terça-feira, 19 de novembro de 2019
terça-feira, 12 de novembro de 2019
A mulher, o trabalho e a família
Quem diz família diz lar; quem diz lar diz atmosfera moral e economia própria – economia mista de consumo e de produção. O trabalho da mulher fora do lar desagrega este, separa os membros da família, torna-os estranhos uns aos outros. Desaparece a vida em comum, sofre a obra educativa das crianças, diminui o número destas; e com o mau ou impossível funcionamento da economia doméstica, no arranjo da casa, no preparo da alimentação e do vestuário, verifica-se uma perda importante, raro materialmente compensada pelo salário recebido. Por vezes perde-se de vista a importância dos factores morais no rendimento do trabalho. O excesso da mecânica que aproveita o braço leva a desinteressar-se da disposição interior. Em todo o caso continua exacto ainda hoje, na maior parte da produção, que a alegria, a boa disposição, a felicidade de viver, constituem energias que elevam a qualidade e a quantidade do trabalho produzido. A família é a mais pura fonte dos factores morais da produção.
António de Oliveira Salazar, discurso de 16 de Março de 1933.
Fonte: https://accao-integral.blogspot.com
segunda-feira, 11 de novembro de 2019
Novena pelas Almas do Purgatório
Orações iniciais para todos os dias da novena:
Acto de Contrição
Senhor Jesus Cristo, verdadeiro Deus e verdadeiro Homem, Criador e Redentor meu, em quem firmemente creio e espero e a Quem amo mais que a mim mesmo, mais do que todas as coisas; pesa-me, Senhor, de todo o meu coração por vos ter ofendido. Por serdes Vós quem sois tão bom, santo, amável e adorável; pesa-me também, porque com os meus pecados tenho merecido as penas do Purgatório, e, quem sabe, se também os tormentos eternos do Inferno. Proponho, ajudado com a Vossa graça, nunca mais pecar, fugir de todas as ocasiões de ofender-Vos, confessar-me, corrigir e emendar os meus erros e perseverar até à morte na Vossa amizade. Peço-vos, meu Deus, esta graça, pelo amor que tendes às benditas Almas do Purgatório, pelos méritos da Vossa paixão e pelas dores da Vossa aflictíssima Mãe. Ámen.
quinta-feira, 7 de novembro de 2019
A brevidade da vida - Santo Afonso Maria de Ligório
"Quae este vita vestra? Vapor modicum parens." (Jac 4, 15)
"O que é a vossa vida? Um fumo que aparece num momento" (Tg 4, 15)
"O que é a vossa vida? Um fumo que aparece num momento" (Tg 4, 15)
Ó que é a vida humana! O Espírito Santo compara-a a um fumo que se dissipa ao menor sopro e que não volta. Ninguém ignora que há-de morrer, mas a ilusão dum grande número é imaginarem a morte tão afastada que quase se lhes afigura que não vem.
É um grande erro. Job nos adverte que a vida humana é curta: "O homem — diz ele — vive pouco tempo... é semelhante à flor que apenas desabrocha é calcada aos pés": Homo brevi vivens tempore, quasi flos egreditur et conteritur (Job 14, 1).
A Isaías mandou o Senhor que pregasse a mesma verdade: "Levanta a tua voz e clama; Toda a carne é erva... Em verdade a humanidade não é senão feno; seca-se a erva e cai a sua flor" : Clama... Omnis caro fenum... Vere fenum est populus; eacsiccatum est fenum, et cecídit fios (Is. 40, 6). Um pecíolo de erva, eis o que parece ser a vida do homem; vem a morte e faz secar essa erva, corta o fio da nossa vida, e lá cai a flor do alto de toda a grandeza e de todas as vantagens mundanas.
"Passaram os meus dias mais velozes que um correio": Dies mei veloctores ,fuerunt cursore (Job, 9, 25). Vem para nós a morte mais rápida que nenhum correio, e nós corremos sem parar ao encontro da morte. Cada um dos nossos passos, cada urna das nossas respirações nos aproxima dela. "O momento em que vos escrevo" - dizia S. Jerónimo - "é diminuído à minha vida", é mais um passo para a morte. "Todos morremos e corremos pela terra, como águas que não retrocedem mais": Ornnes morimur, et quasi aquae clilabimur ia terram, quae non revertuntur (2. Reg. 14, 14).
