quarta-feira, 26 de julho de 2017
ATO DE ACEITAÇÃO ANTECIPADA DA MORTE
"Adoro, meu Deus, vosso Ser eterno; ponho em vossas mãos o que me destes e que há de cessar pela morte no momento em que Vós o houverdes disposto. Aceito desde agora essa morte com submissão e espírito de humildade, em união da que sofreu meu Senhor Jesus Cristo; e espero com esta aceitação merecer vossa misericórdia para sair felizmente de um momento tão terrível.
Desejo, ó meu Deus, fazer-vos com minha morte um sacrifício de mim mesmo, rendendo a devida homenagem à grandeza de vosso Ser pela destruição do meu. Desejo que minha morte seja um sacrifício de expiação, que aceitei Vós, ó meu Deus, para satisfazer a vossa justiça por tantas ofensas; e com esta esperança, aceito com gosto tudo que a morte tem de mais horroroso para os sentidos e para a natureza.
Consinto, ó meu Deus, na separação da alma e do corpo, em castigo das vezes que por meus pecados me separei de Vós. Aceito a privação do uso de meus sentidos, em satisfação das ofensas que por eles cometi.
Aceito, Senhor, que meu corpo seja escondido na terra e pisado, para castigar o orgulho com que procurei mostrar-me as criaturas; aceito que elas não se lembrem mais de mim em castigo do prazer que tive em que me amassem, aceito a solidão e o horror do sepulcro para reparar minhas disipações e divertimentos perigosos; aceito, enfim, a redução do meu corpo a pó e cinza, e que seja comido de vermes em castigo do amor desordenado que tinha por ele..." -
"Adoro, meu Deus, vosso Ser eterno; ponho em vossas mãos o que me destes e que há de cessar pela morte no momento em que Vós o houverdes disposto. Aceito desde agora essa morte com submissão e espírito de humildade, em união da que sofreu meu Senhor Jesus Cristo; e espero com esta aceitação merecer vossa misericórdia para sair felizmente de um momento tão terrível.
Desejo, ó meu Deus, fazer-vos com minha morte um sacrifício de mim mesmo, rendendo a devida homenagem à grandeza de vosso Ser pela destruição do meu. Desejo que minha morte seja um sacrifício de expiação, que aceitei Vós, ó meu Deus, para satisfazer a vossa justiça por tantas ofensas; e com esta esperança, aceito com gosto tudo que a morte tem de mais horroroso para os sentidos e para a natureza.
Consinto, ó meu Deus, na separação da alma e do corpo, em castigo das vezes que por meus pecados me separei de Vós. Aceito a privação do uso de meus sentidos, em satisfação das ofensas que por eles cometi.
Aceito, Senhor, que meu corpo seja escondido na terra e pisado, para castigar o orgulho com que procurei mostrar-me as criaturas; aceito que elas não se lembrem mais de mim em castigo do prazer que tive em que me amassem, aceito a solidão e o horror do sepulcro para reparar minhas disipações e divertimentos perigosos; aceito, enfim, a redução do meu corpo a pó e cinza, e que seja comido de vermes em castigo do amor desordenado que tinha nele."
"Ó pó, ó vermes! Eu vos aceito, eu vos estimo, eu vos considero como instrumentos da justiça de meu Deus para castigar a soberba e o orgulho que me fizeram rebelde a seus preceitos; vingai os seus interesses, reparai as injurias que eu lhe fiz, destrui este corpo de pecado, este inimigo de Deus, estes membros de iniquidade e fazei triunfar o poder do Criador sobre a fraqueza de sua indigna criatura. A tudo me sujeito, ó meu Deus, como também a sentença que vossa justiça divina quiser dar a minha alma no momento de minha morte.
Jesus, Senhor Deus de bondade e Pai de misericordia, eu me apresento diante de Vós com o coração humilhado, contrito e confuso; imploro a vossa misericordia para a minha última hora e para o que depois dela me espera.
Quando meus pés imóveis me advertirem que a minha carreira neste mundo está próxima de terminar: ó misericordioso Jesus, tende piedade de mim.
Quando minhas mãos, tremulas e entorpecidas, não puderem sustentar mais a vossa imagem crucificada, e a meu pezar a deixar cair sobre o leito de minhas dores: ó misericordioso Jesus, tende piedade de mim.
Quando meus olhos, já vidrados e ofuscados pelo horror da morte eminente, se fixarem em Vós, com um olhar languido e moribundo: ó misericordioso Jesus, tende piedade de mim.
Quando meus lábios, frios e tremulos, pronunciarem pela última vez vosso adorável Nome e o de vossa Mãe Santíssima: ó misericordioso Jesus, tende piedade de mim.
Quando meu débil coração, oprimido pelas dores da enfermidade, exausto de forças pelos esforços que tiver feito contra os inimigos de minha salvação, estiver tomado dos horrores da morte: ó misericordioso Jesus, tende piedade de mim.
Quando a alma, saindo, abandonar meu corpo e o deixar pálido, frio, sem movimento e sem vida aceitai, Senhor, a destruição de meu ser, como homenagem que presto a vossa divina Majestade, e naquela hora: ó misericordioso Jesus, tende piedade de mim.
Quando, finalmente, minha alma comparecer em vossa divina presença, e ver, pela primeira vez, o esplendor de vossa glória, não a expluseis de vossa presença, mas dignai-Vos recebe-la benignamente, no seio de vossa misericórdia, para que cante eternamente vossas misericórdias; e então, agora e sempre, ó misericordioso Jesus, tende piedade de mim.
Pelos merecimentos e intercessão de Maria Santíssima, Mãe e Advogada dos pecadores, que espero rogará por mim na hora de minha morte; ó misericordioso Jesus, tende piedade de mim.
Jesus, Maria e José, eu vos dou meu coração e a minha alma.
Jesus, Maria e José, assisti-me em minha última agonia.
Jesus, Maria e José, fazei que descanse em paz a minha alma."
Santo Antonio Maria Claret, O Caminho Reto.
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