sábado, 2 de fevereiro de 2013

UMA IGREJA DE CRISTO SEM INIMIGOS? Como classificar a «bondade» ecumenista que ignora os inimigos da Fé?

Judas
Estamos diante de mais uma demonstração do sinistro subjetivismo que afeta os conciliares, visto que o “inimigo” é aquele que objetivamente opera contra, mesmo sem o declarar, ou pior, declarando-se amigo. Sinistro, pois desta forma reduz as defesas da verdadeira Igreja de Jesus Cristo crucificado, de modo demagógico e anti-histórico; abre a Igreja justamente para os poderosos do mundo que a querem mudar ou senão liquidar. O tal “papa bom” (João 23) inaugurou o Vaticano 2 com essa idéia «conciliatória», devido à qual se distanciava das “profecias da desgraça”, por exemplo, a de Nossa Senhora de Fátima que, na véspera da Revolução Russa falou dos erros que esta espalharia por todo o mundo com massacres, ateísmo forçado e perseguições à Igreja e ao Santo Padre.
Temos uma testemunho da delirante abertura do Vaticano 2 através do Cardeal Siri em seu Diário, no qual, logo após o “golpe” inicial dos prelados do Reno, 13 de outubro 1962, escreveu: “Hoje o diabo entrou no Concílio”! E depois observava que para a Igreja, 50 anos seriam poucos para a recuperação das vias equívocas seguidas por João XXIII.
Dado que os erros religiosos dessa dimensão concernem não só a «vontade» corrupta dos modernistas, mas essa mentalidade avariada, interessa apurar sua causa mental.
Ora, a relação amigo-inimigo parte do conhecimento de posições ideais que se manifestam com atitudes objetivas que levam às ações que tem efeitos reais. Portanto a amizade ou inimizade é demonstrada por quem põe em prática ações e não opiniões; depende do inimigo revelar nos fatos o que é. Mas para a subjetividade oportunista da Igreja conciliar, cabe a ela emitir impertérrita uma opinião do que prefere que se creia. Isto desde o tempo de João 23, que impôs o conceito da Igreja de Cristo sem inimigos, nada menos que no majestoso conciliábulo de todos os compromissos, mas sem demonstrar nada mais que a sua vontade de baixar as defesas da Igreja para abri-la ao mundo; utopia celerada pela qual todos os povos pagam hoje.
Não tardaram os bons autores a escrever sobre o perigo que haviam pressentido nesse processo conciliar cevado de ambigüidades maliciosas, heresias e desatinos vários.
Sirvam de exemplo entre milhares, os títulos de duas obras de estudiosos católicos: o livro do filósofo católico belga, Marcel de Corte, professore da Universidade de Liege: «L’intelligenza in pericolo di morte»; e do livro do filósofo húngaro, historiador e teórico político da contra-revolução católica, professor Thomas Molnar: «Utopismo eresia perenne». O autor, fugitivo do regime comunista na Hungria, estabeleceu-se pra ensinar nas universidades da América e deu conferências pelo mundo afora sobre a nova utopia. Em Roma falou sobre a «Ordem e a desordem» convidado pela Fundação Giovanni Volpe no Palácio Pallavicini, onde poucos anos antes Mgr Marcel Lefebvre, pronunciou veemente discurso contra a revolução conciliar do maléfico Vaticano 2.
Agora é o P. Federico Lombardi, Diretor da «Sala Stampa da neo S. Sede» a afirmar através da Rádio Vaticana a “doutrina” roncalliana (João 23) da Igreja sem inimigos. Isto é dito justamente em relação à religiosidade que é doutrinariamente adversa no seu Talmud ao Cristianismo ao difamar Jesus e Maria.
Edta afirmação de Lombardi vem como resposta à solicitação de jornalistas interessados na questão da Williamsongate e da FSSPX.
