segunda-feira, 29 de setembro de 2014

Notificação do Cardeal Siri sobre o Uso de calças pelas mulheres


Notificação concernente às mulheres que vestem roupas de homem [1]

Giuseppe Cardial Siri

Genova, 12 Junho de 1960

Ao Reverendo Clero,

A todas as Religiosas professoras 

Aos queridos filhos da Ação Católica, 

Aos educadores que desejam seguir verdadeiramente a Doutrina Cristã [2]



I. O primeiro sinal da nossa primavera tardia indica certo aumento, este ano, do uso das vestes masculinas por mulheres, jovens e até mesmo por mães de família. Até 1959, em Genova, este tipo de veste significava que a pessoa era uma turista, mas agora parece que há um número significativo de garotas e mulheres da mesma Genova que escolhem, ao menos em viagens de lazer, vestir calças de homem.

A evolução deste comportamento nos obriga a refletir seriamente, e nós pedimos a quem esta notificação vai dirigida dar toda a atenção que este problema merece, como é próprio das pessoas que estão conscientes de ser responsáveis frente a Deus.

Nós pretendemos acima de tudo fazer um juízo moral equilibrado sobre o uso de roupas masculinas pelas mulheres. De fato nossa reflexão só pode estar fundamentada sobre a questão moral. [3]

Em primeiro lugar, quando a questão é cobrir o corpo feminino, não se pode dizer que o uso de roupas masculinas pelas mulheres seja uma grave ofensa contra a modéstia, pois as calças certamente cobrem mais do corpo da mulher que as saias das mulheres modernas.

No entanto, as vestes para serem modestas não necessitam apenas cobrir o corpo, e tampouco devem estar coladas ao corpo. [4] É verdade que muitas roupas femininas colam mais do que muitas calças, mas as calças podem ser feitas para apertarem mais, e de fato geralmente apertam. Por isso, este tipo de roupa, colada ao corpo, nos dão a mesma preocupação quanto às roupas que expõem o corpo. Então a imodéstia das calças masculinas no corpo feminino é um aspecto do problema que não pode ser deixado sem uma observação geral sobre elas, ainda que não deva ser superficialmente exagerado também.

II. No entanto, outro aspecto das mulheres vestindo calças nos parece ser o mais grave. [5] O uso de vestes masculinas por parte das mulheres afeta primeiramente à própria mulher, causado pela mudança da psicologia feminina própria da mulher; em segundo lugar afeta a mulher como esposa do seu marido, por tender a viciar a relação entres os sexos; e em terceiro lugar como mãe de suas crianças, ferindo sua dignidade ante seus olhos. Cada um destes pontos deverá ser cuidadosamente considerado:

A. A Roupa Masculina Muda a Psicologia da Mulher

Na verdade, o motivo que leva a mulher a usar roupa de homem é o de imitar, e não somente isso, mas o de competir com o homem, que é considerado o mais forte, mais livre, mais independente. Esta motivação mostra claramente que a roupa masculina é a ajuda visível para trazer uma atitude mental de ser “igual ao homem" [6] Em segundo lugar, desde que o ser humano existe, a roupa que uma pessoa usa modifica seus gestos, atitudes e o comportamento, a tal ponto que só pelo fato de se usar uma determinada roupa, o vestir chega a impor um estado de ânimo especial em seu interior.