Vedes lá em baixo o rio que corre se lançar ao mar? Assim como as suas águas desligam sem parar e não voltam para trás, assina também, irmão meu, os vossos dias passam, encurtando cada vez mais a distância que vos separa da morte. Passam os prazeres, os divertimentos, as festas, os louvores, os aplausos, e que resta? "Uma sepultura - responde Job - e nada mais": Solum mihi superest sepulchrum (Job 17, 1). Despojados de tudo e lançados numa cova, seremos entregues à corrupção.
No momento da morte, a recordação de todos os prazeres passados, de todas as honras gozadas, só servirá para agravar as nossas ansiedades e afrouxar a nossa esperança da felicidade eterna. Então dirá o mundano de si para si : passados poucos instantes, a minha casa, os meus campos, os meus jardins, o meu mobiliário de tanto gosto, essas ricas pinturas, nada será meu! Uma sepultura é tudo quanto me resta.
Oh! então todos os bens terrenos enchem de amargura o coração que os amou desordenadamente, e essa mesma amargura é mais um perigo para a salvação. Com efeito a experiência nos mostra que as pessoas, assim presas às coisas temporais, só querem ouvir falar da sua moléstia, dos médicos a consultar e dos remédios a empregar.
Oh! então todos os bens terrenos enchem de amargura o coração que os amou desordenadamente, e essa mesma amargura é mais um perigo para a salvação. Com efeito a experiência nos mostra que as pessoas, assim presas às coisas temporais, só querem ouvir falar da sua moléstia, dos médicos a consultar e dos remédios a empregar.
Se lhe falardes da alma, mostrarão enfado, pedindo-vos que as deixeis, porque lhes dói a cabeça, e não podem ouvir-vos; se vos responderem, será dum modo confuso; fica-se a pensar que não sabem o que dizem. Muitas vezes os confessores absolvem-nas, não porque as julguem dispostas, mas porque não é possível demorar. Assim morrem os que pensam pouco na morte.
Fonte:http://senzapagare.blogspot.com/
Fonte:http://senzapagare.blogspot.com/
quarta-feira, 6 de novembro de 2019
Efeitos da devoção às almas do Purgatório na vida espiritual
“Desenvolvemos assim um hábito mental que é fatal ao espírito do mundo e à tirania do respeito humano, e que muito nos ajuda a neutralizar o veneno do amor próprio… este é exatamente o espírito do Evangelho, a verdadeira atmosfera da santidade.”
Uma excelência adicional dessa devoção deve ser encontrada em seus efeitos sobre a vida espiritual. Ela parece ser uma devoção especialmente dirigida a almas interiores. Mas o fato é que ela é tão repleta de doutrina, incorpora tanta coisa sobrenatural, que não nos surpreende a influência que exerce na vida espiritual.
Em primeiro lugar, ela é uma obra oculta, do princípio ao fim. Não vemos os resultados, de modo que há pouco alimento para a vanglória; não é uma devoção cujo exercício apareça aos olhos dos outros. Ela implica, ademais, um absoluto desprezo do egoísmo, pois desfazemo-nos de nossas próprias satisfações e indulgências nos mantendo ternamente interessados por um objeto que não nos concerne diretamente. Seu objetivo não é apenas a glória de Deus, mas Sua maior glória.
Ela nos leva a pensar puramente nas almas, o que é muito difícil de fazer neste mundo material, e pensar nelas, também, simplesmente como esposas de Jesus. Desenvolvemos assim um hábito mental que é fatal ao espírito do mundo e à tirania do respeito humano, e que muito nos ajuda a neutralizar o veneno do amor próprio. O pensamento incessante nas Santas Almas faz-nos reter a imagem do sofrimento, não um sofrimento passivo, mas uma gozosa conformidade com a Vontade de Deus. Ora, este é exatamente o espírito do Evangelho, a verdadeira atmosfera da santidade.
FABER, Padre Frederick William. O Purgatório. Campinas: Ecclesiae, 2013, pp. 86-87.