De fato, o seu Superior, Mons. Bernard Fellay, recentemente declarou algo sobre os inimigos da Igreja. Foi no dia 28 de desembro, festa dos Santos Inocentes, num discurso durante uma visita a Ontario, Canadá. Este deve ter causado problemas para ele em relação à «Loja presente no Vaticano0», pois seria um ataque aos “judeus, maçons e modernistas”, justamente os que são de casa no Vaticano atual. E a reação não tardou. Razão porque no dia 6 de janeiro a FSSPX achou que devia «reparar» com uma desculpa pela declaração do seu chefe Fellay, mediante um discreto comunicado do distrito norte-americano daquela Fraternidade, como seguiu e foi publicado em algins sitos.
O ditado diz que quem se desculpa se acusa! Deste modo, ainda que pela metade, esse «desmentido» reabre o teatrinho de guerra entre a FSSPX, e também os tradicionalistas em busca de uma verdade firme sobre os «poderes judeus no Vaticano», que são de fato os grandes inimigos da Tradição católica e portanto da verdadeira Igreja.
Sem entrar no mérito das declarações de Mons. Fellay, P. Lombardi preferiu destacar o modo como a Igreja conciliar exprime a sua relação com os judeus, em especial no documento Nostra Aetate do Vaticano 2, e como os seus «papas» demonstraram com palavras e gestos freqüentes, a grande importância atribuída ao diálogo com os judeus. Lembrou ainda as “significativas visitas dos dois últimos «papas» a diversas sinagogas e ao Muro das Lamentações em Jerusalém, e que Bento 16, já havia visitado a Sinagoga de Colônia em 2005, outra em Nova York em 2008 e a Sinagoga de Roma em 2010.
P. Lombardi se esqueceu de lembrar também o novo «catecismo», inspirado na Nostra Aetate, onde não só se faz apologia dos fariseus, mas se ensina aos cristãos no nº 840: “quando se considera o futuro, o povo de Deus da Antiga Aliança e o novo povo de Deus tendem para fins análogos: a espera da vinda (ou da volta) do Messias”.
Chegaram a este absurdo em que a Fé na vinda de Cristo e a Sua rejeição teriam fins análogos! Portanto a conversão dos judeus não faria mais parte da doutrina da Igreja de Cristo segundo o “novo cristianismo ecumenista” do Vaticano atual que, porque não quer ter inimigos poderosos, torna-se inimigo da Verdade!
Das legiões de inimigos da Igreja de Cristo, quais os piores?
O número de quantos pertencem às correntes anticristãs é tão grande que se torna difícil enumerá-los. No entanto, devido a razões religiosas sabemos ao certo quais são os primeiros e perenes desde o tempo da Igreja original. Basta ler as palavras de Jesus e dos apóstolos no Novo Testamento sobre os judeus. Depois, há os que se juntam no tempo e seus ataques, do liberalismo ao comunismo, seguindo as circunstâncias históricas para serem mais eficazes. Por exemplo, ateus vermelhos que, com o colapso do “Muro de Berlim” e seus poderes, tornaram-se difusores de tudo o que  poderia ajudar a derrubar também o que resta da Civilização Ocidental Cristã: neo-niilistas, pacifistas, liberais, ambientalistas, progressistas, animalistas. Há aqueles que fazem demonstrações violentas para desviar a construção de rodovias projetadas onde há ninhos de grandes pássaros; gente que exalta a piedade de quem para evitar engolir mosquitinhos inocentes usam máscaras para evitá-lo; falam a língua «verde» para a defesa de toda a vida, mas são pela lei do aborto que decepa inúmeras vidas humanas já no útero materno.
Como é evidente, são as idéias vis que formam os assassinos, razão porque Chesterton dizia: “Hoje o criminoso mais perigoso é o filósofo moderno, emancipado de toda a lei.” Ele não especificou padres, porque já os Papas o fizeram sobre os inimigos internos, infiltrados nas veias e entranhas da Igreja. Sim, porque hoje o assassino mais perigoso contra a Verdade é o filósofo modernista clerical que pontifica, emancipado da Tradição e da lei do Reino de Jesus Cristo; são mundialistas pela nova ordem da ONU!