Permita-nos acrescentar que, uma mulher que sempre veste roupas de homem, indica que ela está reagindo à sua feminilidade como se fosse algo inferior, quando na verdade é só diversidade. A perversão de sua psicologia é claramente evidente. [7]

Estas razões, somadas com muitas outras, são suficientes para nos alertar o quão equivocado elas são conduzidas a pensar ao se vestir com roupas de homens.

quarta-feira, 24 de setembro de 2014

Os 26 mártires de Nagasaki: grande flash da história japonesa

Mártires do Japão, Escola Portuguesa, séc. XVII-XVIII, Col. Arq. João Teixeira
Imagem: 
http://almascastelos.blogspot.com.br/2010/08/mais-duas-criancas-martires-do-japao.html
A Providência Divina não pode ficar indiferente a um dos mais heróicos martírios coletivos da História da Igreja. O sangue dos mártires de Nagasaki poderá ainda dar frutos magníficos de conversão num solo hoje ressecado pelo materialismo pagão
Oscar Makoto
A evangelização do Japão teve início em 15 de agosto de 1549, quando São Francisco Xavier pisou pela primeira vez o solo nipônico, e começou a perfumar o Império do Sol Nascente com o odor de suas virtudes e dons admiráveis.
Os missionários jesuítas empreenderam com vigor e coragem a obra da salvação dos gentios japoneses. Empolgantes lances, cruciais situações, conversões espetaculares, dolorosas decepções acompanharam passo a passo aqueles valentes soldados de Cristo nas terras nipônicas. E o resultado desse heróico esforço e desse abnegado amor a Jesus Cristo não se fez esperar. Milhares de conversões se deram em menos de meio século.
Mas, em 1597, a História registra a crucifixão de 26 desses convertidos, que se tornaram conhecidos como os mártires de  Nagasaki, primícias abençoadas da evangelização do Japão. Vejamos como aconteceu este memorável e trágico fato histórico, glória da  Cristandade Nipônica.
Após o Tabor das conversões, começa o Calvário da perseguição
Enquanto progredia a obra da conversão dos gentios, o Império do Sol Nascente encontrava-se em  guerra civil. Sua reunificação, iniciada por um senhor feudal chamado Nobunaga, estava em processo de consolidação. Mas, com a súbita morte deste, seu continuador, Hideyoshi, converteu-se posteriormente num verdadeiro déspota, esmagando seus adversários pela força das armas, e reunificando quase totalmente o Império nipônico sob o poder militar.
No início de seu governo, Hideyoshi não perseguiu os católicos. Porém, com o passar do tempo, percebeu que seus vassalos convertidos ao catolicismo -- muitos dos quais ocupavam lugar de destaque em seu exército -- eram um empecilho para a realização de seus desígnios ditatoriais; e que a lei de Deus era um obstáculo para os seus desmandos morais.
Assim, em 1587, assinou um decreto de expulsão dos missionários, o que não chegou a se consumar devido às medidas de prudência tomadas pelos jesuítas.
Nesse ínterim, começaram a chegar outros missionários vindos das Filipinas, que intensificaram ainda mais a obra de evangelização. Infelizmente o ambiente político estava tremendamente perturbado por intrigas, cobiças comerciais e maquinações dos inimigos da Religião cristã.

