Almas cercadas de lama.
Odores putrefatores.
Dores, piores horrores.
Só há ódio, não se ama.
Queimam sem se consumir.
Choram sem se consolar.
E põem-se a gritar.
Clamores pra quem ouvir?
Companhia do demônio.
Tormentos o tempo inteiro.
Não é nada passageiro,
não se acorda, não é sonho.
As trevas pra habitar.
Falta luz, mas vê-se o mal
que está em cada qual
das almas de tal lugar.
Tudo é aterrador.
Não sorriem, não há como.
Nem se alegram, não há como.
Só se vive imensa dor.
Pois abandonaram Deus.
Eis porque abandonadas.
Hoje são almas danadas,
justos destinos os seus.
E eu não disse tudo...
Fonte: Do livro "A Conversão do Poeta", de Claudiomar Ferreira de Medeiros Filho
Fonte: Do livro "A Conversão do Poeta", de Claudiomar Ferreira de Medeiros Filho
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