Desde há 50 anos a “nova exegese” modernista, “veneno oculto nas próprias veias e entranhas” da Igreja, atingiu o seu vértice. Se o ataque externo é negar a verdade da Tradição escrita e oral, o interno se manifesta na interpretação de sentido sociológico da nova teologia, sobreposta ao significado espiritual transmitido pelos Padres da Igreja na continuidade da Palavra de Cristo. Sua reinterpretação protestantizante implica inevitavelmente uma nova religião, e a pior de todas é a que se disfarça de católica com uma falsa “hermenêutica da continuidade”!
A «Pascendi» condena justamente a maliciosa confusão pela qual a Revelação e a religião procedem da consciência humana (São Pio X). Dai que, declarada a liberdade de consciência e de religião pelo Vaticano 2, cada consciência tem a sua própria verdade, revelação e religião. A questão passa a ser conciliá-las ecumenisticamente.
Eis a obra dos conciliares que hoje é refinada por Bento 16 para redimensionamento final da única verdade de Jesus Cristo Rei; Deus haveria revelado só uma religiosidade geral segundo os tempos e as circunstâncias. É o que todos os 260 Papas e 20 Concílios ecumênicos condenaram, mas hoje é aplicado em nome da mesma Sé de Pedro.
A «Pascendi» condena, 12:…”Não é talvez a revelação aquele sentimento re­ligioso que se manifesta subitamente na consciência?… Daqui aquela disparatada sentença dos modernistas pela qual cada religião, segundo o variado aspecto sob o qual é vista,  deve ser considerada igualmente natural e sobrena­tu­ral. Daqui a permuta que fazem nivelando o significado entre consciência e revelação. Daqui a lei, pela qual consciência religiosa torna-se re­gra universal, vendo tudo a par da Revelação e à qual todos têm a obrigação de se submeter, sem exclusão da mesma suma autoridade da Igreja, seja ao ensinar, seja a legislar em matéria de culto ou de disciplina.”
Aqui foi descrito – com meio século de previsão – o atentado modernista à Fé que teria sofrido subitamente a Sede apostólica com a elevação dos «papas conciliares», inovadores justamente da «nova consciência da Igreja», que é subjetivista.
Assim, com a eleição do modernista filo maçom Roncalli, surgiram as falsas «inspirações» de sua consciência subjetiva para convocar o Vaticano 2. Mas se não era consciência guiada pelo Espírito Santo, vistas suas obras, qual espírito a guiava?
É ainda São Pio X que nos ajuda a entender os falsários, indicando a idéia modernista de Igreja como fruto de uma primeira necessidade pessoal: seguir uma experiência original e singular, comunicando-a aos outros.
Eis então a “inspiração” comunicada por João 23: “Foi um toque inesperado… uma inspiração brotou-nos dentro como uma flor que floresce em uma primavera inesperada. Nossa alma foi iluminada por uma grande idéia… A palavra solene veio aos nossos lábios… exprimiu pela primeira vez: um concílio!”
O fato é que mentia, como ficou provado até pelos seus amigos, porque obsessivamente falou antes e depois desse concílio: lhe fora encomendado pelas lojas, como é cada vez mais claro. Todavia, proclamou ao mundo essa inspiração (divina!). (Fu un tocco inatteso, uno sprazzo di superna luce, una grande soavità negli occhi e nel cuore. Ma insieme un fervore, un gran fervore destatosi improvvisamente in tutto il mondo, in attesa della celebrazione del concilio!”)
Era a primeira celerada abertura da Igreja à nova religião modernista e subjetivista que continua a ser ensinada e praticada por Bento 16, para desvio diabólico de tantas almas. E sua consciência em Auschwitz interpelou “Onde estava Deus durante estes horrores?”
E dizer que estes falsos cristos e falsos profetas são ouvidos e honrados pela «bondade» ao afirmar que a Igreja não tem inimigos! O mal de que é indiretamente acusada até, onde morreram também muitos cristãos, teria sido devido à ausência divina.