quarta-feira, 17 de setembro de 2014

RCC: listando alguns erros


1º – Oração de línguas ininteligíveis 
1.1 Chamar isso de dom;
1.2 Ligar este pseudo-dom ao Dom de Línguas em Pentecostes (diga-se de passagem, inteligível);
1.3 Deturpar o dom de Pentecostes para que se assemelhe ao pseudo-dom praticado atualmente.
2º – Repouso no espírito 
2.1 Afirmar que esse negócio é ação do Espírito Santo assemelhando-o aos êxtases de alguns santos;
2.2 Os êxtases que ***alguns*** santos tiveram foram extraordinários tanto em quantidade de vezes de êxtases quanto em quantidade de santos (salvo exceções). O da RCC é ordinário e ordinário;
2.3 Os tais “beneficiados” com estes eventos não têm nem uma fama ou atitudes de santidade. Prova: EU!
2.4 É sempre ocorrido em locais de música, iluminação, ruídos (orações em línguas, orações de irmãos sobre você, etc) que amortecem nossos sentidos e emocional propiciando a ocorrência do tal repouso com práticas semelhantes ao xamanismo.
2.5 Nos diz Santa Terezinha de Jesus: “[a] alma nada tem a ganhar com estes desfalecimentos do corpo…Aconselho, pois, às prioresas, que condenem esses longos desmaios” (Les Études Carméllitaines, p. 38, Ed. Desclée de Brouwer, Paris)”
3º Profecias 
3.1 Em orações são profetizadas coisas a torto e a direito, tudo “em Nome do Senhor” ou “O Senhor está dizendo” ou ainda “O Senhor nos diz” e etc. e tal;
3.2 São atribuídas a estas revelações autoridade da própria Escritura. Lembro-me que em um G.O. o então coordenador lia as “revelações” do ministério de intercessão (nacional) e dizendo que aquilo era como se fosse uma Carta Paulina para nós!
3.3 Muitos se julgam profetas e acham que receberam este dom que agora é ordinário neles. Ou seja, exercem o ofício de profeta mesmo.
3.4 E ainda Santa Terezinha nos diz: “É evidente que a absoluta perfeição não consiste nas alegrias interiores, nem nos grandes êxtases, visões, nem no espírito da profecia. Consiste em tornar nossa vontade de tal modo conforme a de Deus, que abracemos de todo o coração o que cremos querido por ele e que aceitemos com a mesma alegria o que é amargo e o que é doce, desde que compreendamos que Sua Majestade o quer” (TERESA DE JESUS. Fundações, cap. 5, n.10)
4º Sola Scriptura – muito em voga na RCC
5º Sola Fidei – idem
6º Livre exame - também! (lembro-me de um colega, que é o atual coordenador da RCC em minha cidade natal, que para “discernir” se namorava ou não com uma garota abriu a Bíblia em um salmo, se não me engano o 107, e leu “não ouse tocar nos que me são consagrados” aí o cara pensou que a mina ia ser freira! Resultado: hoje ela namora com outro cara.)
7º Batismo no Espírito Santo 
7.1 Prega que todos devem ter;
7.2 Inicialmente assemelha-se ao Sacramento do Batismo;
7.3 Mas usurpa mesmo é a função do Sacramento do Crisma.
8º – Liturgia 
8.1 Toda a bagunça dos itens anteriores só que dentro da Missa…
8.2 …Mais a dança e o teatro, é claro, que não podem faltar.

Fonte:Moisés Gomes

terça-feira, 16 de setembro de 2014

“Pobres dos fiéis católicos que frequentam as Santas Missas em muitas de nossas igrejas…”

Dom Antonio Carlos Rossi Keller

“Pobres dos fiéis católicos que frequentam as Santas Missas em muitas de nossas igrejas… Submetidos tantas vezes às arbitrariedades de uma pseudo liturgia pautada por distorções, abusos, ridículas inserções de palmas, agitação de folhetos, danças, símbolos e mais símbolos que não simbolizam nada.

 Quanto abuso! Quanta arbitrariedade! Quanta falta de respeito não só para com Aquele para quem deveria dirigir-se a celebração, mas também para com os pobres fiéis que são obrigados a engolir esdrúxulas situações falsamente chamadas de ” inculturação litúrgica”, mas que na verdade revelam falta de fé ou a ignorância das mais elementares verdades da fé em relação à Eucaristia, à Presença Real e outras.

 Pobres fiéis guiados por alguns pastores que arrotam slogans fundados em um palavreado eivado de conceitos atribuídos ao malfadado “espírito do Concílio” que na verdade, de conciliar nada tem… Tal espírito passa longe daquilo que a Igreja de Cristo é e pretendeu favorecer com a reforma litúrgica. Pobres fiéis, forçados a ter de engolir o que destrói a fé, o que na prática nega a centralidade do Mistério de Cristo, poluindo-o com a tentativa de desfocar este Mistério através da inserção de conceitos ideologizados sobre Deus, o homem, a criação e tantas outras realidades.
A “nobre simplicidade” apregoada pelo Concílio transformou-se em desculpa para um “pobretismo” litúrgico que se expressa em despojamento do elementar, em relaxo, sujeira, descaso e outros defeitos. Dá-se à Liturgia, portanto a Deus, o que há de pior: no mínimo, o que é de gosto duvidoso.

