são os únicos caminhos divinamente revelados para se acreditar e servir ao Deus vivo. Conseqüentemente, a Igreja Católica é o único caminho para a salvação.
Afirmamos que a verdade divina é atacada por inimigos da Igreja de Deus, e que os fiéis devem “pelejar pela fé, confiada de uma vez para sempre aos santos.” (Judas 1, 3).
Afirmamos a constituição sobrenatural da Igreja, a hierarquia natural da família e o domínio de Cristo Rei na sociedade. Na medida de nossas possibilidades, trabalharemos para preservar ou restaurar essas coisas em nossas próprias famílias e comunidades; porque o mundo, a carne e o demônio estão minando esta ordem estabelecida por Deus.
Afirmamos que o louvor público de Deus pela Igreja e sua liturgia nos foram entregues com grande cuidado por nossos pais na Fé. Isso foi feito em uma bela variedade de ritos. É errôneo jogar fora esses tesouros de séculos de desenvolvimento cuidadoso sob a proteção do Espírito Santo. Assim, nós os praticaremos, honraremos, amaremos e ensinaremos aos nossos filhos.
A resposta autêntica ao mal é uma vida de virtude e santidade cristã, que nada mais é do que a resposta fiel à vocação básica (o chamado batismal à santidade), vivida de acordo com o modo da “vocação secundária” (ou seja, sacerdócio, vida religiosa, matrimônio, o celibato no mundo).
Há muita coisa obscura e má na vida, mas se optarmos por permitir a nós mesmos sermos consumados por essas coisas, então, que vergonha. São Paulo observa que o que perdemos em Adão é muitíssimo superado por aquilo que ganhamos em Cristo (cf. Romanos 5: 15 seg.). Não é necessário ter Fé para ver a maldade e o desespero; eles são óbvios demais aos sentidos. A grande maravilha é a quantidade de bem que realmente existe, e para ver isso é necessário ter Fé: a água regenerando pecadores como filhos de Deus e herdeiros do Céu, o Próprio Deus descendo em nossos altares nas aparências de pão e vinho, o Evangelho sendo pregado aos pobres.
E o próprio Evangelho, Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo! Esta é a “Boa Nova”: Boa, porque procede do bom Deus, e nova, porque precisa ser dita.
Temos um tesouro na liturgia tradicional da Igreja. Também temos grandes comentários sobre ela, nenhum melhor do que o Ano Litúrgico de Dom Gueranger. Também temos a Sagrada Escritura, os escritos dos Padres e Doutores, e os grandes monumentos intelectuais e artísticos da cultura católica que nasceram com as sociedades cristãs. Tudo o que temos, mais o Próprio Deus, os Anjos, os Santos, e a promessa de glória futura se perseverarmos! E não nos esqueçamos que temos Nossa Senhora, a Causa de Toda a nossa Alegria.
Se, com tudo isso, precisarmos sair em busca de uma identidade, ou defini-la em termos puramente negativos contra alguma outra classe de pessoas, então, realmente, não temos idéia alguma sobre o que seja a Tradição.

sábado, 1 de fevereiro de 2014

A Beatitude Imultável a a Cádetra de São Pedro

  • Jesus e Pedro
Alberto Carlos Rosa Ferreira das Neves Cabral
Escutemos o Papa Pio XI, em excertos da sua encíclica “Ubi Arcano,” promulgada em 23 de Dezembro de 1922:
«À Paz de Cristo, que filha da Caridade reside no mais íntimo da alma, é aplicável a Palavra de São Paulo sobre o Reino de Deus, porque é precisamente pela Caridade que Deus reina nas almas:”O Reino de Deus não é comida nem bebida”(Rom 14,17). Por outras palavras, a Paz de Cristo não se alimenta de bens perecíveis, e sim das realidades espirituais e eternas, cuja excelência e superioridade o mesmo Jesus Cristo revelou ao mundo, e não cessou de mostrar aos homens. Neste sentido é que Ele dizia:”Que aproveita ao homem ganhar o mundo inteiro, se vier a perder a sua alma? Ou que dará o homem pelo resgate da sua alma? (Mt 16,26)
Desta maneira indicou ainda a perseverança e firmeza de que deve estar animado o cristão. “Não temais os que matam o corpo e não podem matar a alma; temei antes Aquele que pode perder o corpo e a alma na Gehena (Mt 10,28 // Lc 12,14).