Fonte: https://controversiacatolica.com/
Fonte: https://controversiacatolica.com/
sábado, 2 de novembro de 2019
O que são as Missas Gregorianas e por que se mandam rezar?
Conta o grande Papa e doutor da Igreja, São Gregório Magno (+604), que sendo abade de um mosteiro, antes de ser Papa, havia um monge que exercia com a sua licença a prática da medicina.
Certa vez, porém, este monge havia aceitado sem a sua permissão uma moeda de três escudos de ouro, faltando, assim, gravemente ao voto de pobreza. Mais tarde arrependeu-se. E de tal forma lhe doeu esse pecado, que veio a adoecer e morrer em pouco tempo, porém em paz com Deus.
No entanto, São Gregório, para inculcar nos seus religiosos um grande horror a este pecado, fê-lo sepultar fora dos limites do cemitério, num depósito de lixo, onde também enterrou a moeda de ouro. Ainda fez com que os seus religiosos repetissem as palavras de São Pedro a Simão, o mago: “Que o teu dinheiro pereça contigo.”
Alguns dias depois pensou que talvez houvesse sido demasiado enérgico no seu castigo, e encarregou ao ecónomo mandar celebrar 30 Missas seguidas, durante 30 dias, pela alma do defunto.
O ecónomo assim o fez. E aconteceu que no mesmo dia que terminaram de celebrar as 30 Missas, apareceu o morto a outro monge, chorando de alegria e dizendo que subia ao Céu, livre das penas do purgatório, por causa das 30 Missas celebradas pela sua alma. Hoje chamam essas 30 Missas são chamadas Gregorianas, em honra de São Gregório Magno.
Em toda a Igreja é costume celebrá-las e, segundo revelações privadas, são muito agradáveis a Deus.
Pe. Angel Peña, O.A.R. in 'Más allá de la Muerte', capítulo 4: Los Santos y el Purgatori
sexta-feira, 1 de novembro de 2019
Novembro, o mês das Almas
Estamos a viver o mês das Almas. Tempo propicio para reflectirmos nos Novíssimos do homem: Morte, Juízo, Inferno ou Paraíso.
A nossa vida neste mundo é uma passagem, muito breve, comparada com a eternidade. Precisamos aproveitar o tempo para nos convertermos e sermos realmente melhores. Rezar pelas Almas Benditas do Purgatório, faz-nos pensar na eternidade, nas contas que todos um dia, teremos que dar a Deus Nosso Senhor.
Perguntemo-nos:
1. A vida que levo agrada a Deus e faz-me feliz?
2. Qual o meu defeito dominante, o meu pecado maior e mais frequente?
3. Luto para não ofender a Deus, a mim próprio e ao meu semelhante?
4. Conto com a Graça de Deus, a Sua força, para mudar o que tenho que mudar?
5. Quero realmente esforçar-me por ser melhor cristão?
Aproveitemos para fazer uma boa confissão. Talvez não a façamos há anos! Procuremos um sacerdote para abrirmos a nossa alma e pedirmos orientação para a nossa vida espiritual. Peçamos às Almas Santas do Purgatório que nos alcancem a graça da conversão, enquanto com toda a fé por elas rezamos:
"Eterno Pai, eu Vos ofereço o Preciosíssimo Sangue de Jesus, derramado na Sua Paixão, na Cruz; em união com as Lágrimas de Nossa Senhora e todas as Dores do Seu Imaculado e Doloroso Coração; com a intercessão de S. Miguel Arcanjo, de todos os Anjos e Santos, para aliviar as Almas do Purgatório. Eu vos ofereço o Sangue da Agonia , para expiar as suas faltas de oração. O Sangue da cruel Flagelação, para expiar as suas faltas de pureza. O Sangue da Coroação de Espinhos, para expiar as suas faltas de humildade. O Sangue do Caminho do Calvário, para expiar as suas faltas de cumprimento do dever. O Sangue do Alto da Cruz, para expiar as suas faltas de Caridade."
Pai Nosso e Avé Maria.
V. Dai-lhes Senhor o eterno descanso.
R. Entre os esplendores da luz perpetua.
V. Que descansem em paz.
R. Ámen.
Viva Jesus, Maria e José.
Deus vos abençoe.
Pe. Henrique José Maçarico
Pe. Henrique José Maçarico
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