Chegamos ao tempo em que quem obedece as Normas Litúrgicas é acusado de rubricista. Ai de quem ousar usar os paramentos prescritos pela legislação litúrgica vigente. No mínimo será caracterizado como “romano”, o que na visão de muitos é considerado como uma ofensa. E quem celebrar usando com fidelidade os livros litúrgicos, “dizendo o que está em letras pretas e fazendo o que está em letras vermelhas” será execrado pelos apregoadores do “autêntico espírito do Concílio”. Sinceramente, é preciso muita, mas muita fé mesmo para não deixar de acreditar que ‘as portas do inferno não prevalecerão’, como nos ensina Nosso Senhor.”
Dom Antonio Carlos Rossi Keller, bispo de Frederico Westphalen.

Fonte:http://www.bibliacatolica.com.br/

segunda-feira, 15 de setembro de 2014

Pensamentos Católicos contra os hereges.

CARDEAL "UNGIDO" POR UMA HEREGE
Cristão é meu nome e Católico é meu sobrenome. Um me designa, enquanto o outro me especifica. Um me distingue, o outro me designa. É por este sobrenome que nosso povo é distinguido dos que são chamados heréticos.”

São Paciano de Barcelona, Carta a Sympronian, 375 D.C.

Mantenha-se sempre do lado da Igreja Católica, porque só Ela pode lhe dar paz verdadeira, posto que só Ela possui Jesus no Santíssimo Sacramento, o verdadeiro Príncipe da Paz.” Santo Padre Pio…

“A Igreja Católica compreende seus antagonistas, seus antagonistas não entendem a Igreja Católica” Hilaire Belloc, As Grandes Heresias…

“Guias cegos! Filtrais um mosquito e engolis um camelo.” Mateus 23,24…

“A Fé Católica não ensina o que pensávamos que ensinava e A acusávamos inutilmente de fazê-lo”. Santo Agostinho, Confissões, 6,11, 400 A.D.


sábado, 13 de setembro de 2014

Músicas completas do filme São Pio de Pietrelcina



Padre Pio de Pietrelcina, nascido Francesco Forgione, OFM Cap (Pietrelcina, 25 de maio de 1887 — San Giovanni Rotondo, 23 de setembro de 1968) foi um sacerdote católico italiano, da Ordem dos Frades Menores Capuchinhos, elevado a santo pela Igreja Católica como São Pio de Pietrelcina.

Foi ainda em vida, de uma veneração popular de grandes proporções, principalmente por uma de suas capacidades de curar os enfermos. Saiba mais...

Canções:

01 - Casa sollievo - Paolo Buonvino.
02 - Fra' Camillo - Paolo Buonvino.
03 - Bilocazione - Paolo Buonvino.
04 - Dignitas - Paolo Buonvino.
05 - Grande Mistero - Paolo Buonvino.
06 - La corsa - Paolo Buonvino (Soundtrack).
07 - Lettere - Paolo Buonvino (Sel).
08 - Lettere - Paolo Buonvino.
09 - Primo miracolo - Paolo Buonvino.
10 - Riti di passaggio I - Paolo Buonvino.
11 - Riti di passaggio II - Paolo Buonvino.
12 - Riti di passaggio III - Paolo Buonvino.
13 - Secondo miracolo - Paolo Buonvino.
14 - Stimmate definitive - Paolo Buonvino.
15 - Stimmate invisibili I - Paolo Buonvino.
16 - Stimmate invisibili II - Paolo Buonvino.
17 - Ultima Messa - Paolo Buonvino.
18 - Vita nascosta - Paolo Buonvino.
19 - Visitatore - Paolo Buonvino (Soundtrack).
20 - Esorcismo - Paolo Buonvino.
21 - Vita eterna - Paolo Buonvino.
22 - Finale - Paolo Buonvino.