Sim, porque agora se ergue «outra» igreja «aggiornata» e mais justa em seguida à obra dos conciliares para conviver com os poderosos do mundo. Todos são agora amigos! Na verdade, eis quem são os piores inimigos da Igreja Católica, mas também dos povos e dos judeus, aos quais dizem, em nome de uma estranha amizade, que podem salvar-se mesmo sem e contra o Verbo de Deus, Pai, Filho e Espírito Santo!
E há ainda muitos que duvidam que o Papa Católico tenha sido virtualmente “liquidado”, com todo o seu séquito leal, como está na visão do Segredo de Fátima. Sinal para que se entenda que com isto, ficou vacante a Sede que é o “obstáculo papal, o katéchon”, para evitar a escalada do Anticristo na Igreja.
O programa «Mistérios» da «TV Itália Um» de quarta-feira voltou a falar do Terceiro Segredo de Fátima; sim porque a «profecia Maia» está agora superada!
Na sua conclusão se falou de uma “segunda parte” deste Segredo, que ainda se manteria oculta porque a interpretação mais geral segue uma inevitável intuição. Esta vai além da lógica, é escritural: indicaria a devastadora presença do Anticristo no mundo atual.
Tal intuição tem aspecto incontestavelmente real na o assolado mundo espiritual presente, mas se assim fosse para a Mensagem de Nossa Senhora, haveria também que esperar que esta indicasse a data de tal hecatombe papal. Pois bem, é sabido que esta seria mais clara em 1960, como a Irmã Lúcia disse já em 1955 ao cardeal Ottaviani, que reconheceu nisso uma mensagem profética. Então ficou indicado o tempo em que a Igreja seria vítima da ação do Anticristo. De fato, desde 1958, já era João 23 e o espírito do Vaticano 2 a dominar em Roma; o Catolicismo era «atualizado» aos tempos modernos por anticristos (Mgr Lefebvre) !
Por isto há que entender que a escalada do Anticristo já se realizava através de seus «clérigos» e no meio do maior engano, tão grande que poucos estão dispostos a testemunhá-lo.
No entanto, o colapso do Papado Católico, com a traição dos modernistas que chegaram ao vértice da Igreja, é sem dúvida um marco tanto evidente quanto tenebroso da história religiosa, ontem e hoje; evidente e tenebroso mesmo sem outras palavras do Terceiro Segredo.
É delito e atentado tão grave que só podia acontecer por causa dos pecados de todos nós; de uma inteira geração. Mas nos nossos dias se acrescenta também a estas ofensas o desprezo pelos avisos celestes sobre a falsa igreja, como está no Apocalipse: «Sai dela, meu povo, para que não sejais cúmplice dos seus pecados, nem atingidos pelas suas pragas. Porque os seus pecados clamaram ao Céu, e Deus lembrou-Se das suas iniqüidades» (Ap 18, 1-4). Ai, ai, ó Grande Cidade!
Pode o Povo de Deus confundir a Cidade de Deus com a outra do culto do homem, e então deixar de lado este aviso? Lembremos que, assim como foi dado à Igreja, na pessoa do Papa, a graça da infalibilidade para ensinar a verdade, a fé implica infalibilidade também dos fiéis. É a infalibilidade in credendo. Os católicos sabem que com a fé «reconhecem a voz do Pastor»; de Jesus. Se assim não fora, a que serviriam estes avisos de salvação? A que serviria o mandato dado por São Paulo na Carta aos Gálatas (1, 8) de não receber, mas anatemizar até quem aparece em veste de anjo ou de apóstolo (papa), mas traz outro Evangelho? Pode haver dupla consciência e doutrina para o mesmo Evangelho da Igreja de Deus?
«Cuidai que ninguém vos engane», ensinou Jesus em vista do extremo engano final. E que sejam tempos finais com estes enganos até em veste pontifical, de «falsos cristos» parece evidente.
Não há mais como recorrer nem ao papa nem a superiores, disse Nossa Senhora à Lúcia de Fátima, que o transmitiu ao Padre Fuentes em dezembro de 1957. Eram as vésperas da morte de Pio XII, cuja doutrina vai sendo tortuosamente substituída pela «outra».
O tempo da prova final, portanto, está chegando ao seu termo.

Salve Maria!

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