sábado, 27 de abril de 2013

Em defesa do último grande Papa Católico




Não poderíamos aqui deixar passar em branco as questões que giram em torno de Pio XII. Ultimamente, este papa tem sido acusado, principalmente por grupos judaicos e anticristãos, de ter compactuado com as atrocidades de Adolf Hitler. Tal afirmação não procede.

É sabido, por exemplo, que Pio XII tentou enviar 3 mil judeus para o Brasil. Getúlio Vargas, no entanto, fez objeções:

-Exigiu que todos fossem agricultores e convertidos ao catolicismo antes de 1935. A operação tornou-se impossível, o que possibilitou a captura de 150 judeus pelas forças alemãs. Na Itália 90% dos judeus estavam refugiados no Vaticano, em Castelgandolfo e em milhares de Igrejas e Conventos. Vejamos o que nos diz Carlos Veloso de Melo:

1) Pio XII não se calou ante as arbitrariedades, erros e injustiças do nazismo;

2) se não tomou uma atitude mais clara, como uma excomunhão dos nazistas ou uma encíclica condenando o nazismo, foi porque sabia, por experiência diária na condução da Igreja, naqueles conturbados anos, que semelhantes medidas teriam como único efeito exasperar o III Reich e agravar ainda mais a situação de comunidades inteiras que viviam na mais cruel opressão; e além do mais a posição da Santa Sé sobre o nazismo já tinha sido definida por Pio XI na encíclica Mit Brennender Sorge;

3) mais do que com palavras, a Igreja, com a orientação e estímulo de Pio XII, abrigou milhares de Judeus durante a guerra, facilitando sua emigração para outros países;

4) Pio XII jamais escondeu sua simpatia e amor pelo povo alemão, porém jamais externou qualquer sentimento que possa ser interpretado como uma aprovação do nazismo.

(MELO, Carlos Veloso de. Pio XII. Três: São Paulo, 1974, p. 168)

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