Para fazer o download clique aqui: Download Católico

Fonte:
http://www.apostoladosaopadrepio.com.br/

quinta-feira, 11 de setembro de 2014

Como evitar distrações na oração?

Santo Inácio de Loyola aconselha fazer o contrário do que a tentação sugere 

Quem se propõe a orar é constantemente tentado a adiar,
recortar, tornar rotina e – o pior de tudo – suprimir sua oração.

O diabo costuma sussurrar ao ouvido de quem quer orar: “Não, agora você tem muitas coisas para fazer, deixe isso para depois” (um depois que nunca chega). Ou se, por exemplo, a pessoa se propôs a orar meia hora, sente-se tentada a abandonar a oração depois de dez minutos, achando que já orou suficientemente, mais do que muitas outras pessoas.

Também surgem as distrações, a recordação do que se deixou pendente, ou se sente sono, a pessoa pode ser chamada, interrompida, o telefone pode tocar... Muitas coisas podem interromper a oração.

Cuidado: são tentações. Mas o que fazer nestes casos? Santo Inácio de Loyola aconselhava fazer o contrário do que a tentação sugere.

Por exemplo, se você decidiu orar meia hora, mas, depois de 15 minutos, já se vê tentado a terminar, proponha-se a orar não somente a meia hora, e sim 15 minuto a mais.

Ao agir assim, você conseguirá superar a tentação de recortar a oração e o tentador provavelmente não voltará a lhe apresentar este tipo de proposta.

Nunca se esqueça de que, em seu propósito de fazer oração, não basta enfrentar as circunstâncias do mundo e suas próprias emoções, mas também o demônio, que está muito interessado em fazer você deixar de orar, já que a oração traz muitos bons frutos.

São Pedro nos recorda: “Vosso adversário, o demônio, anda ao redor de vós como o leão que ruge, buscando a quem devorar” (1 Pedro 5, 8).

Diante da tentação, procure afiançar seu “sim” ao Senhor e dizer “não” à tentação.

Leve em consideração que, com a oração, acontece como com os alimentos: quando deixa de comer, a pessoa vai perdendo a fome, até morrer de inanição. Quando deixa a oração de lado, a pessoa vai perdendo a vontade de orar, até morrer espiritualmente.

Por isso, é importante superar esta tentação. Peça a Deus ajuda para orar e para lutar contra tudo o que atrapalha ou dificulta a sua oração.

Peça-lhe que o ajude a encontrar tempo; que lhe dê um coração bem disposto; que o livre do desânimo; enfim, que o ajude a defender seus momentos de encontro íntimo com Ele.

E confie em que Ele o ajudará!

“Bendito seja o Senhor, que ouviu a voz de minha súplica; 
nele confiou meu coração e fui socorrido.
O Senhor é a minha força e o meu escudo! 
Por isso meu coração exulta e o louvo com meu cântico.”
(Salmo 27, 6-7)

segunda-feira, 8 de setembro de 2014

Condenação da Igreja ao Papa Honório I como herético

Herege Honório I
III Concílio de Constantinopla (6º ecumênico): 7 nov. 680 – 16 set. 681

Na “Fides papae” do Liber diurnus Romanorum pontificum (fórmula 84 Codex Vaticanus) é apresentada, para ser professada, a seguinte condenação de Honório: “[Os padres conciliares] ligaram, todavia, os autores da nova doutrina, Sérgio e Pirro, ... juntamente com Honório, que fomentou suas distorcidas afirmações, ... com o vínculo do anátema perpétuo”. (Ed. H. Foerster [Bern 1958] 155 ad fol. 78v. Cf. os textos paralelos pp. 230 e 349)

Denzinger, 550-552:

Condenação dos monotelistas e do Papa Honório I

“Tendo examinado as cartas dogmáticas escritas por Sérgio, a seu tempo patriarca desta cidade imperial protegida por Deus, a Ciro, que então era bispo de Fásis, a Honório, que foi Papa da antiga Roma, bem como a carta com a qual este último, isto é, Honório, respondeu a Sérgio [cf. *487], e tendo constatado que não são conformes aos ensinamentos apostólicos e às definições dos santos concílios e de todos os ilustres santos Padres, e que ao contrário seguem as falsas doutrinas dos hereges, as refutamos todas e as abominamos como nocivas às almas.