Já mostramos que uma das principais causas do caos em que vivemos reside na diminuição da autoridade do Direito, provocada pela negação da origem Divina do Direito e do Poder. Este mal também encontrará o seu remédio na Paz cristã que se identifica com a Paz Divina e por isso prescreve o respeito à ordem, à lei, e à autoridade. Lemos, na verdade, na Escritura:”Conservai a disciplina na Paz”(Eclo 41,17). “A Paz cumula de bens àqueles que amam a Tua Lei, Senhor”(Sm 118,155). “O que respeita a Lei viverá em Paz” (Pr 13,13). Nosso Senhor Jesus Cristo não se limitou a dizer: “Dai a César o que é de César e a Deus o que é de Deus”(Mt 22,21), mas afirmou que reverenciava em Pilatos “o poder que lhe havia sido dado do Alto”(Jo 19,11), cumprindo assim o mandato que tinha dado aos discípulos de respeitar “os escribas e fariseus que se haviam sentado na Cátedra de Moisés”(Mt 23,2). Na Sua família, Nosso Senhor Jesus Cristo foi de uma deferência admirável para com a autoridade paterna, submetendo-se, como exemplo a Maria e a José (Lc 2,51). Foi, por fim, em Seu Nome que os Apóstolos proclamaram a Lei: “Seja todo o homem submetido às autoridades superiores, porque não há poder que não venha de Deus”(Rm 13,1).»
Todos os inimigos históricos da Santa Madre Igreja, todos aqueles que desde há cinco séculos conspiram, activamente, organizadamente para a destruírem como realidade social e cultural, prosseguiram tenazmente, diabolicamente, o objectivo, nestes últimos 50 anos plenamente conseguido, de fazer a Igreja contradizer-se, ou PARECER CONTRADIZER-SE (porque a Igreja conciliar não é a Santa Madre Igreja, mas sim uma sucursal da maçonaria); efectivamente os maçons bem sabem que UMA INSTITUIÇÃO QUE SE CONTRADIZ NÃO PODE SER DIVINA; consequentemente, no dia em que lograssem tal escopo, os maçons sabiam que conseguiriam (humanamente) tudo.
Todos os não-católicos odeiam o conceito de Imutabilidade; particularmente os modernistas, essencialmente limitados como estão por uma perspectiva humana e terrena das coisas, nutrem um verdadeiro horror pela Imutabilidade, que lhes provoca uma irreprimível sensação do mais angustiante tédio – AO QUE PODE CHEGAR O AFASTAMENTO DE DEUS NOSSO SENHOR!!!
Ora a Imutabilidade constitui um atributo de Deus; efectivamente, quanto mais uno, mais verdadeiro, mais bondoso for um ser, precisamente, mais imutável ele será. Os Anjos são relativamente imutáveis, no plano ontológico, pois enquanto durar o mundo visível possuem o ministério do seu governo, sob as ordens de Deus Uno e Trino, o que implica uma mutabilidade extrínseca. A Eternidade beatífica de Anjos e Homens é verdadeiramente imutável no plano ontológico, pois participa formalmente da Eternidade de Deus, mas só Este é METAFISICAMENTE IMUTÁVEL, pois não tem princípio nem fim, nem potencialidade alguma, pois É por Si mesmo (Asseidade).
Para o verdadeiro católico os conceitos de Imutabilidade, como de Eternidade, não só não devem constituir qualquer fonte de tédio, como devem ser ADORADOS como A INFINITA LUZ DONDE DEVE PROCEDER A NOSSA SALVAÇÃO, A NOSSA SANTIDADE. Só nos podemos santificar pela Verdade, pelo amor Sobrenatural à Verdade, que é a Caridade; ora se a Verdade é a Verdade, se a Bondade é a Bondade, se a Santidade é a Santidade, QUEM PODERÁ QUERER ALTERÁ-LAS? QUEM PODERÁ QUERER DIMINUÍ-LAS? QUEM PODERÁ QUERER PERDÊ-LAS? LOUCURA! ABSURDO! SUICÍDIO ESPIRITUAL E ATÉ FÍSICO!
