quinta-feira, 2 de julho de 2015

Dom Tomás de Aquino: Uma confissão de Menzingen


“O comunicado de Menzingen de 19 de março, ainda que breve, nos ensina um bom número de coisas. Entre outras, encontramos ali uma confissão: que Monsenhor Williamson foi expulso da Fraternidade São Pio X por causa de sua oposição à política acordista de Mons. Fellay.
Até o presente, Menzingen falava de desobediência: Monsenhor Williamson era um indisciplinado, um mau subordinado que não obedece às ordens recebidas. Agora, Menzingen confessa a verdadeira razão: “as vivas críticas” de Mons. Williamson a respeito das relações de Menzingen com Roma. O mesmo para Mons. Faure. Eis aqui sua falha.

affaire da carta dos três bispos a Mons. Fellay e a seus assistentes não foi digerido. Relações com Roma, Mons. Lefebvre bem que as teve, mas com a esperança de que Roma se recuperasse, que desse marcha a ré. De fato, Mons. Lefebvre era quem dirigia as negociações e o fazia com uma certeza invencível, porque seu critério foi a fé de sempre. Inclusive, ao fazê-lo, quase caiu na armadilha de Roma. “Fui demasiado longe”, disse.

Pelo contrário, com Mons. Fellay, as coisas acontecem de maneira completamente diferente. Não é ele quem dirige as negociações. Não é ele quem tem a força de dizer a Roma: “Sou eu, o acusado, quem vos deveria julgar”. Não, Monsenhor Fellay não se apresenta como juiz dos erros de Roma. Apresenta-se mais como um culpado “em situação irregular que deve reintegrar-se ao redil e que sofre porque “sua” Fraternidade não o segue.
Abramos um parêntese. Julgar Roma? Não é este o papel dos superiores e não dos inferiores? Decerto. Mas os superiores já julgaram. SãoQuanta Cura, Pascendi, Quas Primas, etc., que condenam aos papas liberais. É Roma, a Roma eterna, quem julgou à Roma neomodernista e neoprotestante. Monsenhor Fellay parece ter esquecido isto e o faz olvidar com sua “Igreja concreta de hoje em dia”. Fechemos o parêntese.

Monsenhor Williamson bloqueava as negociações de Menzingen. Ele constituía um entrave. Sabíamo-lo bem, mas a casa geral dava outra versão. Agora, ela confessa. São as “vivas críticas” de Mons. Williamson contra sua operação suicídio que foram a causa de sua expulsão. Já era tempo que Menzingen o dissesse. Já o fez agora.

No entanto, Menzingen falseia a questão ao dizer que estas vivas críticas eram sobre “toda relação com as autoridades romanas”. Não. Isto não é verdade. Elas eram sobre a incorporação a Roma, que poria a FSSPX sob o jugo modernista e liberal, pelo qual o demônio trata de chegar ao que Corção chamou “o pecado terminal”: fazer cair os últimos bastiões em uma última e monumental afronta a Deus.
E a isto não poderíamos prestar nosso concurso. O demônio não alcançará seus fins porque Nossa Senhora vela: Ipsa conteret. Eis aqui nossa esperança. Ela não será decepcionada, se nós somos fiéis pela graça de Deus: Fidelis inveniatur.”

Fonte:
http://speminaliumnunquam.blogspot.com.br/

2 comentários:

  1. Enquanto D. Tomás comenta as relações entre a Fraternidade e o Vaticano e a expulsão de D. Willianson, o Fratres in Unum promove um lamaçal fedorento de artigos e comentários sobre as relações entre o IBP, a Arquidiocese de São Paulo e a Montfort. Esses pseudotradicionalistas que mendigando migalhas das mesas dos bispos da CNBB são uns pobres diabos.

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  2. Mais um comentário: uma indecência a defesa da Montfort contra os ataques ao seu silêncio diante dos desvarios do bispo de Roma. Diz que criticou os erros de João XXIII, Paulo VI e JP2, porque tinham uma perspectiva do tempo. Que lorota! Quem conheceu o Fedeli sabe que ele dizia coisas espantosas sobre esses papas. E com a perspectiva do tempo dizia absurdos, calúnias diabólicas contra a memória de Pio XII e outros papas!

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