Quanto àqueles cujas ímpias doutrinas rechaçamos, isto é, estes mesmos, julgamos que até os seus nomes devem ser banidos da santa Igreja de Deus; isto é, de Sérgio ... que ousou sustentar essa doutrina nos seus escritos; de Ciro de Alexandria, de Pirro, Paulo e Pedro, os quais também tiveram o encargo episcopal na sé desta cidade protegida por Deus e seguiram as doutrinas deles; e estas supracitadas pessoas, Agatão, o santíssimo e três vezes beatíssimo Papa da antiga Roma, as lembrou na carta ao ... imperador [*542-545] e as rechaçou por defenderem pensamentos contrários à nossa reta fé; e determinamos que sejam também submetidas ao anátema.

Concordamos em expulsar da santa Igreja de Deus e em submeter ao anátema também Honório, que foi Papa da antiga Roma, porque, ao examinar os escritos que ele enviou a Sérgio, constatamos que aderiu em tudo ao seu pensamento e confirmou as suas ímpias doutrinas.”

terça-feira, 2 de setembro de 2014

A verdade sobre o dom de línguas


“Achavam-se então em Jerusalém judeus piedosos de todas as nações que há debaixo do céu. Ouvindo aquele ruído, reuniu-se muita gente e maravilhava-se de que cada um os ouvia falar na sua própria língua. Profundamente impressionados, manifestavam a sua admiração: Não são, porventura, galileus todos estes que falam? Como então todos nós os ouvimos falar, cada um em… nossa própria língua materna? Partos, medos, elamitas; os que habitam a Macedônia, a Judéia, a Capadócia, o Ponto, a Ásia, a Frígia, a Panfília, o Egito e as províncias da Líbia próximas a Cirene; peregrinos romanos, judeus ou prosélitos, cretenses e árabes; ouvimo-los publicar em nossas línguas as maravilhas de Deus!” (At 2, 2-11)
Seria falar línguas estrangeiras REALMENTE EXISTENTES ou seriam sons aleatórios (como fazem os pentecostais)? Seriam talvez os dois ao mesmo tempo?
Como saber a verdade se existem tantas opiniões contrárias? Isso seria ou não uma legítima prática católica?
Eis o método:
1 – Analisar o que os primeiros cristãos e os reconhecidos historiadores disseram sobre o fenômeno.
2 – “QUOD UBIQUE, QUOD SEMPER, QUOD AB OMNIBUS – o que em toda parte, sempre e por todos foi ensinado, isso é católico”. São Vicente Lérins (Séc V) Comonitório.
Santo Agostinho, no século IV, disse que foi um fenômeno daquela época apenas, mas que passou!
"[...]Quem em nossos dias, espera que aqueles a quem são impostas as mãos para que recebam o Espírito Santo, devem portanto falar em línguas , saiba que esses sinais foram necessários para aquele tempo. Pois eles foram dados com o significado de que o Espírito seria derramado sobre os homens de todas as línguas, para demonstrar que o Evangelho de Deus seria proclamado em todas as línguas existentes sobre a Terra. Portanto o que aconteceu, aconteceu com esse significado e passou[...]”
Santo Agostinho (Séc IV) -Homilias em 1 Joao 6 10; NPNF2, v. 7, pp. 497-498.

segunda-feira, 1 de setembro de 2014

O pecado mortal e a heresia da papolatria

Por Dr. Andrew Mac Donald

PAPOLATRIA: PECADO MORTAL E HERESIA

Um fenômeno muito comum entre os assim-chamados "católicos" de hoje em dia é a papolatria, ou seja, a veneração desequilibrada à pessoa do papa tal como uma verdadeira adoração.  Daí o sufixo "latria".