Todavia também existe uma imutabilidade no mal; qual é? É O INFERNO. Neste quadro conceptual, tudo o que é definitivamente verdadeiro e bom é tendencialmente eterno e imutável. Mas o castigo escatológico do Mal é igualmente imutável – na suprema privação, no supremo sofrimento. O Inferno constitui a anti-beatitude, a estabilização definitiva, eterna, no Mal e respectivo castigo, pois que a Glória extrínseca de Deus não pode sofrer atenuação. Ora a Glória extrínseca de Deus é proclamada polo castigo eterno dos maus, logo esse castigo constitui um Bem objectivo, portanto, como Bem que é, deverá, necessariamente, ser imutável.
Todavia, neste mundo, a progressiva estabilização no Mal difere acentuadamente da estabilização no Bem.
A primeira consubstancia-se numa procura inveterada e diversificada de estímulos, PORTANTO NUMA CADA VEZ MAIOR MUTABILIDADE OPERATIVA, procedente da anarquia interior; a segunda procede segundo uma progressiva UNIFICAÇÃO, SOBRIEDADE E SIMPLICIDADE OPERATIVA, SEGUNDO UM SÓ PRINCÍPIO, IMUTÁVEL, QUE É A FÉ CATÓLICA.
O modernismo combate o tédio com a evolução, com o relativismo, PORQUE FALHOU O SER. Porque o Mal não é uma natureza, o Mal consiste precisamente na corrosão do Ser pelo nada; tal resulta do facto da criatura espiritual operar sem o CONCURSO ILUSTRADOR da Lei Eterna; o Mal é pois uma PRIVAÇÃO QUALIFICADA DE SER. Porque mesmo quando a criatura espiritual transcura operativamente a sua finalidade fundamental, CONTINUA, ONTOLOGICAMENTE, SENDO CRIATURA, TENDENDO, METAFISICAMENTE, PARA O SEU CRIADOR. Aliás, é essa mesma dignidade ontológica, de ente criado por Deus, que EXIGE O CASTIGO ETERNO.
A Santa Madre Igreja, a Igreja Eterna, é imutável, é imutável na Sua Pessoa Moral de Direito Divino, no Santo Sacrifício da Missa, no Depósito da Fé, no Sagrado Magistério, nos santos Sacramentos… e nas prerrogativas funcionais da Cátedra de São Pedro. Como já se afirmou, este orgão supremo da Santa Madre Igreja goza duma assistência moral especial, de carácter não milagroso, que impede o Papa, enquanto Papa, de se obstinar na heresia, mesmo puramente interior, não directamente para salvaguardar a Fé e a santidade do homem Papa, mas sim para assegurar o Bem da Santa Madre Igreja, na integridade da função papal; essa assistência foi prometida, solene e formalmente, por Nosso Senhor Jesus Cristo, com carácter intrínseco, infalível e imutável, ou seja: QUEM FOI PAPA NUNCA PODE DEIXAR DE O SER POR HERESIA, EMBORA POSSA CONFUNDIR-SE E FRAQUEJAR NA DEFESA DA FÉ (Lc 22,32). Todavia nunca foi prometido por Nosso Senhor que a Cátedra de São Pedro estivesse imune A ATAQUES EXTRÍNSECOS que possuíssem como objectivo a introdução no redil de Nosso Senhor, de impostores, de usurpadores e de ladrões disfarçados de Papas. E FOI PRECISAMENTE O QUE SUCEDEU, PARA CASTIGO DOS NOSSOS PECADOS, APÓS A MORTE DE PIO XII: Roncalli, Montini, Wojtyla, Ratzinger, Bergoglio, não perderam o pontificado, PORQUE NUNCA O TIVERAM. (1)
Não menciono Albino Luciani (João Paulo I) porque constitui uma hipótese séria, o seu assassínio pela maçonaria vaticana quando esta lhe terá detectado as disposições necessárias para se comportar como um verdadeiro sucessor de São Pedro.