A papolatria, além de pecado contra o 1º mandamento, é uma heresia, pois nega o livre-arbítrio do papa enquanto ser humano igual a todos nós, pois o papa só tem assistência do Espírito Santo quando se pronuncia ex cathedra.

Como declarado pelo Dr. Homero Johas no livro “A Autenticidade da Condenação de um Papa como Herético”:
São duas promessas distintas de Cristo: a de estar todos os dias com a Igreja e a feita a Pedro em favor de sua fé, enquanto pessoa pública e restrita ao Magistério supremo da Igreja (D.S. 3116). Aceitar livremente a fé da Sede Apostólica não retira o livre arbítrio do Romano Pontífice para renunciar livremente a essa fé. “O símbolo da fé é o fundamento firme e único” da Igreja (Trento, D.S. 1500).”
O papólatra simplesmente acha que o homem encarnando o papel de papa é um ser infalível em tudo: uma espécie de robô de Deus na terra cuja iluminação do Espírito Santo o impede de cair em pecados espirituais como a heresia, o cisma e a apostasia.

LIMITES DA INFALIBILIDADE DO PAPA

Em primeiro lugar, o papa não é infalível em tudo.  O poder de infalibilidade papal encontra limites que foram claramente demarcados pelo Concílio Vaticano I:
"1832. Esta Santa Sé sempre tem crido que no próprio primado Apostólico que o Romano Pontífice tem sobre toda a Igreja, está também incluído o supremo poder do magistério. O mesmo é confirmado também pelo uso constante da Igreja e pelos Concílios Ecumênicos, principalmente aqueles em que os Orientais se reuniam com os Ocidentais na união da fé e da caridade. (...) 1839. Por isso Nós, apegando-nos à Tradição recebida desde o início da fé cristã, para a glória de Deus, nosso Salvador, para exaltação da religião católica, e para a salvação dos povos cristãos, com a aprovação do Sagrado Concílio, ensinamos e definimos como dogma divinamente revelado que o Romano Pontífice, quando fala ex cathedra, isto é, quando, no desempenho do ministério de pastor e doutor de todos os cristãos, define com sua suprema autoridade apostólica alguma doutrina referente à fé e à moral para toda a Igreja, em virtude da assistência divina prometida a ele na pessoa de São Pedro, goza daquela infalibilidade com a qual Cristo quis munir a sua Igreja quando define alguma doutrina sobre a fé e a moral; e que, portanto, tais declarações do Romano Pontífice são por si mesmas, e não apenas em virtude do consenso da Igreja, irreformáveis."
Portanto, o papa é infalível em apenas duas ocasiões: (1) quando se pronuncia sobre doutrina de fé e moral de modo uniforme e constante pela Igreja e Concílios Ecumênicos ao longo do espaço e do tempo; (2) quando define uma doutrina referente à fé e à moral para toda a Igreja, no desempenho do ministério de pastor e doutor de todos os cristãos.

LIMITES DA OBEDIÊNCIA

Atualmente, o cuidado deveria ser redobrado em relação à obediência, pois notória a ausência de postura de papa dos “líderes” da seita conciliar, seguindo as tendências globalistas da religião do Anticristo, consistente na fusão de religiões pelo falso ecumenismo e toda a promiscuidade a ele inerente.  Com efeito, os falsos papas da seita conciliar quebram normas tradicionais da Igreja e mesmo dogmas, como se o papa estivesse acima da lei divina.  Nisso se vê como o papólatra além de tudo é tolo por estar alheio às tendências, e como sua obediência não é humana, mas canina...